Capítulo 157

O cheiro inconfundível do hospital, uma mistura de desinfetante, algo metálico e o ar estéril das salas cirúrgicas, me envolvia enquanto eu estava deitada na maca. Cada inspiração parecia mais pesada, carregada por uma expectativa sutil que não combinava com o ambiente no qual eu passava meus dias. A luz acima de mim, fria e ofuscante, parecia mais intensa do que o normal, como se refletisse diretamente a ansiedade que pulsava no meu peito. Eu deveria estar acostumada a esse cenário, aos sons ritmados dos monitores e ao murmúrio baixo da equipe médica se preparando. Afinal, era o lugar onde eu me sentia no controle, onde eu trabalhava todos os dias. Mas hoje, tudo estava ao avesso. Hoje, eu não era a cirurgiã comandando a sala. Eu era a paciente, vulnerável, entregue às mãos de outra pessoa.

A equipe ao meu redor se movia com precisão, quase como uma coreografia ensaiada. Os enfermeiros organizavam os instrumentos cirúrgicos com mãos ágeis, enquanto a anestesista verificava os monitor
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