Entro bruscamente na clínica de fertilização, andando em passos largos até a recepcionista. Minha expressão denunciava a a urgência que me dominavam naquele momento. A recepcionista se apressa em colocar um sorriso no rosto, arrumando a postura.— Bem vindo à clínica...— Por favor, preciso de informações urgentes sobre um processo de fertilização in vitro — digo sem conseguir conter a urgência em minha voz, s interrompendo.A recepcionista, percebendo minha agitação, manteve a calma e tentou me acalmar.— Se me der algumas informações, posso checar no sistema para que eu possa te dar os detalhes sobre isso — diz com gentileza.Enquanto ela procurava, tentei controlar minha respiração, consciente de que estava agindo de forma impulsiva e ansiosa. No entanto, a necessidade de obter informações sobre o destino de nosso embrião e a identidade da nova barriga de aluguel eram avassaladoras. Ao perceber a mudança na expressão da recepcionista e o tom sério e
2 meses depois Sinto uma onda de mal estar e fraqueza me dominar enquanto me debruço sobre a privada, vomitando tudo o que tinha no estômago. O suor se acumula em meu rosto, e cada esforço para me levantar parece ser uma tarefa monumental. Meus pensamentos se tornam confusos e embalados pela sensação de náusea.Respiro fundo, tentando encontrar um pouco de alívio. Minhas mãos tremem enquanto seguro a borda da privada para me apoiar, e a sensação de fraqueza parece tomar conta de todo o meu corpo. A segunda onda de náusea me faz questionar se os donuts e café que ingeri naquela manhã podem estar me fazendo mal. A sensação de fraqueza persiste, e agora a preocupação aumenta.Será que meu café da manhã pode estar desencadeando esse mal estar?Respiro fundo e tento me acalmar, enquanto a sensação de náusea diminui lentamente. Fico alerta e atenta aos sinais do meu corpo. Talvez eu tenha exagerado no café da manhã ou talvez os alimentos não tenham me caído
Com o passar dos dias, o peso emocional do último mês se tornou cada vez mais difícil de carregar. Tentei ao máximo ser forte e esperançoso quando estava com Abby, mas, quando ficava sozinho, todas as emoções represadas emergiam como um tsunami, desmoronando minha fortaleza emocional.A angústia e a incerteza me assombravam durante a noite, fazendo com que o sono fosse uma busca constante e raramente alcançado. Minha mente ficava repleta de pensamentos ansiosos e perguntas sem respostas. O futuro se tornava um horizonte nebuloso e temia que nossos sonhos de formar uma família nunca se concretizassem.Encontrar momentos de alívio parecia quase impossível. No entanto, na presença de Abby, me esforçava para sorrir e transmitir esperança. Queria ser a força que ela precisava, mas também sabia que, em algum momento, precisaria admitir minha fragilidade e compartilhar minhas angústias com ela.Finalmente, um dia, não consegui mais esconder o que estava sentindo. Quando Abby me encontrou em
Ao chegar na clínica, meu coração parecia prestes a sair da boca. A sensação de frio na barriga e o medo inexplicável me envolviam.Respirei fundo, tentando acalmar meus nervos, mas a ansiedade continuava presente. Cada passo em direção à recepção da clínica parecia lento e pesado, como se eu estivesse caminhando em um território desconhecido e repleto de incertezas.— Olá! — diz a recepcionista sorrindo — Como posso ajudar? Meus olhos estavam vidrados no vazio.— Eu estou grávida — digo engolindo em seco, sem acreditar nas minhas próprias palavras.— Ah, que maravilha! — Um largo sorriso surge no rosto dela, que some aos poucos ao me olhar com atenção — Mas, se está procurando uma solução para um possível problema... — Pisco algumas vezes, sentindo as lágrimas molharem meu rosto. Estava assustada. Com medo. Talvez em pânico e... não sabia o que fazer. Fungo, tentando lutar com as lágrimas, sendo em vão.— Eu... fiz um procedimento aq
