ERIC Depois de tomar um bom banho e me arrumar, encontrei Thaís sentada no sofá da sala, mexendo no celular. Percebi que ela também havia se arrumado e parecia pronta para a batalha com Oliver. — Tudo pronto para irmos? — Claro! — Vamos em um ou dois carros? — Pode ser no seu. — Mas estou querendo ir a casa dos nossos pais depois do restaurante. — Sem problemas, vou com você já que tô precisando mesmo fazer uma visita a eles. Depois de trancar o apartamento, entramos no elevador e fomos até a garagem. Enquanto dirigia para o restaurante, dei uma olhada rápida no celular, pela hora Diana já teria saído para trabalhar. — Preparado para confrontar o seu melhor amigo? — Thaís perguntou tentando quebrar o clima tenso que tinha se intalado dentro do carro. — Ainda não acredito que aquele filho da puta foi capaz de fazer uma coisas dessas comigo. — O que será que ele vai falar quando a gente mostrar as filmagens? — Pelo que conheço dele, com certeza, ele vai tentar negar. — Mas
DIANA No final da tarde, enquanto enviava os últimos e-mails importantes, senti meu celular vibrar no bolso traseiro da calça, mas não pude verificar imediatamente, pois não podia perder a concentração porque poderia sair alguma coisa errada. Terminando de enviar os e-mails e digitar os últimos relatórios, estando menos atarefada, pude dar uma olhada no celular e vi que tinha chegado uma mensagem de Eric. "Mistério das flores está resolvido." "Quem enviou aquele buquê lindo para mim?" "Foi a Thaís que mandou, para fazer um agrado pra você depois de tudo o que aconteceu." "Vou mandar uma mensagem agradecendo ela. Valeu, Sherlock Holmes." "Disponha, minha Mary Jane." "Sabe que ela é do filme do Homem aranha, né?" "Eu sei. Você esta conversando com o maior fã de desenhos de super-heróis." "Preciso juntar minhas coisas para ir para casa, de volta para o castelo da princesinha." "Posso te ver mais tarde?" "Claro!" "Primeiro vou levar a denaturada da minha irmã na casa dos noss
ERIC Depois de um dia intenso no restaurante, fui até a cozinha e informei a minha irmã de que estava indo embora e pedi que ela fechasse o restaurante quando o trabalho terminasse e todos fossem embora. — Pode deixar comigo, irmãozinho. — Você vai para a casa dos nossos pais, mesmo? — Sim, prometi a mamãe que passaria a noite lá. — Vai me deixar ficar sozinho em casa? — Não se acostuma não, porque vai ser só por essa noite — respondeu enquanto terminava de preparar um refogado. — Aproveita e chama a Diana para te fazer companhia. — Por que eu faria isso? — Me fiz de desentendido, mas era exatamente aquilo que eu pretendia fazer. — Porque você está de olho nela que eu sei. — Que audácia, hein, Thaís. — Te conheço por tempo suficiente para saber, Eric. Deixei minha irmã responsável pela cozinha e saí. Quando cheguei no andar de Diana e toquei a campainha, não esperava que ela fosse me receber enrolada numa toalha e que depois teria a visão mais perfeita do meu dia. Enquanto
DIANA Sempre imaginei que quando conseguisse passar a noite com Eric, seria maravilhoso e foi totalmente diferente do que eu imaginava, foi muito melhor do que imaginava. Ele tinha sido um verdadeiro cavalheiro. Conforme ele me colocou no chão, o quarto era iluminado apenas a luz da lua que entrava pelas janelas. Suas mãos frias foram para a beirada da minha blusa e em um rápido movimento, a blusa foi erguida acima da minha cabeça, indo parar no chão. A próxima peça a sair foi o short, me deixando apenas de calcinha e sutiã. Com seu corpo grande, quente e totalmente vestido colado ao meu. Fiquei meio tonta quando ele me beijou, sua boca parecia me devorar. Tudo o que eu queria era permanecer ali, envolvida pelos braços dele. Estava tão inebriada que quase não percebi quando ele soltou os fechos do meu sutiã. Fiquei na ponta dos pés para alcançar e poder beijar a pele quente do pescoço, os pelinhos da barba dele pinicaram minha bochecha. As mãos de Eric continuaram deslizando para
