Bella McNightPor um momento, tive a impressão de que os olhos de Thomas tinham se tornado mais escuros, mas ele ainda assim, sorriu. — Então você gostaria de mantê-lo? — Ele perguntou, com os lábios arqueados e aquela expressão de que ainda desejava saber mais. Sorri, — se ele queria saber mais, eu poderia falar. — Sinceramente, sim, mas isso não depende apenas de mim. Eu o conheci no ensino médio, — confessei, — foi algo… mágico. Eu queria ter apresentado ele pra família, queria ter… feito muitas coisas, mas como você disse, não é tão fácil, certo? Mas… ele nem faz ideia do nosso casamento, do motivo pelo qual eu fui criada, e eu nem sei como ele vai reagir, — murmurei, — talvez, nem mesmo aceitei a ideia de que eu preciso me casar com um outro homem… e eu nem posso julgá-lo por isso. — Querida, ele seria um idiota se não entendesse você, — ouvi Thomas dizer e de alguma forma, seu tom parecia diferente. — Não é tão simples assim. — Na verdade é, — ele falou, — e nós podemos
Bella McNightDepois do pedido de Thomas, nós tivemos que agir como o que éramos: o motivo daquela festa estar acontecendo, e por uns trinta minutos, ficamos presos entre os convidados e os sorrisos de felicitações pelo noivado, — mas logo depois, todos voltaram ao que realmente queriam fazer: beber e tratar de negócios. Graças a isso, Thomas e eu nos esquivamos dali, e tomando uma das salas daquela mansão, nos sentamos para conversar. Cada detalhe do nosso acordo foi estabelecido, e Thomas até mesmo sugeriu redigir um contrato, caso isso me deixasse um pouco mais segura, — mas se tinha algo que eu tinha aprendido sobre a máfia, era que não se mantinha provas de algo que você não quer que descubram. Então, eu cuidadosamente neguei. Afinal, nosso acordo consistia em manter as aparências, então beijos, contato físico e interações intimas em público, era claramente algo necessário, mas não havia motivos para isso acontecer quando estivéssemos sozinhos. Então, enfim, pude retornar para
Bella McNightEu estava ficando tão cansada disso. Era tão errado mentir para Charles, e eu sinceramente não sabia até quando ia conseguir levar essa mentira, mas no momento, eu só precisava me preocupar com o contrato entre meu pai e Vicente, e também… o meu acordo com Thomas. — Hoje vai ter uma festinha, na minha casa. — Charles fala todo empolgado, me tirando do meu devaneio, e me encarando com expectativa, — você vem, não é? Eu vou ficar triste se a minha namorada não aparecer, — ele falou, e Jenny e eu nos entreolhamos, porque era naqueles momentos que o fato de termos crescido juntas, ajudava muito. Um olhar era suficiente para ela saber que outra vez, eu vou precisar de ajuda. — Claro que sim, meu amor, — eu acabo dizendo, beijando Charles e acariciando seu rosto, — eu nunca te deixaria sozinho. Ele sorriu, parecendo satisfeito com a minha resposta e graças a isso, nós podemos terminar o nosso lanche a tempo de voltarmos para nossas salas. ***Assim que as minhas aulas aca
Thomas KuhnAquele garoto era tão medíocre, que eu me perguntava como ele teve a ousadia de se aproximar da minha noiva, mas aparentemente, pessoas como ele estavam sempre desesperadas para subir de patamar e ele faria de tudo, para estar onde Bella poderia levá-lo. Obviamente aquele infeliz não sabia nada sobre o submundo, sobre a máfia ou sobre a verdadeira identidade de Bella, mas ele sabia do que importava: que a família McNight, era poderosa. Idiota. Ele provavelmente nem gostava da garota, e agora, ela estava preocupada com ele. Estalei a língua no céu da boca e quando Brian terminou de folhear o dossiê que eu tinha preparado com tanto cuidado, ele riu. — Sério, você é maluco, — ele disse com descaso, colocando os pés sobre a mesa de mogno que eu tinha no meu escritório e eu o fuzilei com os olhos. — Eu estou cuidando do que me pertence. Brian sorriu. — Te pertence? Não era você quem estava puto por ter que se casar com uma criança? — Ele perguntou, zombando de mim e da
