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A música já estava tocando no volume máximo, no andar inferior, mas eu estava alta demais pra conseguir identificá-la. Respirei fundo, tirando aquele sorriso estúpido de meu rosto, por mais que eu não quisesse, eu tinha de sair daquele quarto, eu tinha de ir a festa, afinal, ela era pra mim.

Dezenove anos.

Ok, grande coisa.

Guardei a seringa no pequeno compartimento de metal e vesti minha camiseta para esconder as marcas no braço de minhas próprias aplicações de heroína. Com esforço, me coloquei de pé, caminhando vacilante até o banheiro do quarto de Noel, observei meu reflexo no espelho.

Meus cabelos eram tão negros quanto os do meu pai, eu tinha herdado muito dele, os olhos também, agora profundos, com olheiras arroxeadas, pele pálida e uma expressão, vazi

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