Não precisavam oferecer-lhe duas vezes. Jhon estava mais do que entusiasmado para retornar ao ringue com sua rainha, a empurrou para o quarto e antes dela abrir os olhos de novo, ele já estava mais nu que quando veio ao mundo.—Tenho que reconhecer. ¡Você é muito bonito! ¡Demasiado bonito! —ela riu enquanto toda a sua alegria se perdia em um tornado de excitação.A boca de Jhon desceu por sua garganta até encontrar o calor de seu peito, onde beijou e mordiscou cada um até que a ouviu gemer de necessidade. À medida que os minutos passavam, ela apenas conseguiia ronronar de satisfação enquanto ele explorava seu corpo com os lábios e as mãos exploravam cada um de seus cantos.Chiara ficou imóvel quando o sentiu descer por sua barriga até chegar na curvatura de suas coxas, sua pele ficou em péla com o seu toque e quando chegou em seu sexo, ela já estava tão excitada que quase desmaiou. Seus lábios eram como um fogo que a consumia por dentro, enviando um calor deliciosamente excitante por t
OITO MESES DEPOIS.Passaram rápido demais. Um dia Dandara só dormia e num piscar de olhos era um diminuto trator que engatinhava pelos tapetes e sujava toda sua cadeira de comer porque já queria fazer tudo sozinha.Chiara e John tinham ficado morando em Paris, mas já era uma tradição familiar que todos se reunissem em Lucerna nos fins de semana, então a convivência familiar era prioridade para todos.—Já arrumou as malas, amor? —gritou da cozinha e Chiara saiu do quarto com uma pequena maleta.—A minha já está na entrada, esta é a da Dandara... Cadê a pequena?John apertou os lábios e suspirou.—Acho que vamos saber quando ela chorar.—John!—Ela está na sala brincando, bem comportadinha no cercadinho —riu ele puxando sua mão para abraçá-la—. Você cai nessa toda vez, sabe que eu nunca deixaria ela solta nem louco, qualquer outro bebê poderia se apaixonar por ela e raptá-la.Chiara lhe deu um beijo suave e juntos terminaram de arrumar tudo para a viagem.Os Keller se reuniam em Lucerna
SinopseMilo era o mais jovem dos homens Keller. Desinibido, charmoso e risonho, com ele tudo estava sempre bem... até que sua irmã e sua sobrinha são vítimas do tráfico de bebês. A partir daí sua vida dissipada se transforma em uma missão para reunir famílias despedaçadas; por sorte ele tem uma lista e faz parte de uma equipe capaz de realizar uma investigação tão perigosa.No entanto, o que acontecerá quando em uma das operações ele encontrar um pequeno que não está nessa lista?Poderá Milo deixá-lo no sistema de adoção ou será capaz de deixar tudo, inclusive sua sede de justiça, para salvar um ao invés de todos?A única coisa que ele tem certeza é isto: essa criança tem uma mãe, e ele deve encontrá-la.PREFÁCIO.—Não digo que sinto muito porque não sinto —murmurou Milo com um suspiro enquanto olhava pela janela da van, que avançava em alta velocidade—. Dandara tem sorte de ter você como pai e minha irmãzinha como mãe, mas há crianças lá fora que não têm essa sorte.Milo respirou fu
Aquela cama voou como se fosse de brinquedo, porque embora parecesse terno e doce, Milo Keller era tão gigante quanto seus irmãos. Apressou-se para chegar ao lado do menino, sentindo o coração disparado dentro do peito e o levantou nos braços para poder examiná-lo.—Dooooutor! Joooohn!O menino estava sufocando, seus pequenos braços e pernas tentando caíam inertes ao seu lado enquanto tentava inutilmente tomar ar. Um segundo depois o doutor Martínez corria em sua direção e se ajoelhava para examinar o pequeno.—Speedy, a maleta médica, corre! —ordenou e só se ouviram os passos correndo escada abaixo.—Ele não consegue respirar! —disse Milo, com a voz deformada pela angústia—. Não consegue respirar...Mas antes que tentasse algo desesperado como uma respiração boca a boca, o médico o deteve com um gesto severo.—Se acalme, desespero nestes casos não ajuda —disse enquanto avaliava cada reação do menino—. Vem, me ajuda a sentá-lo.Poucos segundos depois Speedy colocou a maleta médica ao s
