Parte 4...Lá atrás ela ouvia os sons do filme, as conversas nervosas e os gritos dos personagens. Foi estranho, mas isso aumentou seu tesão. Realmente ficar sem transar por muito tempo afetava seu cérebro.Rebolou em cima dele e enfiou as mãos em seu cabelo puxando sua cabeça para trás e lambendo seu pescoço. Júlio gemeu e ela o sentiu ficar mais duro.— Caramba Nat... - apertou os olhos.— Toda vez que você começar e atrapalhar algo que eu goste de fazer, vou te marcar para que aprenda.— Porra... - aquilo aumentou seu tesão.E ela o marcou mesmo. Não queria deixar á vista de ninguém por causa do trabalho dele, então passou a mão por suas costas até abaixo do meio e raspou a unha em sua coluna e ele sibilou.— Ai... Vai tirar sangue sua louca.— Vai nada - repetiu — Isso é por ter atrapalhado meu filme. Aprenda logo.— Caramba, você disse que era bobo.— É, mas eu gosto de ver.— Sua peste.Ele riu e quis dar o troco pelo arranhão. Levantou carregando-a e foi para a lateral do sofá,
Parte 1...Júlio acordou logo cedo com a luz do sol matutino em cima dele. A cortina havia ficado aberta.Se espreguiçou de leve e sentiu o braço pesado. Virou o rosto e viu Natália deitada por cima dele. A cabeça em seu ombro, a mão em seu peito e a perna esparramada por cima das suas.Ele sorriu. Não pensava que teria uma noite como essa. Aliás, nunca pensara nela dessa forma. A achava uma garota bonita, é claro, mas era amiga de sua família, vivia grudada com sua prima. E era mais nova do que ele, o que não o interessava antes. Agora sim.Foi engraçado perceber antes de pegar no sono pesado que estava se sentindo muito bem ao lado dela, mais do que com outras garotas com quem se envolvera.Natália era solta, não estava fingindo ser outra pessoa para atrair sua atenção. Coçou a testa. Era até engraçado como ela o xingava. Teria que cumprir a promessa e lhe comprar novas bonecas para pagar as que ele destruíra. Passou o braço por baixo da cabeça e ficou olhando para cima pensando.
Parte 2...— E tem que ser mesmo? - mexeu o ombro — Eu não quero um compromisso sério, nada do tipo, mas a gente se deu tão bem... Sei lá...— Nem eu quero - apertou seu braço.— Então não vamos resolver nada por agora. Vamos deixar que as coisas aconteçam assim como foi aqui. Sem pressão.— Ok. Agora vai tomar banho. Quero comer.Ele se levantou ainda sério e foi ao banheiro. Natália ficou deitada pensando se estava mesmo fazendo o certo em se envolver e deixar que ele se envolvesse.** ** ** ** ** ** **Dessa vez a reunião foi mais rápida, apenas para trocar ideias e finalizar o que o cliente queria. Ele deu orientação de como agir, pegou a papelada que seria necessária ao processo e marcou datas para uma próxima reunião antes de finalizar tudo.Ela estava séria o tempo todo, ligada na conversa anotando tudo, fazendo a ata e separando os papéis que lhe pedia, atenta ao assunto. Ele ainda pensou umas duas vezes que ela estava séria demais, mas atribuiu isso ao trabalho. De repente f
Parte 1...Quando chegou em casa Natália se enfiou logo no quarto, assim não teria que dar o roteiro de tudo na viagem para a tia. Célia ira enchê-la com perguntas, já sabia.E ela não poderia dar detalhes ainda. Nem mesmo ela sabia que diabos tinha acontecido nessa viagem curta. Ainda estava besta com o que fizera.Fazia tempo que não ficava com ninguém e com Júlio tinha se empolgado, até demais.Esfregou a testa olhando para cima, deitada esparramada na cama. Que loucura tinha se metido. E isso de ter um filho? Que ideia mais louca. Assim do nada? Não deveria ter aceitado a ideia dele. Tinha que ter ido a uma farmácia e comprado a pílula do dia seguinte. Sentou pensando.“E se eu for agora? De repente ainda dá”.Ela não queria, mas tinha que admitir que havia gostado e muito de ter ficado com Júlio. De sua conversa, das risadas e claro, do sexo. E que sexo. Júlio era quase um tarado, se for comparar com outros namorados que tivera antes dele. Mas não reclamava, achou foi muito bom
