Sombra deu um gole da cerveja e levantou a garrafa para o garçom já pedindo outra, pela forma como Ivan virou o copo de Vodka estava claro que estavam com um problema, começou pelo óbvio.— Que isso, Grandão. Mano, foi melhor assim. Começar uma guerra as vésperas de uma votação seria burrice. Vamos lá, a gente sempre confiou um no outro, sei o que estou fazendo. Estamos juntos e isso aqui, meu irmão é a nossa família.Sombra tinha certeza de que o amigo ainda estava com raiva por ele não ter permitido que Ivan matasse Paolo, tinha lógica. Provavelmente estaria tão perdido quanto ele se alguém tivesse feito mal a Endi.E Nick nem mesmo parecia o mesmo rapaz que saiu do condomínio há um ano.A mente ainda o traiu brincou internamente que pelo menos com aquela aparência Olíe nunca mais precisaria se preocupar com a competição. Nenhuma garota se interessaria por Nick.Não fez a brincadeira, sabia o peso dos socos de Ivan.Mas a resposta que recebeu foi completamente diferente da que esper
Sombra olhou para a mensagem no celular e deslizou o aparelho em cima do balcão dando risada.— Bicho burro da porra! Depois vem dizer que era o grande CEO. Um filhinho de papai isso sim.Ivan pegou o telefone, leu, releu, não entendeu.— Mas tem o meu nomeFez exatamente essa pergunta para Lara pelo celular do amigo.“Por que tem o nome do Ivan?”Perguntou como se fosse Sombra, porque achava que as chances de ser respondido com a verdade eram maiores.“Mando tudo com o nome dele. Imagine eu mandar um pedido de exame com o nome de Fera, Dragon, Russo”Lara ficou olhando para o celular por um tempo, não entendeu o motivo da pergunta e muito menos o porquê elas tinham acabado sem uma despedida, Sombra costumava ser educado.Ivan piscou algumas vezes com a testa franzida, coçou a cabeça e tomou mais um gole da vodka, como se o álcool pudesse ajudar a processar a informação.— Então eu nã...eu não tô morrendo?Sombra começou a rir, parte pela expressão confusa do amigo, mas principalmente
Ainda estavam rindo, Ivan estava embriagado, mas dessa vez pela felicidade, ainda havia muitas lutas para vencer, mas tudo o que realmente importava era que veria sua caçula crescer, envelheceria ao lado da esposa e estaria no casamento do filho. A rua ainda parecia um palco para os beijos que roubava da esposa a cada vez que Sara perguntava o que estava acontecendo.— Eu ainda vou perturbar muito a sua vida, minha pequena! É isso que está acontecendo, EU TE AMO.Sombra também sorria olhando para a felicidade do amigo, por mais Ivan fosse a amizade mais conturbada e trabalhosa que teve durante toda a vida, também era um dos caras que mais amava.E foi nesse clima adocicado que estavam quando a noite foi rasgada pelo som agudo de um pneu queimando no asfalto.O motor de um carro roncou. O mundo, que segundos antes era feito de gargalhadas e alívio, se corrompeu em medo. Ivan segurou a esposa nos braços e deu as costas para o perigo. Morrer era assustador, mas não mais apavorante do qu
Sombra não estava disposto a perder aquela guerra, devia isso ao irmão, ao filho, ao amigo! Mas principalmente, não seria capaz de se perdoar se algo acontecesse ao afilhado.Não depois que impediu Ivan de resolver o assunto matando o chefe do clã DiLauro.Puxou o braço do amigo!— AGORA PORRA!Ivan ergueu o filho nos braços, a voz do amigo sempre foi o seu norte e naquela noite não foi diferente.Nick tinha a altura do pai, tão forte e pesado quanto Ivan, e ainda assim, foi levantado do chão como se realmente fosse o bebê que Sara costumava dizer que ele era.Ivan assumiu o volante, Sara ficou no banco de trás com o filho, e Sombra olhou para ela enquanto estendia uma arma.— Se esses filhos da puta seguirem a gente, você sabe o que fazer bravinha. É a porra de uma filha da máfia caralho, então para de chorar e atira!Doía ver Sara daquela forma, ainda que eles tivessem se tornado um eterno quase, ele a amava.Não como um dia achou que amaria, mas a amava. Só que naquele momento o qu