—Procurem na casa —pediu Milo aproximando-se do alto-falante do celular—. Qualquer coisa que tenha a ver com ele, qualquer coisa servirá.Billy respondeu que começaria a trabalhar imediatamente e enquanto isso eles esperaram impacientes até que o médico voltou a sair, uma hora depois.—Já está estável —disse-lhes e do peito de Milo escapou um suspiro de alívio—. Ele é alérgico, grave, e parece que sua asma pode aparecer só com alguns poucos grãos de poeira. Vai precisar de muito cuidado daqui para frente. Querem entrar para vê-lo?Milo assentiu e o médico os guiou até um quarto particular onde o pequeno estava deitado e dormindo.Enquanto Milo se aproximava da cama, já com mais tranquilidade, pôde notar que era um pequeno com cabelo cor de mel e um narizinho arrebitado. Suas bochechas estavam rosadas pelo calor do ambiente e seus lábios finos estavam ligeiramente entreabertos sob a máscara de oxigênio. Mesmo dormindo parecia cansado e triste, como se tivesse passado por muita coisa.—F
Vinte e quatro horas haviam se passado desde que tinham chegado ao hospital. A equipe já tinha cuidado de tudo, e Speedy havia tomado um avião particular de volta à Suíça para entregar o bebê que tinham ido resgatar à sua mãe. O resto dos rapazes continuava com ele em Praga, esperando do lado de fora daquele hospital, já devidamente vestidos como civis para não chamar atenção.Milo não tinha saído daquele quarto mais que para trocar de roupa; primeiro porque não queria deixar o bebê sozinho, e segundo porque o bebê não queria que ele fosse embora. Ninguém podia explicar, talvez fosse apenas o fato de que tinha sido o homem que o tinha tirado de debaixo daquela cama quando estava sufocando, o certo era que havia um vínculo especial entre a criança e ele.Então quando Jhon entrou para trazer as boas notícias, encontrou-os numa posição que já era quase habitual: Milo meio encolhido na cadeira de balanço tamanho único que não era obviamente para homens do seu tamanho, e o menino todo espar
DOIS MESES DEPOIS—Anja! —o grito do capitão do restaurante retumbou em seu cérebro como uma corneta.Abbot tinha o tom mais estridente e desagradável do planeta Terra e o pior era que gostava de usá-lo, principalmente com ela.Anja limpou os olhos vermelhos pelas lágrimas e saiu do refrigerador da cozinha. Aquele homem gostava de repreendê-la na frente de todos, fossem funcionários ou clientes, chamando-a de inútil e gritando que ela não gostava de trabalhar.Isso era verdade em parte. Não era uma inútil, mas não queria trabalhar, só queria se enrolar em sua cama e morrer de fome e de tristeza, tranquilamente, como qualquer pessoa em luto. Mas infelizmente ainda existia um mínimo de sobrevivência nela, para sobreviver devia comer e, bem... para comer tinha que trabalhar.Vocês dirão: E por que não procurava outro trabalho? Pois porque depois de três anos na prisão quase ninguém estava disposto a lhe dar trabalho. As pessoas fugiam dela como da peste e os que não, se achavam no direito
—Então um corte vermelho... —anotava Anja em seu bloco—. Ao ponto... bem ao ponto... ok, entendo, bem mal passado... sim senhor... sim... —caminhou até a cozinha para deixar o pedido e Sonia a encontrou na volta.—Aquele cara disse que é para você atendê-lo —resmungou e Anja olhou em sua direção."Aquele cara", pensou. Algo sério ele devia ter feito para Sonia para já não ser mais "o gato" e sim "aquele cara".—Boa noite. Me disseram que solicitou uma troca de garçonete. O que vai querer?O homem a olhou, mas ela tinha os olhos fixos no bloco.—Pode me recomendar algo? —perguntou ele com voz suave e ela o olhou nos olhos.—Que vá a um restaurante melhor, estou brava com o capitão do salão e acho que babei em todas as carnes —respondeu Anja e ele caiu na risada, um sorriso limpo e luminoso que fez a moça estremecer.—Então que tal uma sobremesa? Nessas você babou também?—Não, nessas não —murmurou ela.—Bem, seria tão gentil de me trazer a menos ruim? —pediu e ela anotou algo no bloco.