ERICEstava empolgado para que Diana visse o vestido que tinha escolhido para ela e, por isso, liguei logo cedo para o celular dela para saber se estava em casa e, por sorte, ela já estava acordada.— Bom dia, meu anjo! — Falei todo feliz quando ela abriu a porta.— Oi, Eric.— Vim te entregar isso aqui.— O que é isso?— Seu vestido para hoje à noite.Depois que ela indicou para que eu colocasse a roupa sobre a mesa, mas assim que me aproximei do móvel, notei um buquê dentro do jarro no centro da mesa.— Você ganhou flores?— É, recebi ontem a noite.— Alguém com quem eu devo me preocupar?— Não, foi só uma forma de agradecimento de um cliente.— Hum.Ela deslizou o zíper até o final e afastou o tecido, se deparando com um vestido preto coberto de lantejoulas, de alças finas e decote em forma de coração e uma fenda na perna direita. Sexy demais e ficaria ainda mais nela.— É... perfeito, Eric.— Sabia que você ia gostar.— Mas você disse que ia combinar com a sua gravata.— Desisti d
DIANADepois que Eric pegou Helena, pude me arrumar sossegada, tirei os bobs dos cabelos, que caíram ondulados por cima dos ombros. Ao colocar o vestido, fiquei admirada ao perceber como ele tinha realçado as curvas do meu corpo, a fenda era maior do que eu esperava e chegava até o meio de minhas coxas e aparecia cada vez que eu dava um passo, com as costas totalmente nuas.— Uau. — Foi a única coisa que saiu da boca de Eric quando entrei na sala carregando os sapatos nas mãos.— Gostou?— Está uma verdadeira deusa.— Não acha que está brilhoso demais?— Perfeito. Vamos?— Sim! — Ele ficou de pé e pegou Helena no colo enquanto eu guardava o celular e as chaves dentro da minha clutch dourada. Quando chegamos ao local da festa, fiquei admirada por a festa ser no hotel mais chique da cidade, a decoração fina e elegante. Eric passou nossos nomes ao segurança da entrada que logo permitiu que entrássemos.Enquanto circulávamos pelo salão, pude notar as pessoas olhando em nossa direção, me
ERICEu estava conversando com um velho amigo e sua esposa quando Thaís se aproximou de nós correndo, seus olhos arregalados, claramente, indicavam que algo de ruim tinha acontecido, mas estava tão ofegante que não consegui entender nada do que ela dizia.— Calma. Respire e beba um pouco de água — peguei um copo da bandeja de um garçom que passava por a gente.Por incrivel que pareça, minah irmã fez, pela primeira vez, exatamente o que eu falei sem nem contestar.— Está mais calma?— Sim!— Então me conte o que aconteceu para você estar desse jeito.— A Diana.— O que tem ela?— Você precisa ir atrás dela.— Por quê?— Acho que o nosso pai falou alguma coisa muito ruim para ela porque ela estava chorando e foi embora correndo.— Está falando sério? O que ele falou?— Acha que eu mentiria sobre a minha melhor amiga? Não sei o que ele falou porque não consegui ouvir.— E para onde ela foi?— Não sei, acho que para casa.— Eu vou atrás dela — comecei a me afastar da minha irmã, mas ela s
DIANA Eu estava perdida nos meus pensamentos quando o motorista do táxi me informou que precisaria fazer um desvio por causa de uma obra de recapeamento que a prefeitura estava fazendo no asfalto e, por isso, aumentaria um pouco mais o trajeto. Sem ter outro jeito, concordei, eu só queria chegar em casa. Depois de pagar ao motorista, desci do táxi e entrei no prédio, cumprimentei o porteiro noturno e ele chamou o elevador para mim. Assim que as portas metálicas se fecharam, me olhei no espelho, logo eu que nunca precisei de homem, nem dos meus pais para criar minha filha estava sendo acusada injustamente pelo pai de Eric. Quando cheguei ao meu andar, ajeitei Helena no colo e saí do elevador, mas para minha surpresa encontrei Eric sentado na porta do meu apartamento. Assim que me viu, ele correu até onde eu estava e me abraçou apertado. — O que está fazendo aqui, Eric? — Thaís me contou que você tinha saído da festa e eu vim correndo. — Não precisava ter vindo. Está tudo bem. —
