Ao chegar na clínica, meu coração parecia prestes a sair da boca. A sensação de frio na barriga e o medo inexplicável me envolviam.Respirei fundo, tentando acalmar meus nervos, mas a ansiedade continuava presente. Cada passo em direção à recepção da clínica parecia lento e pesado, como se eu estivesse caminhando em um território desconhecido e repleto de incertezas.— Olá! — diz a recepcionista sorrindo — Como posso ajudar? Meus olhos estavam vidrados no vazio.— Eu estou grávida — digo engolindo em seco, sem acreditar nas minhas próprias palavras.— Ah, que maravilha! — Um largo sorriso surge no rosto dela, que some aos poucos ao me olhar com atenção — Mas, se está procurando uma solução para um possível problema... — Pisco algumas vezes, sentindo as lágrimas molharem meu rosto. Estava assustada. Com medo. Talvez em pânico e... não sabia o que fazer. Fungo, tentando lutar com as lágrimas, sendo em vão.— Eu... fiz um procedimento aq
Com um copo de bebida na mão, sentia o líquido queimar minha garganta enquanto descia. O sabor amargo contrastava com o vazio que sentia no estômago. Não tinha muito apetite, mal conseguia tocar na comida à minha frente. Enquanto George falava, eu apenas assentia com a cabeça, tentando parecer presente, mas minha mente estava perdida em pensamentos e preocupações.Enquanto tentava acompanhar a conversa, minhas preocupações com um possível bebê que estava sendo gerado por uma desconhecida ainda pairavam sobre mim. Era difícil deixar de pensar nas incertezas e medos que nos rodeavam. A cada gole da bebida, buscava um pouco de conforto temporário, mas sabia que não era a solução para os meus sentimentos.Eu me sentia exausto emocionalmente, como se estivesse carregando um fardo muito pesado. Tentava esconder minhas preocupações de George, pois ele já havia sido uma fonte valiosa de apoio e não queria sobrecarregá-lo ainda mais.Enquanto a conversa fluía, minha mente vagava para a clínica
Literalmente não estava acreditando no que estava acontecendo comigo. A notícia da Dra. Connor de que um dos pais do embrião estava a caminho me pegou de surpresa. Enquanto aguardava a chegada desse homem, meu coração batia acelerado. A mistura de curiosidade, ansiedade e incerteza era palpável.Quando ele finalmente chegou, meus olhos se encontraram com os dele, e uma centena de pensamentos percorreu minha mente em um instante. Ele era, de fato, um colírio para os olhos, com um olhar confiante e um sorriso charmoso que parecia iluminar o ambiente. Eu havia criado uma imagem na minha mente de como seria esse homem, e estava longe de imaginar que ele poderia ser um dos executivos bem vestidos e atraentes que eu via pelos corredores da empresa em que trabalhava. A ideia de estar grávida de um homem como Ares parecia surreal, quase inacreditável.Ares era um daqueles homens que despertava fascínio e encantamento por onde passava. Seu char
A presença de Diana diante de mim, com meu embrião crescendo dentro dela, criou uma mistura de emoções intensas e confusas. Estava em choque, não conseguindo processar completamente o que estava acontecendo. A surpresa e o espanto dominavam meu ser, enquanto meu coração parecia querer saltar do peito.Era difícil explicar a complexidade do que estava sentindo. Por um lado, havia uma conexão emocional e inegável com aquele ser que estava se formando dentro de Diana. A ideia de ser pai, mesmo que em circunstâncias inesperadas, era uma mistura de felicidade e apreensão.Ao mesmo tempo, havia uma sensação de confusão e até mesmo uma certa atração pelo mistério que se desenrolava à minha frente. Era como se algo além da situação em si estivesse me intrigando, como se o destino tivesse nos levado a esse encontro por algum motivo maior.Minha mente estava em turbilhão, tentando entender o significado de tudo isso. Mas tudo isto estava ainda em risco.— Dra. Connor — Minha voz