Bella McNight— Isso mesmo que ouviu, então sim… nós temos algo aqui também, — ele soltou de um jeito despreocupado, um que me deu inveja. — Só porque eu achei que tinha conseguido chegar até a casa de Charles sem… tudo isso. — Suspirei ao jogar os meus fios para trás, os meus olhos indo até o chão enquanto eu me apoiava no balcão da cozinha. — Quem é Charles? — ele perguntou, apenas para fazer aquela expressão de quem tinha descoberto a América, — oh… creio que eu entendi. — Você veio em uma festa sem saber quem era o anfitrião? — Falei com uma das minhas sobrancelhas arqueadas, — céus… — Meu amigo apenas me chamou, não me culpe, — ele deu de ombros, apenas para eu ver Charles caminhando em minha direção. — Bella! Você veio! — Ele me abraçou, mas quando ele foi me beijar, eu tive que dar um jeito de desviar, e apenas dar um breve beijo em sua bochecha como forma de "cumprimento", — e quem é esse? Você conhece? — Ele simplesmente olhou Thomas de cima a baixo ao dizer aquilo,
Bella McNight— Querida, se acalme. — Ele falou junto de um tom aveludado, — não deixe tão óbvio a sua surpresa em ser eu, está bem? Não se esqueça… tem olhos demais por aqui. Revolta tomou conta do meu ser, mas infelizmente… ele estava certo. O que apenas me fez virar e ficar de cara com ele. Ele simplesmente me olhou com aqueles olhos azuis tão profundos como o mar, que consegue hipnotizar qualquer pessoa que se coloque na sua frente. Um sorriso surge, e ele me puxa para si novamente. — O que faz aqui? E se Charles… — Não tem problema. — Ele me interrompe ao sussurrar em meu ouvido. — O seu namorado é fraco para a bebida. — E o que isso tem haver? — questionei indignada, — mesmo bêbado ele pode nos ver! — Ele está dormindo em um dos quartos, eu o ajudei. — Ele pareceu dizer com certo descaso, o que me fez bufar. — Isso não importa, nós estamos mais perto do que deveríamos, — eu comecei a me sentir culpada de certo modo, até porque, eu estava na casa do meu namorado, enqu
Bella McNight Assim que eu despertei por conta do sol que chegou aos meus olhos, o que queria dizer que o dia estava lindo, e que talvez… esse dia que estava se iniciando, não fosse ser tão ruim quanto o anterior, o que me deu até que certo ânimo para começar o meu dia, e a minha rotina. Tomei o meu tempo para me arrumar para o café da manhã, e quando eu desci, vi apenas a minha mãe sentada na mesa. — Bom dia, mãe. — Sorri ao dizer, e a minha mãe por sua vez, sorriu. — Bom dia, princesa. — Ela abriu os braços para eu me aproximar, e quando eu o fiz, ela me deu um beijo na testa. — Cadê o papai? — Pergunto. — E a vovó? — O seu pai foi para a sede, e os seus avós, ainda não voltaram. — Gente, eles ainda não voltaram? — perguntei surpresa, — eles devem estar aproveitando bastante. — Mas assim que é bom. — A minha mãe falou entre risos. — Ah! Antes que eu me esqueça, seu pai pediu para avisar que vamos jantar na casa dos Kuhn essa noite. — Perdão? — Eu disse, para ver se e
Bella McNight Eu senti um calor subir pelo meu corpo naquele momento, e quando uma de suas mãos parecia estar indo em direção ao zíper do meu vestido, eu achei que eu iria entrar em combustão. Pelo menos, até eu finalmente despertar, e sentir a luz do sol chegar até os meus olhos. Foi um sonho. Outro sonho. — Céus… — eu me amaldiçoei, desde aquela m*****a festa, Thomas tem povoado meus pensamentos, e se infiltrado em meus sonhos até nos mais densos pesadelos ele está lá pra me salvar, arrancando minha roupa e tocando meu corpo como nunca fui tocado. Tudo piorou após eu receber uma mensagem desconhecida, logo após entrar em meu quarto: Prendo a luz do abajur, não querendo alertar aos meus pais de que eu estava acordada. O toque quente das mãos de Thomas ainda estava sobre minha pele, e o cheiro cítrico de seu perfume, impregnado nas minhas roupas. Meu celular vibra dentro de minha bolsa, o pego pensando ser uma mensagem de Jenny avisando que chegou em casa. [Desconh