ERICQuando voltei para o apartamento, estava tudo silencioso demais, sinal de que minha querida irmãzinha não estava em casa. O que era bom porque eu poderia sobreviver por mais uma noite antes que ela enfim me trucidasse.Fui direto para o meu quarto e tranquei a porta. Me apoiando na madeira, respirei fundo e fui para o banheiro, me obriguei a entrar debaixo do chuveiro e fiquei parado ali, apenas deixando que a água escorresse pelo meu corpo.De repente meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu celular em algum canto do meu quarto. Desliguei o chuveiro, dei uma enxugada rápida no corpo para logo depois enrolar a toalha no quadril.Resgatei meu celular do bolso da calça jogada no cesto de roupa suja e nem me importei em verificar quem estava me ligando, apenas atendi na esperança de que fosse Diana querendo conversar um pouco sobre o que tinha acontecido, mas me surpreendi quando ouvi a voz de Thaís do outro lado da linha.— Onde você tá, Eric?— Em casa. Por quê?— Pr
DIANA Esclarecida toda a confusão, eu não esperava que Eric fosse ficar depois que Thaís saiu com Gustavo. Também não esperava que meu corpo reagisse daquela maneira com a proximidade dele, com suas mãos em minha cintura. Sempre foi fácil para mim esconder o que sentia por Eric, afinal ele estava sempre afastado, quase não nos víamos, mas, agora, com ele estando tão próximo quase todos os dias estava ficando praticamente impossível. Eu sabia que ainda era muito cedo para admitir qualquer coisa entre a gente, mas quando menos esperava, as palavras simplesmente saíram da minha boca. — E eu adoro a forma como me beija. Helena sempre foi o meu anjinho, mas dessa vez ela chorou no momento errado, ou talvez fosse o certo, justo quando as coisas estavam começando a esquentar e, talvez me arrependesse de cruzar essa linha com Eric. Quando fui ao quarto para descobrir o motivo do choro da minha pequena, percebi que Eric estava me seguindo, mas preferi não comentar nada e foquei toda a min
ERIC Acordei meio desorientado no meio da noite, não reconheci onde estava e só quando vi a pequena Helena dormindo no berço, foi que me dei conta de que estava no apartamento de Diana. Eu devia ter pegado no sono enquanto colocava a pequena para dormir e Diana me cobriu. Em silêncio, saí do quarto da bebê para o corredor, minha vontade era de ir embora, mas, procurei na cozinha, na sala e até no banheiro, mas não encontrei as chaves da porta, o último lugar em que poderia estar era no quarto de Diana. Com cuidado abri a porta lentamente, sem fazer barulho, a cena com que me deparei mexeu comigo. Diana estava deitada de bruços, vestindo apenas uma camisa preta larga, que mal chegava ao meio de sua coxa, o lençol tapava apenas algumas partes estratégicas. Me sentindo cansado, acabei desistindo de procurar as chaves e me deitei ao lado de Diana. A cama era enorme e ela nem sentiria minha presença, mas eu estava enganado, tão logo me deitei ela acordou assustada, fingi estar dormindo
DIANA Pela manhã, quando acordei, estiquei os braços e senti o lado da cama vazio, o que só podia ignificar que Eric já tinha levantado. Sentei na cama, tentando raciocinar até que vi o bilhete em cima do travesseiro com aquela letra horrorosa. "Bom dia, Di Infelizmente não pude ficar com você na cama até que acordasse porque tenho que resolver aquele problema no restaurante, mas como recompensa, deixei um café da manhã especial preparado para você na cozinha. Com amor, Eric." Fiquei um pouco mais aliviada depois de ler o bilhete, pelo menos, agora, eu sabia que ele não tinha saído correndo depois que coloquei o travesseiro entre a gente na cama. Saí do quarto e fui pegar Helena, que, pela babá eletrônica, já dava sinais de que estava acordada. Abri a porta do quarto dela devarinho e a peguei ficando em pé enquanto se segurava na grade do berço e deu gritinhos animados quando me viu. — Bom dia, minha princesinha. — Dei um beijo no topo de sua cabeça antes de pegá-la no colo. —
