PROMESSA VERMELHA.Capítulo 14. Uma negativa inesperadaAinara colocou um doce na boca e ficou olhando para o teto, pensando em tudo o que tinha acontecido enquanto saboreava aquela pequena bola de açúcar, morangos e chocolate. Mauro era um idiota arrogante que tinha partido seu coração quando ela era apenas uma menina, mas naquele momento ela estava mais preocupada com os outros idiotas arrogantes que o tinham provocado.Aquilo que Charmaine tinha dito que ela era uma prostituta não a surpreendia, afinal a patricinha do seu grupinho de amizades sempre tinha babado por ele e era bem óbvio que não suportava que Mauro tinha preferido ela.No entanto, que Lugh e Cassiel estivessem metidos naquela intriga era muito curioso, considerando que poucos meses antes do assunto do acidente, Lugh tinha se tornado seu...Uma batida suave na porta anunciando o serviço de quarto a fez se espreguiçar, tinha um dia lento pela frente, e isso a incomodava porque Ainara estava acostumada a trabalhar s
PROMESSA VERMELHA.Capítulo 15. Me diz que você não fez issoAinara sabia muito bem como se comunicar com o Senador Rosso sem que ninguém soubesse, tinha feito isso durante anos; no entanto desde que tinha começado a trabalhar como parte de sua equipe de campanha, tinha toda a autoridade para ligar diretamente para seu celular sem nenhum problema.—Senador —foi sua primeira palavra no momento em que o homem atendeu seu telefone, e do outro lado se fez um silêncio cheio de surpresa.—Ainara?!—Sim, sou eu. Estou em Berna agora mesmo, por favor preciso te ver —sentenciou a moça e a resposta foi exatamente a que esperava ouvir.—Não estou em Berna agora mesmo, mas me dá algumas horas e te vejo no escritório da campanha. Pode ser?—Tudo bem, espero você lá —declarou Ainara e não se importou em usar o motorista que Mauro tinha posto para ela porque estava certa de que ele daria o endereço sem hesitar.Em vez disso saiu à rua e pegou um táxi que a deixou a vários quarteirões do escri
PROMESSA VERMELHA.Capítulo 16. Você é minhaMauro parecia prestes a soltar fogo pelos olhos, tinha Ainara na sua frente com aquela atitude desafiadora e aqueles papéis na mão, como se estivesse provando que era uma mulher capaz de conseguir tudo o que queria.—Você me desobedeceu!—Eu não existo para te obedecer! —sibilou ela.—Temos um contrato!—Onde você exige prazer! Prazer, menino bonito, não obediência! —sentenciou Ainara—. E tudo indica que você precisa mais de mim do que eu preciso de você.Colocou na frente dele aquele papel que tinha conseguido do funcionário e Mauro leu o nome de uma mulher.—Você a conhece?—Não, não a conheço —murmurou ele franzindo a testa—. Quem é?—A que pagou para que te negassem a licitação. E por sinal, foi Rosso quem conseguiu ela para você, então se arme de educação e agradeça a ele!Ainara ergueu o queixo para passar ao seu lado, mas aquele gesto brusco a agarrou pelo braço e a colou ao corpo de Mauro com violência. O hospital ou quem
PROMESSA VERMELHA.Capítulo 17. Algo vermelhoEra um doloroso exercício de memória, mas Ainara não hesitou em fazê-lo porque sabia que não era a primeira vez que Mauro mencionava um site de prostitutas e o nome de Red.Tinha seu corpo colado ao dele, tentando escalar a respiração entrecortada daquele clímax enquanto ele apoiava a testa na parede com um cansaço tão cheio de prazer quanto de frustração.—Quanto cobrava? —perguntou devagar e ele se inclinou para trás para olhá-la nos olhos.—O quê?—Esse site de prostitutas onde você diz que eu aparecia... e me chamava Red... quanto cobrava? —insistiu Ainara e o ar voltou a correr entre eles enquanto Mauro recuava e a deixava apoiar os pés no chão novamente.Ainara o viu apertar os dentes com irritação enquanto lhe dava as costas e não se preocupou em se vestir porque nua estava mais que confortável diante dele.—Você está me sacaneando, não é? —sibilou Mauro entre os dentes e ela negou.—Não. Na verdade, não acho que você esteja
