DIANAO momento da despedida foi complicado, saber que estava deixando Eric, minha melhor amiga e o meu pai para trás foi bem difícil de aguentar, mas eu tive que me manter forte e não deixar que as lágrimas escorressem pelo meu rosto. Seriam só duas semanas que eu ficaria longe, mas ainda sim, mas para mim é muito tempo.Minutos antes do momento do embarque, Eric me envolveu pela cintura, me prendendo contra seu corpo, aproveitei para inspirar fundo, guardando o cheiro de seu perfume em minha memória. Eu, com certeza, sentiria falta dele em minha rotina. Depois de muitos beijos e promessas de que me ligaria todos os dias, respeitando as quatro horas de diferença no fuso horário.Aconchegada na poltrona da primeira classe, me sentia preparada para encarar as 11h 20 min de voo até Paris, só não sabia como Helena reagiria tendo que ficar tanto tempo dentro de um avião, por sorte trouxe o tablet repleto dos desenhos que a minha pequena gosta. Era a nossa primeira viagem internacional.Qu
DIANAA semana passou correndo, tive muito trabalho no projeto de Leonardo, sem contar que a sala que me foi designada tinha uma vista perfeita da cidade e da Torre Eiffel, meu horário de trabalho era o mesmo dos demais funcionários da empresa e eu ainda podia levar minha pequena comigo já que a sala tinha isolamento acústico e o chorinho dela não incomodaria os outros.Fiquei tão imersa no andamento do projeto que não tive muito tempo para visitar os pontos turísticos famosos de Paris, mas na sexta-feira, Leonardo pediu que eu o acompanhasse numa recepção com alguns patrocinadores do projeto dele, tentei recusar, aleguei que não tinha roupa adequada.Logo depois do almoço, Leonardo bateu na porta da minha sala e anunciou que iríamos sair, achei que fosse algo relacionado ao projeto por isso não o questionei e segui. Para minha surpresa, paramos na Avenue Montaigne, onde havia lojas de grifes sofisticadas como Dior, Prada, Chanel, Versace, Louis Vuitton, Armani, Gucci, Jimmy Choo e mu
ERIC A semana tinha passado correndo e a saudade de Diana estava me apertando o peito, esse negócio de só nos falar por videochamada não era a mesma coisa. Eu não podia sentir seu cheiro, nem abraçá-la, muito menos tê-la ao meulado na cama, e, confesso que, a cama estava parecendo maior. A sexta-feira já tinha chegado, e eu estava na minha sala no restaurante quando alguém bateu à porta, permiti a entrada e um dos garçons entrou, trazia em mãos um envelope, que achei meio suspeito e, logo achei que ele estaria entregando a carta de demissão. — Isso aqui acabou de ser entregue para o senhor. — Quem mandou? — Não sei, o carteiro acabou de entregar ali na recepção. — Obrigado. Logo que o rapaz se retirou da sala, dei uma olhada no envelope, quase caí da cadeira quando vi que o remetente era o laboratório em que tínhamos feito o exame de DNA. Meu Deus. Eu não esperava receber o resultado tão rápido, doutor Marcos tinha dito mais ou menos duas semanas. Guardei o envelope na gaveta d
DIANA Eu ainda estava levemente adormecida quando ouvi batidas na porta da suíte, pensei que fosse serviço de quarto ou alguma das camareiras, mas depois de dar uma olhada no relógio na mesinha de cabeceira, vi que ainda era muito cedo. Eu não estava esperando ninguém. Vesti o roupão do hotel, não me importando de estar descabelada e caminhei até a porta, logo que a destranquei, tive a grata surpresa de me deparar com Eric, parado bem na minha frente. — Eric? O que você está fazendo aqui? — Eu vim te fazer uma surpresa. — Ele me abraçou forte junto ao corpo e depositou um beijo em minha testa. — Eu achei que você estivesse com raiva de mim. — Raiva de você? Por que achou isso? — Você não atendeu nenhuma das minhas ligações ontem. — Nunca vou ficar com raiva de você, meu anjo — Eric uniu nossos lábios num beijo calmo, mas que rapidamente se tornou ardente. — Acho melhor você entrar. Cheguei para o lado e deixei que ele entrasse. Dava para perceber que ele tinha ficado marav
