Capítulo 149

Eu me encarei no espelho enquanto lavava as mãos, a água fria escorrendo pelos meus dedos, tentando acalmar o tremor que ameaçava me dominar. As lágrimas que haviam queimado meus olhos antes pareciam ter secado, como se, ao vestir o uniforme cirúrgico, meu corpo soubesse que não havia mais espaço para o desespero. A frieza que tanto me definiu como cirurgiã, aquela capacidade de desligar o emocional para focar no procedimento à minha frente, era minha única salvação naquele momento. Eu precisava disso mais do que nunca.

O reflexo no espelho não mostrava uma noiva desamparada, mas uma médica determinada. As dores nas mãos causadas pela STC continuavam latejando, um lembrete constante da fragilidade do meu corpo. Porém, naquele instante, se eu conseguia ignorar a dor do meu coração, poderia ignorar qualquer outra coisa. A adrenalina corria nas minhas veias, e por mais que a pressão fosse esmagadora, havia uma calma que eu precisava manter. Bernardo dependia de mim.

Não era comum um médi
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