ERICFoi a pior noite de toda a minha vida, além de tudo o que aconteceu entre meu pai e Diana, o que minha irmã deixou escapar reacendeu a minha pulga atrás da orelha. Muitos pensamentos inundaram minha mente quando eu, finalmente, me deitei na cama.Por que Diana não tinha comentado nada sobre a viagem comigo? Será que Thaís estava falando mesmo a verdade? Será que Diana vai aceitar almoçar na casa dos meus pais?Estava quase pegando no sono quando ouvi a porta do apartamento ser aberta, sabia que era minha irmã, mas não me levantei para confirmar. Logo depois a porta do meu quarto foi aberta e Thaís colocou a cabeça para dentro.— Você está bem, irmãozinho?— Sim, só preciso dormir um pouco.— Tudo bem. Amanhã a gente conversa.— Ok.Thaís voltou a fechar a porta e eu me virei para o lado oposto da porta. Pouco tempo depois acabei pegando no sono.Pela manhã, quando acordei, não queria ter que me levantar, a preguiça estava falando mais alto, mas eu tinha coisas para resolver e não
DIANANo horário combinado, Thaís apareceu no meu apartamento já pronta para ir ao almoço na casa de seus pais. Vendo que eu estava meio enrolada, me ajudou a pegar Helena e a bolsa que estava preparada em cima do sofá.— Tenho mesmo que ir?— Sim. Anda logo porque se não vamos chegar atrasadas.— Tá bom.Segui ela para fora do meu apartamento e tranquei a porta. Eu sentia um nó no estômago, talvez fossse por ansiedade ou por medo de não saber o que me esperava na cova do leão. Eu confiava na minha melhor amiga, mas certas coisas nem mesmo ela pode prevenir.Quando Thaís estacionou seu carro em frente a casa, descemos, respirei fundo, mas fiquei parada no mesmo lugar, ela pareceu perceber.— Você está bem?— Sim.— Então, vamos entrar?— Pode ir na frente que eu já vou.Eu precisava criar coragem antes de entrar. Vi quando Thaís entrou e falou alguma coisa com o irmão porque logo depois Eric saiu de dentro de casa e veio em minha direção.— Pretende ficar aí fora por muito tempo?— Eu
ERICQuando voltei ao jardim, desejei que um buraco se abrisse sob os meus pés e me engolisse quando vi minha mãe mostrando o álbum de fotos para Diana. Respirei fundo e caminhei até elas.— Encontrou seu pai?— Ele está no escritório e disse que conversará com Diana depois do almoço.Ela não parecia muito feliz de saber. Fiz sinal para minha mãe e minha irmã e anunciei que precisava conversar com Diana, mas tinha que ser a sós. Thaís ficou de pé e carregou Helena para dentro de casa seguida da minha mãe.— Di, a gente precisa conversar.— Eu sei.— Que história é essa de que você vai viajar para Paris?— É uma viagem de trabalho, Eric. Um cliente quer que eu esteja por perto para fiscalizar o projeto.— E por que você não me contou antes?— Não contei porque não queria estragar a sua empolgação com a festa da sua mãe.— E quanto a Helena?— Vou levá-la comigo.— E por quanto tempo vai ficar por lá?— Até o projeto ser terminado, creio que umas duas semanas no máximo.— Duas semanas?
DIANA Depois do almoço na casa dos pais de Eric e Thaís, eu fiquei um pouco mais tranquila, o pedido de desculpas tinha sido feito e eu até tinha desculpado ele. Eric tinha voltado a estar mais presente na minha rotina e Helena estava adorando, ele não voltou a tocar no assunto da minha viagem. A semana passou correndo, adiantando trabalho, procurando o passaporte de Helena e quando vi já era quinta-feira. Ganhei a sexta-feira de folga para que pudesse me preparar para a viagem, arrumar as malas, separar os documentos e me despedir dos amigos e familiares. Já era quase noite e eu estava dobrando algumas roupas para colocar na mala de Helena quando ouvi a campainha soar, deixei as coisas sobre a cama e fui atender a porta. Acabei me deparando com um entregador, fiquei sem entender nada, mas depois que ele me entregou a sacola, percebi que era do restaurante da minha melhor amiga e do irmão. Agradeci ao homem e assim que fechei a porta, peguei meu celular e tratei de ligar para Eric,