Luzes! Há quem diga que as luzes mostram o caminho, no último ano Nick tinha visto muitas, coloridas, brilhantes, desfocadas. A vida noturna esconde beleza e dor, para Nickolas Bianchi nenhuma daquelas luzes o levou para onde queria estar.O abraço doce e delicado da menina que ele carinhosamente chamava de Ratinha.Estava mais uma vez em uma casa noturna, olhou em volta e em seguida para o copo de whisky a sua frente.— Almas perdidas, todas almas sem rumo, assim como eu.Pensou enquanto retirava o último cigarro do maço, acionou o isqueiro, olhou por alguns instantes para a chama e acendeu a brasa dando um trago forte.A dor que trazia no peito o dilacerava a cada dia, uma dor com nome de mulher, rosto de menina e a voz mais doce que já tinha ouvido.Na antiga capital indiana de Deli, há em média cem bordeis de vários andares destinados à diversão masculina. Alguns como a casa 64 eram visitados inclusive por turistas. Nick conhecia cada um deles como a palma da própria mão.Desde qu
Ele a enxergava como uma menina que estava se entregando a um homem e estava decidido a agir como um. Esperaria até que ela estivesse pronta para se tornar mulher em seus braços.— Vai ser uma honra para mimUma honra que Nick não alcançou, mas ainda sonhava com o dia em que a teria de volta e pudessem simplesmente recomeçar como se o tempo não tivesse passado, porque para ele, nada, absolutamente nada tinha mudado desde o último beijo.— Quero conhecer sua mãe, dizer a ela que quero namorar a filha dela e prometer que vou cuidar de vocês duas para sempre.Decisões certas surtem efeitos contrários com pessoas erradas e foi exatamente assim que Nick viu sua paz ser roubada.Quando chegaram à casa de Helena, a mulher os observou com um interesse nada inocente para uma sogra.— Olívia! Que saudade!A mulher de pouco mais de trinta e cinco anos exclamou, fingindo entusiasmo e abraçando a filha.Viu pela janela a forma como Nick tratava Olívia. Ele abriu a porta do carro esportivo escandal
O dono da casa 64 havia comprado a garota depois de uma noite intensa, se apaixonou pelo que ela tinha a oferecer, mas em especial pela personalidade.— Como é seu nome, menina?— JaneA loira mascarada respondeu ajoelhando em frente a Omar e oferecendo o que foi apenas o início de uma noite sensacional, no entanto assim que ele tentou tirar do pescoço delicado a coleira que ela usava, Jane segurou a mão masculina e o encarou com ódio.— Não, milorde. Está aí para te lembrar, que para você sou um brinquedo emprestado. Tenho um dono.Omar não estava ali buscando conversas, então apenas aproveitou cada parte do corpo feminino, no entanto, quando já não tinha mais forças, se encontrou com um outro lado da mulher que o serviu.— Qual o seu luto, milorde?O dono do melhor núcleo de diversão masculina da Índia achava não possuir lutos, estava acostumado ao poder e a pegar absolutamente tudo o que queria, quando queria.— Gosta de conversar, Jane?— Um dia, um homem sem coração disse que a v
Já nem se lembrava quantas vezes precisou tomar antibióticos para as mais diversas doenças que adquiriu servindo aqueles homens. Nada importava, nada mesmo.— Está aqui o seu dinheiro, agora some volta para o salão e escolhe outra menina.O homem saiu satisfeito, tinha provado a joia da casa e teria dinheiro para usufruir de pelo menos outras quatro garotas, se quisesse.— Com ciúme, Visão?Jane perguntou sorrindo para Omar, não imaginava o que estava por trás daquela reação exagerada do seu benfeitor.Ela era a única que tinha um quarto no último andar, a cama de casal enfeitada, banho quente e comida fresca. O dono da atual casa em que estava trabalhando representava proteção e ela fazia questão de pagar por isso.Beijou o pescoço de Omar e colocou uma das pernas na cintura masculina.— Quer brincar com a sua Priya?Era assim que ele a chamava quando estava tomado pela lascívia.— Tem um cliente novo, vai gostar dele.— Não quero atender seus amigos, Omar. Temos um acordo.Jane se r