Parte 2...— Vai mesmo comigo à confeitaria?— Eu disse que iria. Vamos.Ela saiu na frente e ele a seguiu com o carro. O bairro era bom, haviam muitos outros pontos comerciais e logo ele viu o luminoso em cima da fachada. Parou no estacionamento em frente, do outro lado da rua. Ela já estava na calçada o esperando.— Uau... Dona de seu próprio negócio.— E achou que eu não seria capaz?— Nunca duvidei que uma peste como você seria só mais uma. Sei que tem talentos.— Ainda bem - apontou rindo — Entra.Natália entrou e apresentou Júlio aos funcionários que estavam no balcão e o chamou lá para dentro onde ainda havia uma pequena produção.— Aqui que acontece a mágica. Já estamos quase fechando, então diminuímos a produção. Só mesmo o que precisa ficar descansando para o dia seguinte.— Meu Deus, o cheiro aqui é demais - puxou o ar.— Bom mesmo né? - sorriu — Eu adoro ficar aqui com a mão na massa.— De onde veio essa ideia?— De abrir meu negócio? - largou a bolsa na mesinha de canto e
Parte 3...— Quero que prove esses - retirou os pães recheados e colocou dois em um pratinho passando para ele — Me diz o que acha.Júlio cheirou os pães e só o cheiro já o fez ficar com água na boca. Mordeu devagar porque ainda estava quente e puxou fazendo um fio de chocolate.— Humm.... - fechou os olhos — Meu Deus...— Viu? - se balançou — Sei cozinhar de verdade.— Nossa - lambeu o dedo — Se eu comer isso todo dia vou ficar enorme.— É só fazer como eu, vai na academia. Não deixo de comer nada porque vou ficar gorda. É só gastar mais do que come e pronto.— Vai fazer essas delícias pra mim?— Pra você? - fez uma cara engraçada.— É... A gente vai ficar junto né...Quero dizer...— Ah tá - abanou a mão — Entendi. Faço sim.Ele ficou meio sem jeito. Não era bem o que queria dizer. Mas na hora saiu pela metade e ela não o deixou continuar.Ficaram comendo lado a lado. Depois ele a ajudou a limpar tudo e foram para o apartamento dele.— Pensei que morasse em uma casa.— E morava, mas
Parte 4...— Ela sabia que eu estava com você.— Como? - ele riu.— Sei lá - torceu a boca — Minha tia é meio bruxa. Várias vezes me pegou em flagrante quando eu ia sair de casa escondida.— Você era uma diaba Natália, não ficava quieta. Me lembro de suas fugas.— Parei depois de um tempo. Ficaram caras.— Como assim?— Minha tia começou a cobrar por cada uma. Toda vez que ela me pegava, eu tinha que fazer algum serviço em troca como castigo - fez careta — Depois de um tempo eu desisti - ela gargalhou — Dona Célia é fogo.— E você também - alisou sua perna.— Júlio, você gostava de me encher de propósito ou era só por acaso?— No começo foi por acaso. Tipo aquela vez em que sem querer eu pisei na cabeça da sua boneca que estava na entrada - riu e a apertou — Depois foi de propósito mesmo. Me divertia.— Isso é bullying sabia?— Não era não. Nunca te machuquei.— Mas em enchia o saco.— Ah, isso é normal. Não seja fresca.— Ei - virou-se — Não sou fresca.— Sei...— E você vai me pagar
Parte 1...Natália olhou feio para Júlio que andava impaciente.— Quer fazer o favor de sentar? - o puxou.— Que demora. Ela não falou que era rápido?— E é rápido Júlio - o beliscou — Quer parar?— Estou nervoso.— Eu também - falou baixinho.Eles estavam há pouco mais de vinte minutos aguardando a assistente os chamar para a sala. Natália tinha feito uma consulta rápida com um médico de plantão e ele tirara seu sangue para o exame.Ela estava tão nervosa quanto ele, mas Júlio parecia querer chamar atenção apenas para ele. Como se ele fosse o único com algo no coração.Ela estava angustiada pela espera. Se estivesse mesmo grávida, que é o que pensava estar, em breve, ou quase em breve, seria mãe. Algo muito sério.Pelo amor de Deus, ela não tinha a menor ideia do que era ser uma mãe. Mal cuidava das coisas dela, vivia correndo de um lado para outro, como seria com uma criança envolvida?“Vou ficar louca de vez”.E ela agora ainda tinha outra coisa. A tia. Como contar isso para Célia?