CecíliaEu estava em pânico pelo que poderia acontecer, mas, por sorte, Hector me jogou em um quarto depois daquela conversa e, trancando a porta, ele me abandonou lá dentro antes de sair. Eu não tinha ideia do que fazer ou sequer se teria chance de fazer alguma coisa, mas se o tal Nero Moretti era meu avô, talvez eu tivesse uma chance de estar a sós com ele, de pedir por ajuda e proteger Steffano e o meu bebê. Minha barriga demoraria um pouco para crescer e os Esposito não podiam esperar muito, com medo de os McNight os perseguirem. Então, eu só precisava conversar com o meu avô sozinha e rezar para que esse homem sentisse algum tipo de afeto pela neta que nunca conheceu. Eu não tinha ideia se isso sequer funcionaria, mas eu sabia que se tentasse… Steffano viria até mim. Ele iria me encontrar e tudo ficaria bem. Nosso filho ficaria bem. Abraçada à minha barriga, eu decidi que esse era o único caminho a ser tomado, mas, para minha surpresa, mal tive tempo sozinha antes da porta
CecíliaQuando meus olhos se abriram, havia um teto branco sobre minha cabeça e vozes discutiam ao fundo. Vozes femininas, onde uma delas me era muito familiar. — Ela é a minha filha! Não a sua! — ouvi minha mãe gritar e uma voz de uma mulher um pouco mais velha pareceu ainda mais irritada com isso. — Você me julgava como uma mãe ruim, mas foi pior ainda! Sua garota estúpida! — a ouvi reclamar e um bufar baixo surgiu de um terceiro ser. — Sofia… Angelina, por favor… se acalmem. — O terceiro ser, que tinha uma voz grave, pediu. — Nero, por que você nunca fica do meu lado quando essa ingrata está envolvida? É por você sempre ser mole que essa garota… A mulher mais velha parou no meio da frase e eu grunhi, tentando erguer meu corpo para encarar quem quer que estivesse ali à minha volta. — Cecília! — mamãe gritou, e de assalto me abraçou. — Deus! Filha! Perdão! Perdão! Eu nunca pensei que… que te traria tantos problemas! Cecília… é tudo culpa minha. Ela continuou a dizer, e minha
CecíliaSteffano me pediu desculpas em meio às lágrimas, e Thomas, Bella e Henry se esforçaram para me dizer o quanto estavam arrependidos por esconder a verdade de mim.A verdade, era que tudo começou com Thomas. Ele me encontrou em meio à sua pesquisa para possíveis noivas de Steffano. Ele tinha encontrado minha mãe, a pedido de seu pai, mas foi ao me ver ligada a ela que ele teve aquela ideia brilhante. Ele tentou a sorte, arriscando ao por minha foto entre tantas outras e, no fim, fui eu que Steffano escolheu dentre todas as mulheres ali. Thomas disse que mal conseguiu se conter naquele instante, porque ele sempre soube de tudo, e que Henry, que tinha pressionado o filho para se casar, ficou ainda mais feliz em continuar a pressionar, já que uma aliança com os Moretti era uma coisa magnifica para a família McNight.Eu não entendia como as coisas escalaram tão rápido assim, mas logo que saímos do hospital e nos recuperamos por algumas semanas, Liz me disse que começaria a me g
COPYRIGHT © 2023 POR KARYELLE KUHNTítulo original: Um Contrato inesperado com o Mafioso.Está é uma obra de ficção.Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.Todos os direitos reservados.Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer forma e/ou quaisquer meios existentes sem prévia autorização por escrito da autora.Os direitos morais foram assegurados.A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela lei nº. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.Versão Digital — 2023.AVISO IMPORTANTE:ALERTA DE GATILHOS;Assassinato, tortura, abandono, assédio sexual, traição, uso de drogas lícitas e linguagem imprópria. Se em algum momento você se sentir desconfortável, peço para que pare a leitura e, quem sabe, dê uma chance aos meus outros livros. Sua saúde mental em primeiro lugar. Thomas KuhnOs gemidos da mulher se tornavam ca
