—Quando são assim pequenininhos, os acalma o calor, o cheiro conhecido e o som do seu coração batendo —murmurou acariciando o bebê. Inclinou-se para dar um beijo na cabecinha e Levi parou de respirar quando seus lábios roçaram sem querer a pele de seu peito.Peter dormiu logo e ela colocou seu casaco dirigindo-se à porta.—A paternidade combina com você, senhor Chefe —sorriu com uma piscadela—. Você parece muito... apetitoso.Levi quase se engasgou com sua própria língua enquanto ela saía rindo, e um segundo depois aceitava: gostava daquela mulher. Muito.No entanto isso não mudava o fato de que estavam em extremos opostos do tabuleiro. Ela era a rainha, e ele era só mais um dos peões no jogo.Respirou fundo, sabendo que possivelmente não voltaria a vê-la, mas isso não evitou que essa noite, enquanto colocava a máquina de lavar com os lençóis sujos, voltasse a pensar nela.E não deixou de fazê-lo. Maldição, não deixava de fazê-lo! Sua risada retumbava em seus ouvidos e seu corpo era a
Levi ficou vermelho até a raiz do cabelo ao ouvi-la dizer isso, e não tinha precisamente algo a ver com a moralidade, mas sim com aquele instante de imaginação que o fez pensar nos gemidos de Noémi Keller enquanto se tocava."Vai me matar!"—Está entediada e não tem nada mais para fazer? É isso? —sussurrou tentando afastá-la.—Bem, para ser franca vim com toda a intenção de ajudar no lugar da Danna. Agora, no entanto, pouco me importa se precisa de ajuda ou não, me contentarei em ficar para te irritar. Então pode ir se incomodar e fazer sua cara feia por lá, que eu estarei por aqui bem feliz... existindo.Levi mordeu o lábio inferior diante do desafio, mas a realidade era que não podia expulsar da loja a irmã do dono se quisesse conservar o trabalho. Deu-lhe as costas e foi continuar com o que estava fazendo.—Ah! Não precisa colocar a camiseta de novo —provocou ela com um sorriso—. Gosto da vista.Levi abriu a boca para protestar mas Noemi já tinha começado a caminhar em direção a uma
Danna olhou para ela sem acreditar naquilo nem por um segundo. Não tinha ideia de que apesar de ter a família mais amorosa, Noémi carregava um segredo que só ela conhecia, um segredo tão difícil que nem mesmo à sua própria gêmea havia contado.—E então? O que você vai fazer? —perguntou.—O que sempre faço, vou ficar elegante, vou ao melhor bar da cidade e vou tomar todos os Martinis que quiser sem pagar nenhum.—Porque o bar é seu.—Pois é por isso! —riu sua cunhada—. Já sei que é um mau investimento mas eu também tenho caprichos —disse Noémi e piscando saiu em direção ao seu quarto.Danna suspirou com condescendência. Sentia que no fundo Noémi estava muito sozinha, embora estivesse rodeada de gente. Então pegou o telefone e discou um número.—Oi, chefe. Só queria saber como foi o dia. Não sentiu minha falta? —perguntou com inocência."Claro que sim. Já está melhor?" perguntou ele por sua vez.—Sim, muito melhor... na verdade queria te passar um convite. Os meninos Keller vão sair hoje
Ia relaxar. Aquele era seu bar e sim, era uma compra caprichosa, mas desde o barman até o segurança a conheciam e ali estava segura. Se quisesse expulsar todos os clientes e ficar sozinha podia fazer isso, então para uma pessoa que carregava todo o estresse que ela carregava como CEO do maior banco da Suíça, aquele era seu pedacinho de céu.É claro que sempre tinha homens rondando ao redor, mas tanto Don quanto Miki, os barmans, se encarregavam de espantar os inconvenientes.—Outro Martini para a senhorita, por favor —disse uma voz rouca no final do balcão e Noémi arqueou uma sobrancelha.—Não me sirva nada, Miki, já disse que não quero beber com ele —replicou Noémi. O homem era atraente e insistente, mas não era seu tipo.—É o terceiro que você recusa esta noite —disse o rapaz com um sorriso—. Muito estressada ou muito exigente?—Muito estúpida —suspirou Noémi—. O gato que eu quero não está disponível, e não quero me contentar com menos.—Ufa! Que estranho! Você não é do tipo que espe
