Enquanto dirigia para casa, meu celular continuava a tocar incessantemente, exibindo o nome de George na tela. O som do telefone me lembrava de minhas responsabilidades e obrigações, mas, naquele momento, eu não me sentia em condições de atender.Tudo havia se tornado muito intenso, e a conversa com Diana havia sido tão impactante que precisava de um momento para processar tudo o que acontecendo.Decidi ignorar as ligações temporariamente, focando em chegar em casa com segurança. Cada minuto que passava parecia uma eternidade, e me sentia em um redemoinho de emoções, sem saber como compartilhar tudo aquilo com Abby, por temer sua reação.Ao estacionar o carro em frente à nossa casa, respirei fundo, me preparando para enfrentar as conversas que viria pela frente. Ao entrar em casa, percebo que o silêncio predomina, ampliando minha audição enquanto caminho pelos cômodos em busca de Abby. Minha preocupação aumenta à medida que não a encontro nos lugares habituais, mas, fin
Meu coração se aperta ao ver Noah na maca, segurando minha mão com força. Seus olhos lacrimejante transbordam uma mistura de medo e meu instinto de proteção se intensifica ainda mais.Enquanto a enfermeira se aproxima para falar com ele, me agacho ao seu lado, mantendo sua mão segura entre as minhas. Tento transmitir calma com um sorriso suave, mesmo que meu coração também estivesse apreensivo.— Está tudo bem, meu amor. A enfermeira está aqui para cuidar de você e garantir que fique bem — digo com voz serena, tentando acalmar suas preocupações.A enfermeira se aproxima fala com Noah de forma suave, explicando o que vão fazer e o tranquilizando quanto ao procedimento. Ela pode ver a apreensão nos olhos do meu irmão e age com empatia.— Você está em boas mãos, querido. Vamos cuidar de você e garantir que tudo fique bem. Pode confiar em mim — diz a enfermeira com um tom acolhedor.Noah olha para mim, buscando por uma resposta em meu olhar. Eu assinto, tentando reforçar a confiança q
A determinação em encontrar Diana e resolver essa situação me impulsiona a percorrer cada corredor da empresa, em busca de qualquer sinal dela. No entanto, por mais que procure, não a encontro em lugar algum.Com a preocupação aumentando, decido perguntar aos colegas de trabalho se alguém a viu ou sabe onde ela está. Alguns colegas respondem que a viram mais cedo, mas não têm informações sobre seu paradeiro atual.Enquanto continuo minha busca, minha mente fica cheia de pensamentos e possibilidades. Talvez ela tenha saído mais cedo, ou esteja em uma reunião em outro local da empresa. Ou até mesmo, já tenha ido fazer o aborto. Ao encontrar George no corredor, percebo que ele está curioso e interessado em saber por que estou tão ansioso e buscando alguém.— Ares — Ele me olha com atenção — Está tudo bem?— Estou procurando Diana. Sabe, aquela mulher que esbarrei ontem ao sairmos da empresa? Ela é quem está gestando o bebê agora, mas a situação está complicada. Abby e eu
As palavras de Ares ecoavam na minha mente enquanto trabalhava. A conversa no jardim tinha mexido profundamente comigo, levantando questões contraditórias.Me pegava pensando em como aquela gestação, que antes era encarada como um pesadelo, havia ganhado uma nova perspectiva a partir do pequeno acidente de Noah. A possibilidade de uma transação financeira para prosseguir com a gravidez me trouxera um misto de sentimentos, incluindo confusão, receio e até mesmo uma certa esperança.Reconhecia que havia uma chance real de melhorar nossas condições financeiras, o que poderia significar uma vida mais estável para mim, para Noah e para o futuro bebê. Porém, não conseguia ignorar a ambiguidade ética e moral que aquela proposta trazia consigo.Pensava também em como isso afetaria Ares. Ele se mostrara disposto a assumir a responsabilidade e a oferecer suporte financeiro, mas não conseguia evitar a sensação de estar explorando a situação, utilizando a gestação como moeda de troca.A responsa