O gesto firme de Ares segurando meu braço me fez paralisar. Sua mão pressionando minha pele enviava ondas de sensações contraditórias por todo o meu corpo. Mas, o que verdadeiramente me deixava imobilizada era a proximidade entre nós.Nossos corpos estavam tão próximos que eu podia sentir seu cheiro e até mesmo sua respiração contra mim. Era uma proximidade que me fazia tremer por dentro, que acelerava meu coração e mexia com todos os meus sentidos.Meu coração batia tão forte que parecia querer escapar do peito. Cada batida ecoava em meus ouvidos, tornando tudo ainda mais intenso e confuso. Não conseguia desviar o olhar do dele, mas ao mesmo tempo, sentia vontade de me afastar e retomar meu espaço pessoal.A atração que sentia por Ares era quase estranha, e aquela proximidade só acentuava esse sentimento. Era como se o mundo ao nosso redor desaparecesse, e só restasse eu e ele naquele momento.Mas, em meio a tudo isto, também me lembrava de tudo o que estava em jogo. A decisão sobre
Enquanto dirigia para casa, meu celular continuava a tocar incessantemente, exibindo o nome de George na tela. O som do telefone me lembrava de minhas responsabilidades e obrigações, mas, naquele momento, eu não me sentia em condições de atender.Tudo havia se tornado muito intenso, e a conversa com Diana havia sido tão impactante que precisava de um momento para processar tudo o que acontecendo.Decidi ignorar as ligações temporariamente, focando em chegar em casa com segurança. Cada minuto que passava parecia uma eternidade, e me sentia em um redemoinho de emoções, sem saber como compartilhar tudo aquilo com Abby, por temer sua reação.Ao estacionar o carro em frente à nossa casa, respirei fundo, me preparando para enfrentar as conversas que viria pela frente. Ao entrar em casa, percebo que o silêncio predomina, ampliando minha audição enquanto caminho pelos cômodos em busca de Abby. Minha preocupação aumenta à medida que não a encontro nos lugares habituais, mas, fin
Meu coração se aperta ao ver Noah na maca, segurando minha mão com força. Seus olhos lacrimejante transbordam uma mistura de medo e meu instinto de proteção se intensifica ainda mais.Enquanto a enfermeira se aproxima para falar com ele, me agacho ao seu lado, mantendo sua mão segura entre as minhas. Tento transmitir calma com um sorriso suave, mesmo que meu coração também estivesse apreensivo.— Está tudo bem, meu amor. A enfermeira está aqui para cuidar de você e garantir que fique bem — digo com voz serena, tentando acalmar suas preocupações.A enfermeira se aproxima fala com Noah de forma suave, explicando o que vão fazer e o tranquilizando quanto ao procedimento. Ela pode ver a apreensão nos olhos do meu irmão e age com empatia.— Você está em boas mãos, querido. Vamos cuidar de você e garantir que tudo fique bem. Pode confiar em mim — diz a enfermeira com um tom acolhedor.Noah olha para mim, buscando por uma resposta em meu olhar. Eu assinto, tentando reforçar a confiança q
A determinação em encontrar Diana e resolver essa situação me impulsiona a percorrer cada corredor da empresa, em busca de qualquer sinal dela. No entanto, por mais que procure, não a encontro em lugar algum.Com a preocupação aumentando, decido perguntar aos colegas de trabalho se alguém a viu ou sabe onde ela está. Alguns colegas respondem que a viram mais cedo, mas não têm informações sobre seu paradeiro atual.Enquanto continuo minha busca, minha mente fica cheia de pensamentos e possibilidades. Talvez ela tenha saído mais cedo, ou esteja em uma reunião em outro local da empresa. Ou até mesmo, já tenha ido fazer o aborto. Ao encontrar George no corredor, percebo que ele está curioso e interessado em saber por que estou tão ansioso e buscando alguém.— Ares — Ele me olha com atenção — Está tudo bem?— Estou procurando Diana. Sabe, aquela mulher que esbarrei ontem ao sairmos da empresa? Ela é quem está gestando o bebê agora, mas a situação está complicada. Abby e eu