ERIC A semana passou correndo e, tinha ficado tão ocupado com a alta demanda no restaurante depois que Oliver saiu que, não tive muito tempo livre e só conversava com Diana por mensagens ou encontrava ela de noite, geralmente quando a pequena já estava dormindo. Quando dei por mim já era quinta-feira, véspera da nossa viagem para a cidade natal de Diana onde teríamos que nos encontrar e passar o final de semana com os pais dela. Antes de ir para o restaurante, enviei uma mensagem para Diana. "Ansiosa para a nossa viagem?" "Ansiosa para viajar com você, mas nem um pouco para reencontrar minha mãe." "Já comprou a sua passagem?" "Já sim. Só falta você comprar a sua, Eric. "Eu também já comprei a minha. Vou precisar das informações do seu voo para saber se estamos no mesmo avião." Diana me enviou por e-mail as informações do voo dela e acabei descobrindo que ela tinha comprado na classe econômica e eu tinha comprado na primeira classe. Tínhamos um problema. Liguei para a companhia
DIANAA maldita sexta-feira da viagem tinha chegado. Pela manhã quando acordei, Eric não estava na cama, provavelmente já tinha se levantado para preparar o café da manhã, um hábito que estava se tornando corriqueiro toda vez ele passava a noite comigo.Quando olhei o relógio em cima da mesinha de cabeceira, me assustei porque já eram nove horas da manhã. Eu tinha dormido demais e fazia muito tempo que não dormia tão bem. Assim que saí do meu quarto, fui direto ao quarto da minha filha, mas o berço estava vazio e antes que o desespero batesse, ouvi a gargalhada de Helena ressoar pelo apartamento e, imediatamente fui para a sala de estar e encontrei Eric brincando com Helena.Me aproximei silenciosamente e fiquei observando os dois. Eric tinha um carinho e um cuidado especial por Helena e minha filha, adorava o padrinho, principalmente por conta das bagunças.— Que bagunça boa, hein.Eric se assustou, talvez por que não estivesse me esperando e acabou sendo pego desprevenido e quando m
ERIC Viajar com Diana estava sendo diferente, mas um diferente bom. Eu nunca precisei montar um berço, trocar fraldas ou me preocupar com o horário de dar comida a outra pessoa, principalmente quando essa outra pessoa depende exclusivamente de você para tudo. Tive outros relacionamentos que não deram em nada, mas com Diana é diferente. Não estamos num relacionamento, mas sinto a necessidade de protegê-la e me sinto empenhado em querer que dê certo. Depois que Diana deu um banho em Helena, peguei-a enrolada na toalha de unicórnio no banheiro e levei para a cama. Seu cheirinho de bebê logo me atingiu e ela abriu aquele sorriso quando fiz cócegas em sua barriguinha. — Tá cheirosa agora, princesa? Me encarando com aqueles olhos tão inocentes, Helena me fazia pensar em porque eu tinha tirado crianças da minha lista de coisas do futuro. Será que se eu permancesse na vida delas, um dia ela me chamaria de pai? Quando Diana vem para o quarto, é a minha vez de ir para o banho. Deixo a ág
DIANA Depois do café da manhã, recebi uma mensagem do meu pai, ele queria nos encontrar sem a presença intimidante da minha mãe por perto para estragar tudo. Antes de dar qualquer confirmação, precisava conversar com Eric primeiro. — Eric? — Sim? — Ele apareceu na porta que levava ao quintal dos fundos, onde ele estava preparando a churrasqueira para fazer um churrasco para gente. — Meu pai enviou uma mensagem, ele está querendo nos encontrar. — Mas e a sua mãe? — O encontro será somente com ele. — Então chame ele para vir almoçar com a gente aqui. — Você acha que é uma boa ideia? — Claro, meu anjo. Mas você que tem que saber se é o que você quer. — Sim, eu quero muito poder ver meu pai. — Então não pense duas vezes e o convide para vir, ele pode até comer um churrasco com a gente. Eric me deu um beijo e em seguida voltou para o quintal. Enviei a resposta para o meu pai e em seguida peguei Helena no chiqueirinho, levando-a para o quintal, onde Eric estava. — O que seu pai
