ERIC Acordei meio desorientado no meio da noite, não reconheci onde estava e só quando vi a pequena Helena dormindo no berço, foi que me dei conta de que estava no apartamento de Diana. Eu devia ter pegado no sono enquanto colocava a pequena para dormir e Diana me cobriu. Em silêncio, saí do quarto da bebê para o corredor, minha vontade era de ir embora, mas, procurei na cozinha, na sala e até no banheiro, mas não encontrei as chaves da porta, o último lugar em que poderia estar era no quarto de Diana. Com cuidado abri a porta lentamente, sem fazer barulho, a cena com que me deparei mexeu comigo. Diana estava deitada de bruços, vestindo apenas uma camisa preta larga, que mal chegava ao meio de sua coxa, o lençol tapava apenas algumas partes estratégicas. Me sentindo cansado, acabei desistindo de procurar as chaves e me deitei ao lado de Diana. A cama era enorme e ela nem sentiria minha presença, mas eu estava enganado, tão logo me deitei ela acordou assustada, fingi estar dormindo
DIANA Pela manhã, quando acordei, estiquei os braços e senti o lado da cama vazio, o que só podia ignificar que Eric já tinha levantado. Sentei na cama, tentando raciocinar até que vi o bilhete em cima do travesseiro com aquela letra horrorosa. "Bom dia, Di Infelizmente não pude ficar com você na cama até que acordasse porque tenho que resolver aquele problema no restaurante, mas como recompensa, deixei um café da manhã especial preparado para você na cozinha. Com amor, Eric." Fiquei um pouco mais aliviada depois de ler o bilhete, pelo menos, agora, eu sabia que ele não tinha saído correndo depois que coloquei o travesseiro entre a gente na cama. Saí do quarto e fui pegar Helena, que, pela babá eletrônica, já dava sinais de que estava acordada. Abri a porta do quarto dela devarinho e a peguei ficando em pé enquanto se segurava na grade do berço e deu gritinhos animados quando me viu. — Bom dia, minha princesinha. — Dei um beijo no topo de sua cabeça antes de pegá-la no colo. —
ERIC Depois de tomar um bom banho e me arrumar, encontrei Thaís sentada no sofá da sala, mexendo no celular. Percebi que ela também havia se arrumado e parecia pronta para a batalha com Oliver. — Tudo pronto para irmos? — Claro! — Vamos em um ou dois carros? — Pode ser no seu. — Mas estou querendo ir a casa dos nossos pais depois do restaurante. — Sem problemas, vou com você já que tô precisando mesmo fazer uma visita a eles. Depois de trancar o apartamento, entramos no elevador e fomos até a garagem. Enquanto dirigia para o restaurante, dei uma olhada rápida no celular, pela hora Diana já teria saído para trabalhar. — Preparado para confrontar o seu melhor amigo? — Thaís perguntou tentando quebrar o clima tenso que tinha se intalado dentro do carro. — Ainda não acredito que aquele filho da puta foi capaz de fazer uma coisas dessas comigo. — O que será que ele vai falar quando a gente mostrar as filmagens? — Pelo que conheço dele, com certeza, ele vai tentar negar. — Mas
DIANA No final da tarde, enquanto enviava os últimos e-mails importantes, senti meu celular vibrar no bolso traseiro da calça, mas não pude verificar imediatamente, pois não podia perder a concentração porque poderia sair alguma coisa errada. Terminando de enviar os e-mails e digitar os últimos relatórios, estando menos atarefada, pude dar uma olhada no celular e vi que tinha chegado uma mensagem de Eric. "Mistério das flores está resolvido." "Quem enviou aquele buquê lindo para mim?" "Foi a Thaís que mandou, para fazer um agrado pra você depois de tudo o que aconteceu." "Vou mandar uma mensagem agradecendo ela. Valeu, Sherlock Holmes." "Disponha, minha Mary Jane." "Sabe que ela é do filme do Homem aranha, né?" "Eu sei. Você esta conversando com o maior fã de desenhos de super-heróis." "Preciso juntar minhas coisas para ir para casa, de volta para o castelo da princesinha." "Posso te ver mais tarde?" "Claro!" "Primeiro vou levar a denaturada da minha irmã na casa dos noss