ERICQuando Diana desatou a rir histericamente na minha frente, juro que achei que ela estivesse zombando de mim e isso me deixou furioso. Confesso que fiquei com ciúmes quando ela chamou o cliente por um apelido. Uma semana era muito pouco tempo tamanha evolução entre eles.— Qual é a graça? — questionei-a.— Nada.— Então porque está rindo? — Porque sim.— Não falei nada engraçado.— Você, claramente, está com ciúmes, mas prefere morrer do que assumir.Fiquei parado a poucos centímetros dela, com os braços cruzados a frente do meu peito então ela continuou falando:— Saiba que significa muito para mim você ter ficado todo nervosinho e preocupado comigo.— Como assim?— Você está com ciúmes por causa de um gay.— Gay?— Sim, o Leonardo é gay.— Você está falando sério?— Eu inclusive, eu conheci o marido dele ontem.— Jesus amado.Depois de ouvir que o tal cliente era gay, passei um braço pela cintura dela e a puxei novamente para perto do meu corpo e depositei um beijo em sua claví
DIANA Depois de descobrir que Eric era mesmo o pai da minha pequena princesinha, confesso que fiquei meio desnorteada. Voltamos ao hotel e dispensei a babá que Leo tinha contratado. Depois de me trocar, fui me sentar no terraço, eu precisava de um tempo sozinha para colocar os pensamentos em ordem. Estava sentada no futon quando Eric apareceu por trás e apoiou as mãos nos meus ombros, roçando o nariz contra a minha orelha esquerda e sussurrou: — Ora, ora. Aí está você. — Desculpa ter te deixado sozinho. — Vai ficar a noite toda sentada aí? — Só estava tentando organizar meus pensamentos. — E essa vista ajuda? — Não é linda? — Muito, mas eu prefiro você. Ele começou a beijar meu pescoço de leve, percorrendo toda a extensão de pele com seus lábios até encontrar os meus. — Por que não vamos nos deitar? — Tudo bem. Pela manhã, quando finalmente abri meus olhos, encontrei o lado dele da cama vazio e quando me levantei, encontrei os dois na sala. Enquanto tómavamos o desjejum m
ERIC Agora que eu tinha certeza de que Helena era minha filha, decidi que era o momento perfeito para dar um passo a mais na minha relação com Diana, mas conhecendo-a do jeito que eu conheço, se eu simplesmente me ajoelhasse e a pedisse em casamento ela acharia que seria só por causa do resultado do exame. Estávamos em Paris e ela ainda não tinha saído para conhecer os pontos turísticos mais famosos da cidade luz e eu estava curioso para conhecê-los, principalmente o museu do Louvre, então nada melhor do que irmos os três juntos, como uma família. — Você pode pedir ao motorista para nos levar? — perguntei enquanto terminávamos de comer. — Claro! Vou enviar uma mensagem para Antonie. Minutos depois, o motorista, que descobri se chamar Antoine, nos deixou na entrada da área que levava ao Louvre, dava para ver o brilho nos olhos de Diana. — Não acredito que me trouxe ao Louvre, Eric. — Pelo seu tom de voz era quase como se ela quisesse sair pulando e gritando de felicidade. — Te
DIANADepois que Eric me pediu em casamento, passamos o resto da noite juntos na cama e dei graças a Deus por Helena não ter acordado no meio da noite. Foi enquanto tomávamos o café da manhã que ele me informou que a folga tinha terminado e ele teria que pegar o voo de volta para o Brasil.— Você tem mesmo que ir?— Infelizmente sim, mas não fique triste porque a semana vai passar rapidinho.— Será inevitável.— Queria estar ao seu lado quando contasse — levei uma torrada à boca. — É capaz do seu pai me odiar ainda mais.— Eu não ligo para o que ele acha, até porque você, agora, é minha noiva.— Vou sentir saudades.— Eu também, Di. Não se preocupe porque logo você vai estar em meus braços novamente.As dez horas da manhã, Eric se despediu com um abraço apertado e um beijo saudoso antes de entrar num táxi e partir. Eu queria ter acompanhado ele até o aeroporto, mas já estava atrasada para o trabalho. Nunca imaginei que seria pedida em casamento e no dia seguinte seria deixada sozinha.