Thomas KuhnNão importava que havia um acordo, que o sangue tinha se unido na linhagem da minha mãe, — o que importava para eles, era o fato de estarem recebendo ordens de um estrangeiro, dentro do seu próprio país. Claro: isso queria dizer que eu tinha que unir Kuhn e Rossi em uma única vertente. E por isso, tinha desde cedo sido ensinado que a minha vida era mais importante que qualquer outra coisa. Eu era o futuro da família, era aquele que realmente finalizaria o contrato que foi selado com o casamento entre a minha mãe e o meu pai. Bella McNight era o “ponto final” e eu sabia disso, todos sabiam. Ela era a minha certeza de encerramento. A força que me faltava para conquistar aqueles anciões idiotas que continuavam a se opor aos negócios de Kuhn na Itália. Ela era a genitora perfeita para os herdeiros da nossa família, mas isso não queria dizer que eu desejava me casar com ela? Não! Eu via o casamento dos meus pais e eu sabia muito bem, — que uma mulher italiana, não é fácil
Thomas KuhnAssim que eu desci do meu carro em frente ao bordel onde Brian me esperava, — eu o vi sorrir e me senti ainda mais mal-humorado. Porque como se não bastasse toda aquela merda com o meu velho e o noivado que eles não pareciam dispostos a me contar antes do último segundo: eu tinha que aguentar essa bosta de lugar. — Que cara de enterro, é essa? — Brian me pergunta, puxando sua arma e destravando, — achei que ia ver a Chloé ontem, depois da faculdade. — Nem me lembre da Chloé, — rosnei, puxando minha própria arma do quadril, engatilhando e jogando meu blazer no banco de trás do conversível daquele idiota, — ela e o meu pai, parecem ter se juntado para me deixar de mau humor. — O que rolou dessa vez? — Ele perguntou, abrindo a porta do bordel e apontando a arma pro segurança, que encarou nos dois com os olhos arregalados, — vaza, se quiser continuar vivo, — Brian disse e eu bufei, vendo o homem tatuado correr pra longe. — Eu estou noivo, e a festa? É hoje. — Falei com
Bella KuhnO teto branco de meu quarto, sinaliza o mesmo vuoto em meu peito. Em alguns meses faço dezenove anos e logo depois me caso com um homem que nunca sequer vi em minha vida. Nasci para ser a esposa troféu. É meu papel, meu dever com a nossa família, uma vertente da máfia italiana. Meu pai a muito custo se tornou um dos maiores nomes no submundo. E fora dele, Henry McNight sustenta a imagem impecável. A imagem que eu carrego como legado. E dentre muitas mulheres da máfia posso dizer que tenho sorte, pois depois de muitos anos de tradição, meu pai me possibilitou a escolha de me unir ou não a um homem, sem amá-lo, e uma parte minha, queria aceitar essa escolha. Contudo, apesar de meu pai, ser o capo di Capi e que sua palavra ser lei, eu sabia que tinha que fazer sacrifícios pela minha família. Porque na máfia, não existe outra forma de fazer uma trégua de paz e expandir os negócios, além de usando a união que vem junto com o casamento. E era exatamente isso que teríamos, quan
Bella McNightMeus irmãos gêmeos, Donna e Tefo vinham logo atrás dela. Eles definitivamente não eram idênticos. Mas agiam como uma unidade. Nós tínhamos quase três anos de diferença, e talvez isso tenha influenciado também com que eu os visse como realmente são unidos, mas totalmente diferentes, no físico e personalidade. Stefano sempre teve os traços da minha mãe. nariz fino, mas do tamanho perfeito. Olhos verdes, orelhas pequenas, os lábios carnudos, cabelo loiro escuro. Mas ele sempre foi genioso como nosso pai. Donna por outro lado, tem olhos verdes, assim como os meus, cabelo longo e loiro claro. O nariz fino igual ao da nossa mãe, e como eu, ela tem algumas sardas de leve no rosto. Essas diferenças tornava os gêmeos tão únicos e também, era o que me fazia amá-los, — porque eu amava todos na minha família e por isso também, pensei que poderia negociar meu casamento com o meu pai, mas obviamente me enganei, eu teria que ir além. Teria que conseguir que Vicente me ouvisse e aí, —