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E era assim que demonstrávamos nosso amor um pelo outro. Não com palavras.

Eu não saberia o que dizer.

– Tudo bem, você tem razão, eu vou parar, mas eu preciso agora, porque eu tenho algo pra fazer e não vou poder fazer se eu estiver em uma crise de abstinência. - Ele bufou, mas não disse mais nada, apenas abriu o compartimento de seu porta-luvas. E lá estava, um pequeno compartimento de metal. Abri.

E lá havia heroína e uma seringa.

– Você deixa no carro? - Perguntei. Era pura estupidez.

– Não idiota, esse é o seu kit, estava em cima da minha cama e eu achei que você iria precisar. - Olhei Noel por um segundo, ele ainda não olhava pra mim, seus dedos apertavam o volante com força.

Deixar em seu carro, algo que pode te colocar na cadeia, só pro meu bem, sabe, no meu mundo, esse tipo de coisa, era uma pro

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