Dirigir para casa na hora do almoço deveria ser um momento de alegria e euforia, considerando a importante conversa que tive com Diana. No entanto, meus pensamentos estão em um turbilhão, concentrados em Diana.O toque do volante sob minhas mãos parece distante, como se meu corpo estivesse presente, mas minha mente ainda estivesse envolvida com a presença de Diana. Sinto uma mistura de sentimentos: compaixão por ela, preocupação com o bebê e, ao mesmo tempo, uma estranha sensação em relação à Diana.Tento me concentrar no caminho, mas minha mente insiste em voltar para o rosto de Diana, suas palavras e o abraço impulsivo da minha parte. Fico me perguntando o que ela está pensando, como está se sentindo e se, de alguma forma, conseguirá não voltar atrás em sua decisão.Enquanto estou absorto em meus pensamentos, não percebo que cheguei em casa. Desligo o carro, mas permaneço sentado por alguns minutos, tentando processar tudo o que aconteceu. A casa parece quieta, e por um momento, sin
Enquanto a mulher do caixa olhava para o cheque em suas mãos, sentia o peso daquela decisão e de toda a situação que me trouxera até ali. Os segundos pareciam se arrastar enquanto ela analisava o documento com atenção.Tentava manter a calma, mas a ansiedade me dominava. Sabia que aquele cheque representava muito mais do que uma boa quantia em dinheiro. Era a concretização de uma escolha que afetaria profundamente minha vida.Os olhares curiosos das pessoas na fila ao redor me faziam sentir ainda mais exposta, como se soubessem o que eu acabara de fazer.Finalmente, a mulher do caixa termina de analisar o cheque e olha novamente para mim. Seu olhar era neutro, mas eu sentia que havia algo mais ali, uma mistura de curiosidade e talvez até mesmo dúvida.— Tudo parece estar em ordem. A transação foi aprovada.Uma onda de alívio percorreu meu corpo. Agradeci silenciosamente por ter dado tudo certo e, ao mesmo tempo, me sentia grata pela atitude de Ares em oferecer tanto dinheiro.
Enquanto Diana está tão próxima, sinto o tesão no ar, uma conexão que vai além do que posso explicar. Seus olhos me prendem, e é como se houvesse uma energia magnética entre nós, nos atraindo irresistivelmente.Seus lábios entreabertos são tentadores, mas, ao mesmo tempo, há um dilema interno dentro de mim. No entanto, a presença de Diana e a situação que nos uniu de uma forma tão intensa me deixa confuso.Luto para resistir a essa atração, mas é como se algo me puxasse para ela.Nesse momento, tudo parece parar ao meu redor. O toque dos lábios de Diana nos meus é como uma corrente elétrica, enviando uma série de sensações intensas por todo o meu corpo. Prendo a respiração, absorvendo cada detalhe desse momento, enquanto um turbilhão de emoções conflitantes passa pela minha mente.Aquele momento em que nossos lábios se encontram é como um turbilhão de emoções, e todas as barreiras parecem desaparecer. É como se, por um instante, nos tornássemos apenas um, uma fusão de sentimentos e de
— Não gosto do gesso — Noah choraminga na frente da escola, ficando do seu tamanho, passo a mão pelo seu cabelo.— Nem eu. Mas você precisa usar, se quiser ficar melhor — Ele olha para trás com o olhar triste.— Diana...— Vai ficar tudo bem — digo segurando seu rosto entre as minhas mãos, beijando uma de suas bochechas. Ao observar Noah sentado na sala de aula, com seu olhar fixo na professora, tentei dizer a mim mesma que ele ficaria bem. Enquanto trocava minha roupa pelo uniforme da empresa, a indisposição persistia, mas eu estava determinada a cumprir minhas responsabilidades. Afinal, precisava do emprego para garantir nosso sustento, quando já não precisasse mais gestar um bebê.Respiro fundo, tentando afastar o mal estar, e segui para o meu posto de trabalho. Cada passo parecia um pouco mais pesado, mas eu não queria chamar a atenção ou preocupar meus colegas de trabalho com minha situação.Ao longo do dia, tentei me concentrar nas tarefas, mas a i