DIANA Eu ainda estava levemente adormecida quando ouvi batidas na porta da suíte, pensei que fosse serviço de quarto ou alguma das camareiras, mas depois de dar uma olhada no relógio na mesinha de cabeceira, vi que ainda era muito cedo. Eu não estava esperando ninguém. Vesti o roupão do hotel, não me importando de estar descabelada e caminhei até a porta, logo que a destranquei, tive a grata surpresa de me deparar com Eric, parado bem na minha frente. — Eric? O que você está fazendo aqui? — Eu vim te fazer uma surpresa. — Ele me abraçou forte junto ao corpo e depositou um beijo em minha testa. — Eu achei que você estivesse com raiva de mim. — Raiva de você? Por que achou isso? — Você não atendeu nenhuma das minhas ligações ontem. — Nunca vou ficar com raiva de você, meu anjo — Eric uniu nossos lábios num beijo calmo, mas que rapidamente se tornou ardente. — Acho melhor você entrar. Cheguei para o lado e deixei que ele entrasse. Dava para perceber que ele tinha ficado marav
ERICQuando Diana desatou a rir histericamente na minha frente, juro que achei que ela estivesse zombando de mim e isso me deixou furioso. Confesso que fiquei com ciúmes quando ela chamou o cliente por um apelido. Uma semana era muito pouco tempo tamanha evolução entre eles.— Qual é a graça? — questionei-a.— Nada.— Então porque está rindo? — Porque sim.— Não falei nada engraçado.— Você, claramente, está com ciúmes, mas prefere morrer do que assumir.Fiquei parado a poucos centímetros dela, com os braços cruzados a frente do meu peito então ela continuou falando:— Saiba que significa muito para mim você ter ficado todo nervosinho e preocupado comigo.— Como assim?— Você está com ciúmes por causa de um gay.— Gay?— Sim, o Leonardo é gay.— Você está falando sério?— Eu inclusive, eu conheci o marido dele ontem.— Jesus amado.Depois de ouvir que o tal cliente era gay, passei um braço pela cintura dela e a puxei novamente para perto do meu corpo e depositei um beijo em sua claví
DIANA Depois de descobrir que Eric era mesmo o pai da minha pequena princesinha, confesso que fiquei meio desnorteada. Voltamos ao hotel e dispensei a babá que Leo tinha contratado. Depois de me trocar, fui me sentar no terraço, eu precisava de um tempo sozinha para colocar os pensamentos em ordem. Estava sentada no futon quando Eric apareceu por trás e apoiou as mãos nos meus ombros, roçando o nariz contra a minha orelha esquerda e sussurrou: — Ora, ora. Aí está você. — Desculpa ter te deixado sozinho. — Vai ficar a noite toda sentada aí? — Só estava tentando organizar meus pensamentos. — E essa vista ajuda? — Não é linda? — Muito, mas eu prefiro você. Ele começou a beijar meu pescoço de leve, percorrendo toda a extensão de pele com seus lábios até encontrar os meus. — Por que não vamos nos deitar? — Tudo bem. Pela manhã, quando finalmente abri meus olhos, encontrei o lado dele da cama vazio e quando me levantei, encontrei os dois na sala. Enquanto tómavamos o desjejum m
ERIC Agora que eu tinha certeza de que Helena era minha filha, decidi que era o momento perfeito para dar um passo a mais na minha relação com Diana, mas conhecendo-a do jeito que eu conheço, se eu simplesmente me ajoelhasse e a pedisse em casamento ela acharia que seria só por causa do resultado do exame. Estávamos em Paris e ela ainda não tinha saído para conhecer os pontos turísticos mais famosos da cidade luz e eu estava curioso para conhecê-los, principalmente o museu do Louvre, então nada melhor do que irmos os três juntos, como uma família. — Você pode pedir ao motorista para nos levar? — perguntei enquanto terminávamos de comer. — Claro! Vou enviar uma mensagem para Antonie. Minutos depois, o motorista, que descobri se chamar Antoine, nos deixou na entrada da área que levava ao Louvre, dava para ver o brilho nos olhos de Diana. — Não acredito que me trouxe ao Louvre, Eric. — Pelo seu tom de voz era quase como se ela quisesse sair pulando e gritando de felicidade. — Te
DIANADepois que Eric me pediu em casamento, passamos o resto da noite juntos na cama e dei graças a Deus por Helena não ter acordado no meio da noite. Foi enquanto tomávamos o café da manhã que ele me informou que a folga tinha terminado e ele teria que pegar o voo de volta para o Brasil.— Você tem mesmo que ir?— Infelizmente sim, mas não fique triste porque a semana vai passar rapidinho.— Será inevitável.— Queria estar ao seu lado quando contasse — levei uma torrada à boca. — É capaz do seu pai me odiar ainda mais.— Eu não ligo para o que ele acha, até porque você, agora, é minha noiva.— Vou sentir saudades.— Eu também, Di. Não se preocupe porque logo você vai estar em meus braços novamente.As dez horas da manhã, Eric se despediu com um abraço apertado e um beijo saudoso antes de entrar num táxi e partir. Eu queria ter acompanhado ele até o aeroporto, mas já estava atrasada para o trabalho. Nunca imaginei que seria pedida em casamento e no dia seguinte seria deixada sozinha.
