DIANA Depois que Eric me trouxe para casa, ele quis passar a noite comigo e acabei cedendo já que seria nossa última noite antes da minha viagem. Eu estava tão ansiosa que estava difícil até disfarçar, mal consegui dormir, passei boa parte da noite rolando de um lado para o outro na cama, mas sem acordá-lo. Pela manhã, quando não ouvi os resmungos de Helena, sentei-me na cama e percebi que o lugar ao meu lado estava vazio, ao pegar o celular vi que já passava do meio-dia. Saí do quarto e não encontrei mais ninguém no apartamento e, antes que eu começasse a surtar, encontrei um bilhete em cima da mesa de jantar. Di, tive que sair para ir ao supermercado, como não queria te acordar, resolvi levar Helena comigo. Espero que não fique apavorada antes de ver esse bilhete. Deixei seu café da manhã pronto na geladeira. Respirei mais aliviada quando terminei de ler o tal bilhete e só de imaginar Eric comprando as coisas com minha pequena pendurada nele pelo canguru me fez rir. Fui à cozin
ERICPela manhã quando acordei, vi que Diana estava finalmente dormindo tranquilamente depois de passar quase a noite toda acordada, por isso saí do quarto pé ante pé sem fazer o menor barulho e fui pegar uma Helena reclamona no quarto ao lado.Quando cheguei à cozinha, vi uma listinha de coisas para comprar pendurada na porta da geladeira e decidi que iria ao mercado para resolver aquilo. Dei a mamadeira para a pequena e depois veio a missão mais difícil: trocar a bendita da fralda suja. Depois de algumas ânsias de vômito, consegui me livrar da fralda. Antes de sair, porém deixei um bilhete para que Di não ficasse preocupada.Assim que voltei do mercado, encontrei Diana no quarto, terminando de se arrumar, deixei Helena livre e fiquei com o ombro encostado no batente da porta.— Sobre o que você queria conversar comigo? — Ela perguntou curiosa.— Você aceita fazer o exame de DNA hoje ainda? Eu preciso muito saber a verdade.— Mas os laboratórios não abrem hoje, Eric.— O dono da Bi
DIANAO momento da despedida foi complicado, saber que estava deixando Eric, minha melhor amiga e o meu pai para trás foi bem difícil de aguentar, mas eu tive que me manter forte e não deixar que as lágrimas escorressem pelo meu rosto. Seriam só duas semanas que eu ficaria longe, mas ainda sim, mas para mim é muito tempo.Minutos antes do momento do embarque, Eric me envolveu pela cintura, me prendendo contra seu corpo, aproveitei para inspirar fundo, guardando o cheiro de seu perfume em minha memória. Eu, com certeza, sentiria falta dele em minha rotina. Depois de muitos beijos e promessas de que me ligaria todos os dias, respeitando as quatro horas de diferença no fuso horário.Aconchegada na poltrona da primeira classe, me sentia preparada para encarar as 11h 20 min de voo até Paris, só não sabia como Helena reagiria tendo que ficar tanto tempo dentro de um avião, por sorte trouxe o tablet repleto dos desenhos que a minha pequena gosta. Era a nossa primeira viagem internacional.Qu
DIANAA semana passou correndo, tive muito trabalho no projeto de Leonardo, sem contar que a sala que me foi designada tinha uma vista perfeita da cidade e da Torre Eiffel, meu horário de trabalho era o mesmo dos demais funcionários da empresa e eu ainda podia levar minha pequena comigo já que a sala tinha isolamento acústico e o chorinho dela não incomodaria os outros.Fiquei tão imersa no andamento do projeto que não tive muito tempo para visitar os pontos turísticos famosos de Paris, mas na sexta-feira, Leonardo pediu que eu o acompanhasse numa recepção com alguns patrocinadores do projeto dele, tentei recusar, aleguei que não tinha roupa adequada.Logo depois do almoço, Leonardo bateu na porta da minha sala e anunciou que iríamos sair, achei que fosse algo relacionado ao projeto por isso não o questionei e segui. Para minha surpresa, paramos na Avenue Montaigne, onde havia lojas de grifes sofisticadas como Dior, Prada, Chanel, Versace, Louis Vuitton, Armani, Gucci, Jimmy Choo e mu
