Um Contrato Inesperado Com O Mafioso
Um Contrato Inesperado Com O Mafioso
Por: Karyelle Kuhn
Capítulo 01

COPYRIGHT © 2023 POR KARYELLE KUHN

Título original: Um Contrato inesperado com o Mafioso.

Está é uma obra de ficção.

Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.

Todos os direitos reservados.

Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer forma e/ou quaisquer meios existentes sem prévia autorização por escrito da autora.

Os direitos morais foram assegurados.

A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela lei nº. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

Versão Digital — 2023.

AVISO IMPORTANTE:

ALERTA DE GATILHOS;

Assassinato, tortura, abandono, assédio sexual, traição, uso de drogas lícitas e linguagem imprópria. 

Se em algum momento você se sentir desconfortável, peço para que pare a leitura e, quem sabe, dê uma chance aos meus outros livros. Sua saúde mental em primeiro lugar. 

Thomas Kuhn

Os gemidos da mulher se tornavam cada vez mais altos e enquanto eu me movia atrás dela e a puxava com força pelo quadril, — ela implorava por mais e suas unhas que mais se pareciam com garras afiadas, afundava no colchão, a ponto de praticamente rasgá-lo. 

— Ah! Thomas! — Ela gemeu alto, seu corpo cedendo sobre a cama enquanto eu puxava de vez o seu quadril contra mim, para gozar uma última vez, antes de deixá-la descansar.  

Ela grunhiu quando eu saí de dentro dela, tirando a camisinha do meu pau e a jogando fora. Chloe se virou, sorrindo pra mim e abrindo seus braços para que eu me juntasse a ela na cama. 

— Isso foi muito bom... — ela murmurou e eu sorri de canto, deslizando meus dedos pelos meus cabelos.  

— Eu sei que foi, — falo me sentando na cama e tirando um cigarro da mesinha de cabeceira. O isqueiro dourado com o brasão da família Kuhn, estava esculpido nele e quando apertei para acender o meu cigarro, eu vi Chloé deslizar os dedos pelas minhas costas, me abraçando por trás. 

— Sabe Thomas... eu estive pensando sobre tudo isso... e... bom... — ela sorriu, beijando minha nuca, — eu te amo.  

Deus. 

Amor? 

Ela realmente queria falar sobre amor? 

Besteira. 

Amor era algo que não existia nesse mundo, uma ilusão idiota a qual as pessoas se agarravam por puro desespero e quando se nasce como um Kuhn, você não tem direito a pensar em coisas idiotas como o amor. 

—Thomas? — Ela me chamou, quando eu não a respondi, — você não vai dizer nada? 

Eu a encarei, meus olhos deslizando pelo corpo nu de Chloe. Um corpo delicado, com curvas voluptuosas e muito sinceramente, o único motivo para ainda me envolver com ela. 

Chloe não era uma flor de Lis e muito menos uma das melhores companhias que já tive, mas ela fodia bem, e era obediente. Eu não queria espantá-la, tampouco, pretendia entrar no teatro que ela desejava; aquele onde nós dois estávamos em um relacionamento. 

— O que você quer que eu diga? — Perguntei, sem muita emoção impregnada em minha voz, o que nitidamente a incomodou. 

— Como assim o quê? Quero que você diga que me ama! — Ela disse me olhando com nítida descrença, — nós estamos juntos a três anos Tommy! Três anos e você nunca disse que me amava!  

Sim, porque eu não a amava. 

Suspirei. 

— Chloe... 

— Não me venha com Chloé! — Ela disse parecendo brava demais para algo tão bobo quanto isso, — você sempre age desse jeito! Com esse maldito olhar de superioridade! Como se… como se nada do que eu sinto fosse relevante! Quer saber?! Vai embora daqui! — Ela falou se levantando e começando a catar as minhas roupas que estavam jogadas pelo chão. Roupas que ela mesma tinha jogado, na pressa me deixar completamente nu e me arrastar pra sua cama. — Enquanto você não decidir o que quer, eu não quero te ver mais, Thomas Kuhn!  

Ela falou e sem esperar que eu sequer revidasse, jogou as roupas em mim, me expulsando de seu quarto e obviamente, se esquecendo do fato de que ainda frequentávamos a mesma faculdade e consequentemente, iríamos nos ver. 

Considerando que Chloé era uma daquelas herdeiras de família rica, era normal esperar que ela tivesse surtos como esses. Ela sempre esperava que as coisas fossem como ela desejava, mas eu não tinha a menor pretensão de mudar a minha vida, e não ia fazer algo pelo simples fato de Chloé querer, muito menos mentir de forma tão descarada, dizendo que amava uma mulher que não passava de uma boa foda pra mim. 

Não. 

Minha mãe me disse para ser gentil, não um completo mentiroso. 

Então, peguei minhas roupas, as vesti e sem olhar para trás, saí dali. O dia já estava claro e eu sabia que isso queria dizer que tinha uma família me esperando pro café da manhã. Um café que eu não poderia evitar, e para o qual, eu não poderia me atrasar. 

Meus pais não eram exatamente o protótipo perfeito de casal apaixonado, mas ainda assim, meu pai fazia questão de ter todos na mesa durante o café da manhã. O que de acordo com a minha mãe, era um costume alemão, e essa era só uma das grandes diferenças entre eles, mas talvez fosse normal, porque não se pode esperar muito ao se juntar uma donna  italiana, aventureira e cheia de vontade de viver, com um alemão que só pensa em negócios e na honra da família.  

Eles eram como água e vinho, — e para mim, eram o melhor exemplo de que eu estava certo: amor não existia e se existia, não era relevante.

 

— Tommy! Isso são horas? — Minha mãe me chamou atenção, assim que pisei em nossa sala e eu sorri, me aproximando dela e depositando um beijo em sua bochecha. 

— Você está linda hoje, sabia? 

Ela me fuzilou com os olhos. 

— Acha que vai me ganhar com esses elogios? Seu pestinha… — murmurou, — seu pai vai ficar furioso se chegar e não te achar em casa.  

Sibilei. 

— Ele sabe que eu sou um homem solteiro, não sabe?  

Minha mãe suspirou, e enquanto nós dois andávamos até a mesa do café, — que obviamente tinha sido posta na sala com vista para o jardim, como sempre, já preparada e com Pietro a nossa espera.  

— Querido, você sabe que o seu pai não pensa assim, ele espera que esse noivado entre você e Bella McNight aconteça o mais rápido possível, principalmente agora, que ela acabou de fazer dezoito anos, ela disse, - e esse assunto me fazia enrugar a testa de frustração. 

Eu não tinha nada contra o fato de ser o herdeiro dos Kuhn, muito menos sobre toda a responsabilidade que assumi desde os dezesseis anos, mas ser forçado a me casar com a filha do nosso inimigo e ainda menor de idade, pelo simples fato da família precisar estabelecer seu poder na Itália, era ridículo. O casamento dos meus pais, tinha sido uma tentativa óbvia de trazer a família Kuhn e seus negócios para Roma, mas… italianos não respeitavam alemães como respeitavam italianos 

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