ERIC Depois de tomar um bom banho e me arrumar, encontrei Thaís sentada no sofá da sala, mexendo no celular. Percebi que ela também havia se arrumado e parecia pronta para a batalha com Oliver. — Tudo pronto para irmos? — Claro! — Vamos em um ou dois carros? — Pode ser no seu. — Mas estou querendo ir a casa dos nossos pais depois do restaurante. — Sem problemas, vou com você já que tô precisando mesmo fazer uma visita a eles. Depois de trancar o apartamento, entramos no elevador e fomos até a garagem. Enquanto dirigia para o restaurante, dei uma olhada rápida no celular, pela hora Diana já teria saído para trabalhar. — Preparado para confrontar o seu melhor amigo? — Thaís perguntou tentando quebrar o clima tenso que tinha se intalado dentro do carro. — Ainda não acredito que aquele filho da puta foi capaz de fazer uma coisas dessas comigo. — O que será que ele vai falar quando a gente mostrar as filmagens? — Pelo que conheço dele, com certeza, ele vai tentar negar. — Mas
DIANA No final da tarde, enquanto enviava os últimos e-mails importantes, senti meu celular vibrar no bolso traseiro da calça, mas não pude verificar imediatamente, pois não podia perder a concentração porque poderia sair alguma coisa errada. Terminando de enviar os e-mails e digitar os últimos relatórios, estando menos atarefada, pude dar uma olhada no celular e vi que tinha chegado uma mensagem de Eric. "Mistério das flores está resolvido." "Quem enviou aquele buquê lindo para mim?" "Foi a Thaís que mandou, para fazer um agrado pra você depois de tudo o que aconteceu." "Vou mandar uma mensagem agradecendo ela. Valeu, Sherlock Holmes." "Disponha, minha Mary Jane." "Sabe que ela é do filme do Homem aranha, né?" "Eu sei. Você esta conversando com o maior fã de desenhos de super-heróis." "Preciso juntar minhas coisas para ir para casa, de volta para o castelo da princesinha." "Posso te ver mais tarde?" "Claro!" "Primeiro vou levar a denaturada da minha irmã na casa dos noss
ERIC Depois de um dia intenso no restaurante, fui até a cozinha e informei a minha irmã de que estava indo embora e pedi que ela fechasse o restaurante quando o trabalho terminasse e todos fossem embora. — Pode deixar comigo, irmãozinho. — Você vai para a casa dos nossos pais, mesmo? — Sim, prometi a mamãe que passaria a noite lá. — Vai me deixar ficar sozinho em casa? — Não se acostuma não, porque vai ser só por essa noite — respondeu enquanto terminava de preparar um refogado. — Aproveita e chama a Diana para te fazer companhia. — Por que eu faria isso? — Me fiz de desentendido, mas era exatamente aquilo que eu pretendia fazer. — Porque você está de olho nela que eu sei. — Que audácia, hein, Thaís. — Te conheço por tempo suficiente para saber, Eric. Deixei minha irmã responsável pela cozinha e saí. Quando cheguei no andar de Diana e toquei a campainha, não esperava que ela fosse me receber enrolada numa toalha e que depois teria a visão mais perfeita do meu dia. Enquanto
DIANA Sempre imaginei que quando conseguisse passar a noite com Eric, seria maravilhoso e foi totalmente diferente do que eu imaginava, foi muito melhor do que imaginava. Ele tinha sido um verdadeiro cavalheiro. Conforme ele me colocou no chão, o quarto era iluminado apenas a luz da lua que entrava pelas janelas. Suas mãos frias foram para a beirada da minha blusa e em um rápido movimento, a blusa foi erguida acima da minha cabeça, indo parar no chão. A próxima peça a sair foi o short, me deixando apenas de calcinha e sutiã. Com seu corpo grande, quente e totalmente vestido colado ao meu. Fiquei meio tonta quando ele me beijou, sua boca parecia me devorar. Tudo o que eu queria era permanecer ali, envolvida pelos braços dele. Estava tão inebriada que quase não percebi quando ele soltou os fechos do meu sutiã. Fiquei na ponta dos pés para alcançar e poder beijar a pele quente do pescoço, os pelinhos da barba dele pinicaram minha bochecha. As mãos de Eric continuaram deslizando para