— Não gosto do gesso — Noah choraminga na frente da escola, ficando do seu tamanho, passo a mão pelo seu cabelo.— Nem eu. Mas você precisa usar, se quiser ficar melhor — Ele olha para trás com o olhar triste.— Diana...— Vai ficar tudo bem — digo segurando seu rosto entre as minhas mãos, beijando uma de suas bochechas. Ao observar Noah sentado na sala de aula, com seu olhar fixo na professora, tentei dizer a mim mesma que ele ficaria bem. Enquanto trocava minha roupa pelo uniforme da empresa, a indisposição persistia, mas eu estava determinada a cumprir minhas responsabilidades. Afinal, precisava do emprego para garantir nosso sustento, quando já não precisasse mais gestar um bebê.Respiro fundo, tentando afastar o mal estar, e segui para o meu posto de trabalho. Cada passo parecia um pouco mais pesado, mas eu não queria chamar a atenção ou preocupar meus colegas de trabalho com minha situação.Ao longo do dia, tentei me concentrar nas tarefas, mas a i
Era como se estivesse novamente sonhando, mas dessa vez era como se estivesse sonhando acordado. Meu coração começa a acelerar, e sinto uma mistura de emoções conflitantes enquanto Diana está tão próxima de mim. A lembrança do sonho se torna mais vívida, e a atração que sinto por ela parece ganhar vida novamente.Tento me afastar delicadamente, mas a atração inexplicável me prende, e uma parte de mim se sente atraída por ela. No entanto, minha consciência me lembra da realidade: sou comprometido com Abby, a mulher que amo, e é com ela que quero construir minha família.Respiro fundo, lutando contra os pensamentos confusos e os desejos momentâneo.— Tem uma pessoa que quer conhecer você — digo com firmeza, me afastando dela gentilmente.Ela parece surpresa, mas respeita o fato de recuar.— Me conhecer? — Ela repete, dando alguns passos para trás, colocando mechas de cabelo atrás da orelha — Está bem. Entendi.Tento encontrar minhas palavras para explicar o que
— Como assim, Noah foi levado pela minha mãe?! — pergunto confusa. A expressão do porteiro se torna preocupada.— Ela chegou chegou aqui alguns minutos antes do horário de saída e pediu para levar o Noah. Ela ela veio com uma autorização sua.— Autorização? Eu não assinei nenhuma autorização para ela levar meu irmão! Para onde eles foram?— Ela apenas disse que estava autorizada e que precisava levá— lo imediatamente. O pânico toma conta do meu corpo imediatamente.— Isso não está certo. Eu sou a responsável por Noah, não ela! Preciso encontrá-los agora mesmo.Corro para fora do prédio, tentando pensar onde minha mãe poderia ter levado meu irmão. Meu coração está apertado, e um misto de raiva e desespero toma conta de mim. Não posso permitir que Noah fique nas mãos dela, especialmente considerando tudo o que aconteceu.Ligo para o celular dela várias vezes, mas ela não atende. Minha mente está a mil, tentando pensar em alguma pista de onde eles poderiam e
— Acha que ela vai gostar? — Abby pergunta ansiosa ao meu lado. A energia e a animação de Abby ao pensar em conhecer a mulher que estava gerando nosso bebê era contagiante. A casa parecia mais viva do que nunca, iluminada pelas suas expectativas e emoções positivas. A cada detalhe que ela preparava para o encontro, eu podia sentir a felicidade e a ansiedade transbordando em cada gesto.Também estava ansioso, mas ao mesmo tempo preocupado. Queria que esse encontro fosse especial para Abby.— Seria melhor descansar um pouco, antes de Diana chegar. Abby revira os olhos, mantendo o sorriso no rosto.— Ares, eu estou bem — garante — Durante este último ano, nunca estive tão bem! Ver Abby tão bem desde a notícia do bebê era um verdadeiro bálsamo para mim.Era maravilhoso vê-la planejando o futuro, pensando em cada detalhe da chegada do bebê e se preparando para ser a melhor mãe possível.Enquanto dirigia para o endereço, não conseguia ignorar a sen