Com um copo de bebida na mão, sentia o líquido queimar minha garganta enquanto descia. O sabor amargo contrastava com o vazio que sentia no estômago. Não tinha muito apetite, mal conseguia tocar na comida à minha frente. Enquanto George falava, eu apenas assentia com a cabeça, tentando parecer presente, mas minha mente estava perdida em pensamentos e preocupações.Enquanto tentava acompanhar a conversa, minhas preocupações com um possível bebê que estava sendo gerado por uma desconhecida ainda pairavam sobre mim. Era difícil deixar de pensar nas incertezas e medos que nos rodeavam. A cada gole da bebida, buscava um pouco de conforto temporário, mas sabia que não era a solução para os meus sentimentos.Eu me sentia exausto emocionalmente, como se estivesse carregando um fardo muito pesado. Tentava esconder minhas preocupações de George, pois ele já havia sido uma fonte valiosa de apoio e não queria sobrecarregá-lo ainda mais.Enquanto a conversa fluía, minha mente vagava para a clínica
Literalmente não estava acreditando no que estava acontecendo comigo. A notícia da Dra. Connor de que um dos pais do embrião estava a caminho me pegou de surpresa. Enquanto aguardava a chegada desse homem, meu coração batia acelerado. A mistura de curiosidade, ansiedade e incerteza era palpável.Quando ele finalmente chegou, meus olhos se encontraram com os dele, e uma centena de pensamentos percorreu minha mente em um instante. Ele era, de fato, um colírio para os olhos, com um olhar confiante e um sorriso charmoso que parecia iluminar o ambiente. Eu havia criado uma imagem na minha mente de como seria esse homem, e estava longe de imaginar que ele poderia ser um dos executivos bem vestidos e atraentes que eu via pelos corredores da empresa em que trabalhava. A ideia de estar grávida de um homem como Ares parecia surreal, quase inacreditável.Ares era um daqueles homens que despertava fascínio e encantamento por onde passava. Seu char
A presença de Diana diante de mim, com meu embrião crescendo dentro dela, criou uma mistura de emoções intensas e confusas. Estava em choque, não conseguindo processar completamente o que estava acontecendo. A surpresa e o espanto dominavam meu ser, enquanto meu coração parecia querer saltar do peito.Era difícil explicar a complexidade do que estava sentindo. Por um lado, havia uma conexão emocional e inegável com aquele ser que estava se formando dentro de Diana. A ideia de ser pai, mesmo que em circunstâncias inesperadas, era uma mistura de felicidade e apreensão.Ao mesmo tempo, havia uma sensação de confusão e até mesmo uma certa atração pelo mistério que se desenrolava à minha frente. Era como se algo além da situação em si estivesse me intrigando, como se o destino tivesse nos levado a esse encontro por algum motivo maior.Minha mente estava em turbilhão, tentando entender o significado de tudo isso. Mas tudo isto estava ainda em risco.— Dra. Connor — Minha voz
O gesto firme de Ares segurando meu braço me fez paralisar. Sua mão pressionando minha pele enviava ondas de sensações contraditórias por todo o meu corpo. Mas, o que verdadeiramente me deixava imobilizada era a proximidade entre nós.Nossos corpos estavam tão próximos que eu podia sentir seu cheiro e até mesmo sua respiração contra mim. Era uma proximidade que me fazia tremer por dentro, que acelerava meu coração e mexia com todos os meus sentidos.Meu coração batia tão forte que parecia querer escapar do peito. Cada batida ecoava em meus ouvidos, tornando tudo ainda mais intenso e confuso. Não conseguia desviar o olhar do dele, mas ao mesmo tempo, sentia vontade de me afastar e retomar meu espaço pessoal.A atração que sentia por Ares era quase estranha, e aquela proximidade só acentuava esse sentimento. Era como se o mundo ao nosso redor desaparecesse, e só restasse eu e ele naquele momento.Mas, em meio a tudo isto, também me lembrava de tudo o que estava em jogo. A decisão sobre