Levi apertou os lábios numa expressão de impotência. Nem sabia por que estava tão irritado, ele jamais tinha sido um homem mal-educado e muito menos grosseiro, mas aquela mulher tinha algo que o tirava do sério. No entanto não pôde se desculpar como deveria, porque ela entrou no carro e pisou no acelerador sem lhe dar tempo para nada.Levi olhou para o cara que se contorcia no chão, nem valia a pena dar um chutezinho de advertência, com o que Noémi tinha feito ele estaria se urinando nos próximos três dias sem poder evitar.Naquela noite não dormiu, e fique claro que foi por causa do bebê, não por ela! Ou pelo menos era isso que dizia para se consolar, mas a verdade é que estava pensando nela muito frequentemente.E Noémi também pensava nele, mas quando Danna perguntou no dia seguinte de manhã, apenas suspirou com cansaço.—Seu joguinho não saiu nada bem, cunhada —murmurou enquanto caminhavam para o teleférico—. E por sinal seu chefe é um ogro, que bom que não é marido de ninguém.Dann
Em silêncio começou a levar o que precisava até o lago, até que aquele horizonte branco foi interrompido pela figura furiosa que caminhava em sua direção. Ela tirou os óculos com um gesto de incredulidade e ele fez o mesmo.—Você ficou louca? Que diabos está fazendo aqui? É perigoso estar fora das pistas sinalizadas! —brigou.Levi parecia agitado e nervoso, e Noémi franziu a testa antes de começar a andar para longe dele.—Ai meu Deus! Este é o lugar menos perigoso da Terra! Venho aqui desde criança, e quase sempre sozinha. Até tenho meu próprio espaço! Então pare de gritar e vá embora.—Como é?—Vá embora! —disparou ela levantando o queixo—. Sua contradição não é sexy, boneco. Você vive dizendo que não quer me ver, então que diabos está fazendo aqui?—Pensei que você estava em perigo!—Você pensa demais, não é? Ainda não percebeu que isso não te faz bem? —resmungou ela—. Vá embora, você não tem nada para fazer aqui...Noémi estava prestes a se virar quando ele a pegou pelo braço e pux
Sua boca desceu com ferocidade até colidir com a de Noémi, que se abriu para ele com um gemido. As línguas se encontraram, ele a pegou pela cintura e ela o envolveu com os braços para se aproximar mais, se isso era possível.O beijo foi profundo, intenso; os lábios de Levi eram tentadores e exigentes. Explorava cada centímetro de sua boca e suas mãos percorriam o corpo de Noémi como se perdesse a razão, enquanto ela lhe devolvia o beijo com a mesma intensidade. Era como se a pele começasse a arder, a roupa sobrasse e não pudessem se desgrudar um do outro, correndo o risco de se queimar.— Meu Deus, vou explodir! — ofegou ela.Levi puxou seus cabelos para incliná-la um pouco mais para trás e assim poder acessar melhor sua garganta para devorá-la. As pernas tremiam e o coração batia muito forte enquanto ela se derretia em seus braços. Sabia a rosas e a algo doce e quente que não podia descrever.Voltou à sua boca para mordiscar seu lábio inferior com desespero e Noémi gemeu enquanto aque
— Vou gozar — ele a advertiu enquanto se empurrava em sua boca com força e Noémi respirava fundo para suportar.Só segundos, segundos de prazer, loucura e investidas poderosas até que ele sentiu tensão e se esvaziar desde sua boca até sua garganta com um grunhido de libertação.— Engula — foi tudo o que disse e Noémi obedeceu.Talvez isso fosse o mais emocionante de tudo, saber que ela, que não obedecia a ninguém, o escutava a ele. Ele a viu limpando a comissura dos lábios com o polegar e levando-o também à boca para chupá-lo, e se ajoelhou diante dela.— Você está louca — murmurou e ela deu de ombros.— Obrigada.— Isso foi incrível.— E rápido... muito rápido... — o provocou Noémi empurrando-o para que se sentasse e rastejando sobre ele.Levi a olhou com aquela expressão de desejo animal. Suas mãos quentes a recorreram, fazendo-a fechar os olhos para desfrutar melhor, e lhe tirou o sutiã enquanto sua boca descia desde sua garganta até se deliciar com seus seios. Ele os acariciou com