2 horas antes Voltar para casa deveria ser reconfortante, um refúgio onde eu me sentisse segura e amada. No passado, em algum momento, aquele lugar já foi meu lar, onde eu cresci e vivi momentos especiais. Mas, em algum momento, tudo mudou e aquele lugar deixou de ser o que um lar deveria ser.O ambiente tóxico e manipulador criado por minha mãe fez com que eu me sentisse sufocada. Aos poucos, aquele espaço que deveria ser de afeto e aconchego se transformou em um lugar de angústia e dor. As lembranças dolorosas de chantagens emocionais e manipulações constantes me atormentavam, e eu não queria reviver aqueles momentos.Significava enfrentar todas as feridas emocionais que ainda não cicatrizaram. Significava encarar minha mãe e as máscaras que ela usava para esconder suas verdadeiras intenções. Significava abrir mão da minha independência e me colocar novamente em uma situação vulnerável.Por mais que eu amasse Noah e quisesse estar perto dele, a ideia de voltar para aqu
Observo Noah, o irmão de Diana, dormindo tranquilamente no banco traseiro do carro, ao estacionar em frente de casa após a noite turbulenta no hospital. A preocupação com Diana ainda persiste, mas ver Noah ali, descansando, me traz um certo alívio.Com cuidado, desligo o carro e saio do veículo, tomando um momento para respirar fundo e tentar acalmar meus próprios pensamentos. A noite foi repleta de ansiedade e incerteza, mas a notícia de que Diana estava estável me trouxe um pouco de conforto.Ao abrir a porta de trás, sou cuidadoso para não acordar Noah. Ele parece tão vulnerável ali, dormindo em meio a toda a agitação que viveu. Sinto uma conexão com ele também, pois sei que, assim como Diana, ele está passando por um momento difícil.Com carinho, retiro o cinto de segurança de Noah e o pego no colo com cuidado, cobrindo-o com meu terno para garantir que ele continue confortável. Enquanto o carrego em direção à porta de casa, penso sobre como a situação afetou não apenas Diana e e
— Senhor, espere! — Ouço uma voz feminina não muito longe de mim. Meus olhos pesavam como chumbo, mas lutava contra o sono excessivo que ameaçava me dominar. O sono tomava conta do meu corpo, mas havia algo dentro de mim que me impedia de ceder. Os sons característicos de aparelhos preenchiam o ambiente ao meu redor, e, num instante, percebi que estava em um hospital. O cheiro peculiar de desinfetante e a iluminação branca contribuíam para reforçar essa percepção. Minha visão estava um pouco turva, mas logo tudo se clareou, e eu observei o cenário ao meu redor. Percebo quando alguém se aproxima de repente de mim, seguido por uma mão em meu rosto.— Diana? — Semicerro minhas pálpebras, embalada pelo perfume que já conhecia, não precisando me esforçar muito para reconhecer Ares — Oi — Seu olhar está carregado de expectativa — Precisamos ir.— Ir para onde? — questiono sonolenta.— Para minha casa. Agora.— Mas... — Meus olhos percorreram o
Observo Abby, fascinada, enquanto seus olhos brilham intensamente ao olhar para Diana. É como se ela estivesse vendo algo mágico, algo que tocou seu coração de maneira única.A presença de Diana naquele quarto parecia trazer uma nova perspectiva para Abby. Queria que fosse algo que a fizesse vislumbrar possibilidades além das dificuldades que enfrentamos.Sigo o olhar de Abby até Diana, tentando enxergar através dos olhos dela o que a encanta tanto. Diana permanece ali, com uma postura serena, como uma força tranquila, e também posso sentir uma conexão inexplicável com ela, que logo ignoro.— Me ajude a sentar, Ares — Abby pede, sem tirar os olhos de Diana. Com cuidado, arrumo os travesseiros em suas costas e a ajudo a se apoiar neles. Abby sorri com um suspiro, sem tirar os olhos de Diana.— Vem cá. Chegue mais perto — Diana hesita por um momento, antes de caminhar vagarosamente até a cama, ainda vestida com a roupa hospitalar. Ela se coloca ao meu lado