ERIC A semana tinha passado correndo e a saudade de Diana estava me apertando o peito, esse negócio de só nos falar por videochamada não era a mesma coisa. Eu não podia sentir seu cheiro, nem abraçá-la, muito menos tê-la ao meulado na cama, e, confesso que, a cama estava parecendo maior. A sexta-feira já tinha chegado, e eu estava na minha sala no restaurante quando alguém bateu à porta, permiti a entrada e um dos garçons entrou, trazia em mãos um envelope, que achei meio suspeito e, logo achei que ele estaria entregando a carta de demissão. — Isso aqui acabou de ser entregue para o senhor. — Quem mandou? — Não sei, o carteiro acabou de entregar ali na recepção. — Obrigado. Logo que o rapaz se retirou da sala, dei uma olhada no envelope, quase caí da cadeira quando vi que o remetente era o laboratório em que tínhamos feito o exame de DNA. Meu Deus. Eu não esperava receber o resultado tão rápido, doutor Marcos tinha dito mais ou menos duas semanas. Guardei o envelope na gaveta d
DIANA Eu ainda estava levemente adormecida quando ouvi batidas na porta da suíte, pensei que fosse serviço de quarto ou alguma das camareiras, mas depois de dar uma olhada no relógio na mesinha de cabeceira, vi que ainda era muito cedo. Eu não estava esperando ninguém. Vesti o roupão do hotel, não me importando de estar descabelada e caminhei até a porta, logo que a destranquei, tive a grata surpresa de me deparar com Eric, parado bem na minha frente. — Eric? O que você está fazendo aqui? — Eu vim te fazer uma surpresa. — Ele me abraçou forte junto ao corpo e depositou um beijo em minha testa. — Eu achei que você estivesse com raiva de mim. — Raiva de você? Por que achou isso? — Você não atendeu nenhuma das minhas ligações ontem. — Nunca vou ficar com raiva de você, meu anjo — Eric uniu nossos lábios num beijo calmo, mas que rapidamente se tornou ardente. — Acho melhor você entrar. Cheguei para o lado e deixei que ele entrasse. Dava para perceber que ele tinha ficado marav
ERICQuando Diana desatou a rir histericamente na minha frente, juro que achei que ela estivesse zombando de mim e isso me deixou furioso. Confesso que fiquei com ciúmes quando ela chamou o cliente por um apelido. Uma semana era muito pouco tempo tamanha evolução entre eles.— Qual é a graça? — questionei-a.— Nada.— Então porque está rindo? — Porque sim.— Não falei nada engraçado.— Você, claramente, está com ciúmes, mas prefere morrer do que assumir.Fiquei parado a poucos centímetros dela, com os braços cruzados a frente do meu peito então ela continuou falando:— Saiba que significa muito para mim você ter ficado todo nervosinho e preocupado comigo.— Como assim?— Você está com ciúmes por causa de um gay.— Gay?— Sim, o Leonardo é gay.— Você está falando sério?— Eu inclusive, eu conheci o marido dele ontem.— Jesus amado.Depois de ouvir que o tal cliente era gay, passei um braço pela cintura dela e a puxei novamente para perto do meu corpo e depositei um beijo em sua claví
DIANA Depois de descobrir que Eric era mesmo o pai da minha pequena princesinha, confesso que fiquei meio desnorteada. Voltamos ao hotel e dispensei a babá que Leo tinha contratado. Depois de me trocar, fui me sentar no terraço, eu precisava de um tempo sozinha para colocar os pensamentos em ordem. Estava sentada no futon quando Eric apareceu por trás e apoiou as mãos nos meus ombros, roçando o nariz contra a minha orelha esquerda e sussurrou: — Ora, ora. Aí está você. — Desculpa ter te deixado sozinho. — Vai ficar a noite toda sentada aí? — Só estava tentando organizar meus pensamentos. — E essa vista ajuda? — Não é linda? — Muito, mas eu prefiro você. Ele começou a beijar meu pescoço de leve, percorrendo toda a extensão de pele com seus lábios até encontrar os meus. — Por que não vamos nos deitar? — Tudo bem. Pela manhã, quando finalmente abri meus olhos, encontrei o lado dele da cama vazio e quando me levantei, encontrei os dois na sala. Enquanto tómavamos o desjejum m