DIANAQuando finamente desembarquei no Brasil, já era de tarde, tive que pegar um táxi já que não tinha avisado ninguém que estaria chegando, pois queria fazer uma surpresa. Por sorte, Helena tinha dormido quase a viagem toda, acordando apenas quando estava com fome.O motorista, vendo que eu estava sozinha, gentilmente me ajudou a colocar as malas no porta-malas e me levou ao meu prédio. Eu estava cansada e só queria poder dormir, mas quando eu saí do carro, dei de cara com Thaís saindo do prédio.— Di, não acredito que você está de volta! — Ela me envolveu num abraço apertado. — Meu irmão já está sabendo?— Eu queria fazer surpresa.— Entendi. Ele está no restaurante desde a manhã, se quiser aparecer por lá.— Não sei, estou querendo descansar um pouco.— Entendo. — Ela olhou o relógio de pulso. — Preciso ir.— Thaís, não fale nada para o seu irmão, ok?— Pode deixar comigo. — Ela fez sinal de como estivesse fechando o zíper na boca.— Obrigada.Minha melhor amiga se despediu de mim
ERIC Desde que voltei de Paris, não tenho usado a minha aliança, mas não por querer parecer que ainda sou solteiro, mas por ter decidido, durante o voo, que esperaria a chegada de Diana para contarmos juntos a novidade para nossos familiares e amigos. Só Deus sabe o quanto está sendo difícil conviver com a minha irmã perguntando sobre o resultado do exame e o que eu tinha ido fazer em Paris. Ao que tudo indicava, Diana não tinha falado nada com a minha irmã. Quando recebi a mensagem de Diana informando que tinha chegado ao Brasil, não imaginava que era verdade, pensei logo que era algum tipo de pegadinha, mas depois de confirmar com a minha irmã, decidi surpreendê-la e levar o almoço que ela tinha pedido. Quando finalmente cheguei ao andar do apartamento de Diana, respirei fundo e toquei a campainha, não esperava encontrá-la vestindo um short que realçava ainda mais a sua bunda e camiseta era combinação perfeita para deixá-la ainda mais atraente. — Eric! — Dava para perceber a sur
DIANA Jantar com os pais de Eric não era o que eu estava esperando para encerrar a noite, mas não podia recusar, era bom que todos ficassem sabendo logo que estávamos noivos. Enquanto me arrumava, vários pensamentos me ocorreram, mas deixei de lado. Quando Eric tocou a campainha, corri para abrir a porta do apartamento, percebi que ele estava usando uma calça jeans com rasgos no joelho, uma camisa pólo azul e um tênis branco. Ele não quis entrar então só pedi que segurasse Helena enquanto eu pegava a bolsa dela que tinha deixado arrumada no quarto. A caminho da casa dos pais de Eric, confesso que fiquei tensa, as mãos suavam, ele pareceu perceber porque apoiou a mão em minha perna esquerda e acariciou por cima do tecido da calça, um gesto carinhoso e encorajador. Assim que ele estacionou o carro em frente à casa dos pais, ele deu a volta e abriu a porta para mim. A mãe dele veio apressada em nossa direção, me envolveu num abraço como se eu fosse sua filha e depois pegou Helena do