JANEIROSEATTLE— Como você foi capaz de fazer isso?! — O rugido furioso de Zack Keller deteve sua namorada na porta de casa assim que a viu chegar.Giselle viu um papel em sua mão e nem sabia do que ele estava falando, mas nunca o tinha visto tão alterado como naquele momento.— Não sei do que você está falando...— Claro que sabe! Você abortou meu filho! Você o perdeu de propósito! — ele a acusou com raiva. — Você ao menos tinha a maldita intenção de me contar alguma coisa?!A mulher à sua frente ficou pálida.— Como... como você sabe...?Zack jogou aquele papel na direção dela e a olhou com decepção.— Você esquece que está no plano de saúde da minha empresa? — ele cuspiu, aproximando-se dela. — Assim que seu sobrenome apareceu nos registros de pagamento, me avisaram. Imagine minha alegria quando soube que o seguro tinha pago por um teste de gravidez e depois por uma ultrassonografia!Giselle se afastou dele com o rosto vermelho de vergonha, mas Zack não era do tipo que da
NOVEMBROVANCOUVER— Andrea! Na minha sala! Agora!O grito de seu chefe, um gerente médio na empresa SportUnike, a fez pular na cadeira, angustiada, porque sabia que ele estava de muito mau-humor naquele dia.— Isso é uma maldita piada? — rosnou, jogando uma pasta de documentos em seu rosto. — Eu disse claramente que precisava dos relatórios de orçamento da divisão de esportes aquáticos do mês passado!Andrea arregalou os olhos.— Mas... senhor Trembley... tenho certeza de que o senhor me disse que queria os deste mês...— Não discuta comigo, sua inútil! — vociferou o chefe. Aos cinquenta anos, Peter Trembley era tão desagradável quanto sua barriga inchada, mas Andrea tinha que suportá-lo porque mal tinha conseguido um emprego como sua assistente e disso dependiam ela e sua filha para viver. — Você não percebe o que está acontecendo? A SportUnike desapareceu! Um suíço filho da mãe a comprou e agora seremos apenas uma filial da empresa dele! Sabe o que isso significa?Andrea sab
Mas se Zack achava que algo naquela empresa estava errado, seu instinto disparou quando desceu ao estacionamento e viu Andrea encostada em uma das paredes. Ela tentava trocar os sapatos de salto por tênis baixos, mas suas mãos tremiam.Ele ficou tentado a ir falar com ela, mas algo nele ainda resistia a se envolver nos problemas alheios. Tinha uma nova empresa para dirigir, e se queria que Andrea se sentisse melhor, só precisava consertar sua empresa, não a vida pessoal dela.Por fim, viu ela ajustar o casaco e sair para o frio da rua.Observou-a de longe e percebeu que ela não pegava um táxi nem um ônibus, então provavelmente morava perto. Mas Zack não fazia ideia de quão errado estava, porque Andrea não morava nem remotamente perto; simplesmente não podia se dar ao luxo de pagar nenhum tipo de transporte.Durante quarenta minutos, a moça caminhou no frio de um inverno canadense, e quando finalmente chegou ao seu prédio, já estava quase escurecendo.— Boa tarde, senhora Wilson —
O rosto de Trembley ficou visivelmente vermelho e a dureza em seus olhos permaneceu.— Esperando Andrea? — rosnou. — Você está brincando ou acabou de chegar e não sabe que relacionamentos interpessoais são proibidos nesta empresa?— Bom, sou de aprendizado lento, mas tendo a imitar — replicou Zack com sarcasmo. — Talvez eu tenha me confundido quando vi o senhor se agarrando a ela como uma iguana com falta de sol.O velho cerrou os dentes e soltou Andrea bruscamente antes de caminhar até ele.— Não se meta no meu caminho, moleque. Você é só um recém-chegado e eu posso...— O quê? Me demitir? — interrompeu Zack com voz gélida. — Bem... pode tentar, mas verá que meu trabalho aqui não depende do senhor. Faço parte da equipe dos sonhos desta companhia e só ele pode me demitir. Tenho certeza de que não veria com bons olhos o gerente de plantão tentando me demitir sem justa causa.Trembley cerrou os punhos e o encarou com uma expressão maldosa e desafiadora.— Talvez seu emprego esteja