ERIC A semana passou correndo e, tinha ficado tão ocupado com a alta demanda no restaurante depois que Oliver saiu que, não tive muito tempo livre e só conversava com Diana por mensagens ou encontrava ela de noite, geralmente quando a pequena já estava dormindo. Quando dei por mim já era quinta-feira, véspera da nossa viagem para a cidade natal de Diana onde teríamos que nos encontrar e passar o final de semana com os pais dela. Antes de ir para o restaurante, enviei uma mensagem para Diana. "Ansiosa para a nossa viagem?" "Ansiosa para viajar com você, mas nem um pouco para reencontrar minha mãe." "Já comprou a sua passagem?" "Já sim. Só falta você comprar a sua, Eric. "Eu também já comprei a minha. Vou precisar das informações do seu voo para saber se estamos no mesmo avião." Diana me enviou por e-mail as informações do voo dela e acabei descobrindo que ela tinha comprado na classe econômica e eu tinha comprado na primeira classe. Tínhamos um problema. Liguei para a companhia
DIANAA maldita sexta-feira da viagem tinha chegado. Pela manhã quando acordei, Eric não estava na cama, provavelmente já tinha se levantado para preparar o café da manhã, um hábito que estava se tornando corriqueiro toda vez ele passava a noite comigo.Quando olhei o relógio em cima da mesinha de cabeceira, me assustei porque já eram nove horas da manhã. Eu tinha dormido demais e fazia muito tempo que não dormia tão bem. Assim que saí do meu quarto, fui direto ao quarto da minha filha, mas o berço estava vazio e antes que o desespero batesse, ouvi a gargalhada de Helena ressoar pelo apartamento e, imediatamente fui para a sala de estar e encontrei Eric brincando com Helena.Me aproximei silenciosamente e fiquei observando os dois. Eric tinha um carinho e um cuidado especial por Helena e minha filha, adorava o padrinho, principalmente por conta das bagunças.— Que bagunça boa, hein.Eric se assustou, talvez por que não estivesse me esperando e acabou sendo pego desprevenido e quando m
ERIC Viajar com Diana estava sendo diferente, mas um diferente bom. Eu nunca precisei montar um berço, trocar fraldas ou me preocupar com o horário de dar comida a outra pessoa, principalmente quando essa outra pessoa depende exclusivamente de você para tudo. Tive outros relacionamentos que não deram em nada, mas com Diana é diferente. Não estamos num relacionamento, mas sinto a necessidade de protegê-la e me sinto empenhado em querer que dê certo. Depois que Diana deu um banho em Helena, peguei-a enrolada na toalha de unicórnio no banheiro e levei para a cama. Seu cheirinho de bebê logo me atingiu e ela abriu aquele sorriso quando fiz cócegas em sua barriguinha. — Tá cheirosa agora, princesa? Me encarando com aqueles olhos tão inocentes, Helena me fazia pensar em porque eu tinha tirado crianças da minha lista de coisas do futuro. Será que se eu permancesse na vida delas, um dia ela me chamaria de pai? Quando Diana vem para o quarto, é a minha vez de ir para o banho. Deixo a ág
DIANA Depois do café da manhã, recebi uma mensagem do meu pai, ele queria nos encontrar sem a presença intimidante da minha mãe por perto para estragar tudo. Antes de dar qualquer confirmação, precisava conversar com Eric primeiro. — Eric? — Sim? — Ele apareceu na porta que levava ao quintal dos fundos, onde ele estava preparando a churrasqueira para fazer um churrasco para gente. — Meu pai enviou uma mensagem, ele está querendo nos encontrar. — Mas e a sua mãe? — O encontro será somente com ele. — Então chame ele para vir almoçar com a gente aqui. — Você acha que é uma boa ideia? — Claro, meu anjo. Mas você que tem que saber se é o que você quer. — Sim, eu quero muito poder ver meu pai. — Então não pense duas vezes e o convide para vir, ele pode até comer um churrasco com a gente. Eric me deu um beijo e em seguida voltou para o quintal. Enviei a resposta para o meu pai e em seguida peguei Helena no chiqueirinho, levando-a para o quintal, onde Eric estava. — O que seu pai