ERIC Depois de um dia intenso no restaurante, fui até a cozinha e informei a minha irmã de que estava indo embora e pedi que ela fechasse o restaurante quando o trabalho terminasse e todos fossem embora. — Pode deixar comigo, irmãozinho. — Você vai para a casa dos nossos pais, mesmo? — Sim, prometi a mamãe que passaria a noite lá. — Vai me deixar ficar sozinho em casa? — Não se acostuma não, porque vai ser só por essa noite — respondeu enquanto terminava de preparar um refogado. — Aproveita e chama a Diana para te fazer companhia. — Por que eu faria isso? — Me fiz de desentendido, mas era exatamente aquilo que eu pretendia fazer. — Porque você está de olho nela que eu sei. — Que audácia, hein, Thaís. — Te conheço por tempo suficiente para saber, Eric. Deixei minha irmã responsável pela cozinha e saí. Quando cheguei no andar de Diana e toquei a campainha, não esperava que ela fosse me receber enrolada numa toalha e que depois teria a visão mais perfeita do meu dia. Enquanto
DIANA Sempre imaginei que quando conseguisse passar a noite com Eric, seria maravilhoso e foi totalmente diferente do que eu imaginava, foi muito melhor do que imaginava. Ele tinha sido um verdadeiro cavalheiro. Conforme ele me colocou no chão, o quarto era iluminado apenas a luz da lua que entrava pelas janelas. Suas mãos frias foram para a beirada da minha blusa e em um rápido movimento, a blusa foi erguida acima da minha cabeça, indo parar no chão. A próxima peça a sair foi o short, me deixando apenas de calcinha e sutiã. Com seu corpo grande, quente e totalmente vestido colado ao meu. Fiquei meio tonta quando ele me beijou, sua boca parecia me devorar. Tudo o que eu queria era permanecer ali, envolvida pelos braços dele. Estava tão inebriada que quase não percebi quando ele soltou os fechos do meu sutiã. Fiquei na ponta dos pés para alcançar e poder beijar a pele quente do pescoço, os pelinhos da barba dele pinicaram minha bochecha. As mãos de Eric continuaram deslizando para
ERIC A semana passou correndo e, tinha ficado tão ocupado com a alta demanda no restaurante depois que Oliver saiu que, não tive muito tempo livre e só conversava com Diana por mensagens ou encontrava ela de noite, geralmente quando a pequena já estava dormindo. Quando dei por mim já era quinta-feira, véspera da nossa viagem para a cidade natal de Diana onde teríamos que nos encontrar e passar o final de semana com os pais dela. Antes de ir para o restaurante, enviei uma mensagem para Diana. "Ansiosa para a nossa viagem?" "Ansiosa para viajar com você, mas nem um pouco para reencontrar minha mãe." "Já comprou a sua passagem?" "Já sim. Só falta você comprar a sua, Eric. "Eu também já comprei a minha. Vou precisar das informações do seu voo para saber se estamos no mesmo avião." Diana me enviou por e-mail as informações do voo dela e acabei descobrindo que ela tinha comprado na classe econômica e eu tinha comprado na primeira classe. Tínhamos um problema. Liguei para a companhia
DIANAA maldita sexta-feira da viagem tinha chegado. Pela manhã quando acordei, Eric não estava na cama, provavelmente já tinha se levantado para preparar o café da manhã, um hábito que estava se tornando corriqueiro toda vez ele passava a noite comigo.Quando olhei o relógio em cima da mesinha de cabeceira, me assustei porque já eram nove horas da manhã. Eu tinha dormido demais e fazia muito tempo que não dormia tão bem. Assim que saí do meu quarto, fui direto ao quarto da minha filha, mas o berço estava vazio e antes que o desespero batesse, ouvi a gargalhada de Helena ressoar pelo apartamento e, imediatamente fui para a sala de estar e encontrei Eric brincando com Helena.Me aproximei silenciosamente e fiquei observando os dois. Eric tinha um carinho e um cuidado especial por Helena e minha filha, adorava o padrinho, principalmente por conta das bagunças.— Que bagunça boa, hein.Eric se assustou, talvez por que não estivesse me esperando e acabou sendo pego desprevenido e quando m