ERIC A noite tinha chegado e com ela a tal festa onde o pai de Diana seria homenageado. Quando Diana saiu do quarto, usando aquele vestido, ficou um pouco difícil de respirar e tive que afrouxar a gravata borboleta e a gola da camisa social branca. — Uau! Caramba, Diana, você está ainda mais gata do que lá na loja. — Você também não está nada mal. — Ela se aproximou, seu perfume me envolvendo e acabei beijando-a. — Assim vai borar toda a minha maquiagem. — Deus me livre de ter que esperar mais umas dez horas até que você fique pronta de novo. — Levei um tapa no braço. — O vestidinho ficou tão lindo em Helena. — Ela disse enquanto pegava a menina dos meus braços. — Está pronto para irmos? — Mal posso esperar para ver a cara da sua mãe quando ver você entrar comigo. — Pode ir tirando o carro da garagem enquanto pego a bolsa de Helena lá no quarto? — Pode deixar comigo, meu anjo. Estava chovendo muito quando saímos de casa em direção ao lugar que seria a homenagem do pai de Dia
DIANA Depois que Eric saiu para sua caminhada, deixei Helena brincando no berço e comecei a arrumar as coisas de volta na mala, pegaríamos o voo dali a algumas horas e não queria deixar tudo para a última hora. Enquanto aproveitava para lavar a louça do café da manhã que tínhamos usado, ouvi batidas na porta, enxuguei as mãos e fui ver quem era. Será que Eric tinha esquecido as chaves? Para minha decepção, quando dstranquei e abri a porta, não era Eric que estava parado ali na minha frente, mas sim a minha mãe. Sempre com aquele ar de superioridade. Fiquei paralisada, não esperava que ela fosse aparecer, principalmente depois do que ela tinha me falado na noite anterior. — Mãe, o que está fazendo aqui? — Oi, para você também, Diana. Não vai me convidar para entrar? — E por que eu faria isso depois que a senhora me falou ontem? — É sobre aquilo mesmo que vim conversar. — Se veio tentar me diminuir ou me atingir com as suas palavras venenosas, quero que dê meia volta agora mesmo
ERIC Depois que ofendi a honra do filhinho de papai, o ex de Diana tentou vir para cima de mim, mas acabou de arrependendo quando percebeu que eu era pelo menos uns centímetros mais alto do que ele. Ele até tentou me acertar, mas o meu soco atingiu o nariz dele primeiro. — Filho da puta. — Ele segurou o nariz sangrando. — Eu disse que a próxima vez que você me chamasse de grandão ou ofendesse a minha mulher, ia se arrepender. — Meu pai vai atrás de você. — Aprende a virar homem e a se defender sozinho. Peguei-o pela gola da blusa e o imprensei contra o guarda-corpo do píer. O que eu não esperava era que a madeira fosse quebrar com o peso do corpo dele, fazendo-o ficar, literalmente, pendurado apenas pela blusa que eu segurava. — Por favor, me tira daqui. — Ele suplicou. — Por que eu faria isso? Para bater em mulher você tem coragem, né? — Do que você está falando? — Eu sei que você batia na Diana quando estavam juntos, que a obrigava fazer coisas horríveis e no final, fez to
DIANA Eric tinha me surpreendido me levando a praia para um piquenique com Helena. Eu, não quis confessar, mas estava mesmo precisando sair um pouco daquela casa e espairecer a cabeça. Ver e ouvir aquelas pessoas me cumprimentando novamente na rua, era algo que eu sabia que seria fácil de me acostumar. Eu tinha muita sorte de ter aceitado que Eric viesse comigo para Palmer, além de embarcar na minha mentira, tinha coneguido enfrentar meu ex e reverter toda a minha situação e fazer com que a cidade quase toda voltasse a falar comigo. Depois que Eric praticamente me enganou e me fez entrar no mar, molhando quase toda a minha roupa, decidimos ir embora porque o tempo estava começando a ficar nublado e o vento estava cortante. — O que acha de sairmos para almoçar? — Mas e o nosso voo? — Pedi para remarcarem para o que sai amanhã de manhã. — Mas e o restaurante? — Não se preocupe com isso, meu anjo. Já resolvi tudo com a Thaís. — E sou a última a saber? — Era para ser uma surpres