Capítulo 150

O helicóptero balançava suavemente no ar, e mais uma vez, eu tentava controlar o medo que sempre surgia com a ideia de voar. Lembrei-me de quando Bernardo, com seu jeito brincalhão, disse que eu precisaria me acostumar com esse tipo de transporte para casos de transferência. Lembro-me dele rindo, falando que, como médica, eu não teria escolha a não ser superar esse medo. Um sorriso melancólico escapou dos meus lábios ao pensar nisso, mas o aperto no peito logo voltou. Agora, o barulho ensurdecedor das hélices não conseguia abafar os pensamentos caóticos que dominavam minha mente. Enquanto o Rio de Janeiro se estendia sob meus pés, com o Mercy Hospital surgindo no horizonte, eu me sentia cada vez mais ansiosa. O nó no estômago só aumentava ao imaginar Bernardo deitado em uma cama de UTI, lutando pela vida. Ele estava lá, imóvel, e eu me sentia impotente, incapaz de fazer algo para mudar a situação.

A transferência de Bernardo foi angustiante, mas necessária. Seus pais tinham insistido
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