7. APAIXONADOS

Klaus

Amanda propõe que vamos até a sua casa para que elas troquem de roupa e, no curto caminho, tenho o prazer de ter a companhia de Anne, que vai no meu carro. No início, ficamos em silêncio e a cada sinal fechado aproveito para olhar para ela, até que Anne quebra o silêncio, perguntando sobre meu trabalho voluntário. Fico à vontade, pois falar da minha profissão sempre foi muito prazeroso para mim. Adam e eu ficamos esperando as meninas na sala enquanto elas se arrumam.

— E aí, cara. Como foi com a Anne?

— Nós conversamos um pouco sobre trabalho voluntário. E você, como foi com a Amanda?

— Perguntei a ela as coisas que ela gosta de fazer e foi basicamente sobre isso que conversamos.

— Cara, a Amanda está na sua, percebo pelo jeito que ela te olha. Mas a Anne não mostra nenhum interesse por mim.

— A Anne é mais na dela, Klaus, com o tempo vai ver o cara legal que você é. O primeiro passo já está sendo dado, o destino está sendo muito legal conosco, agora é só relaxar e aproveitar a noite.

Estou acostumado com as mulheres olhando-me com desejo. Meu porte físico e minha altura chamam atenção, sempre sou alvo de olhares e palavras maliciosas. Desde que coloquei meus olhos sobre a Anne, desejo-a. E, diferente da maioria das mulheres, ela não me cobiça e não me olha com malícia. Anne me vê como seu chefe, talvez como um futuro amigo, e essa porra está deixando-me ansioso. A cada dia a desejo mais e ela não dá nenhum indício que haverá algo entre nós. Estar tão próximo dela e não poder tocá-la está sendo foda.

Para piorar minha situação, Anne aparece na minha frente com um vestido justo que modela suas curvas e com os cabelos soltos. Puta que pariu, ela está ainda mais linda. Nunca tinha visto seu cabelo assim, ela sempre usava coque. Anne acaba de me foder de vez, porra de negra gostosa. Se controle, Klaus. 

Adam pega a mão da Amanda e sai na frente. Anne os segue e eu fico para trás, podendo contemplar sua bunda redonda e empinada. Tenho que colocar meus pensamentos no hospital para abaixar minha ereção.

Adam nos leva a um barzinho com música ao vivo, próximo à praia. Temos uma noite agradável, faz tempo que não me sinto tão leve. Na pista de dança, ouso um pouco com a Anne e sinto que ela fica um pouco constrangida, então acho melhor não gastar todas as minhas fichas. Pode levar o tempo que for, não vou desistir dela. Leve dez dias ou a dez meses, terei Anne em meus braços e darei a ela todo o prazer que merece. Não vejo a hora de ter seu corpo debaixo do meu.

Quando chego na casa do Adam depois de sairmos do bar, vou para o quarto, tomo uma ducha e me masturbo feito um adolescente pensando na Anne, nos seus seios fartos saltando naquele vestido tomara que caia, nas suas pernas grossas expostas e na sua bunda. Que bunda! Ao pensar nela, meu prazer é instantâneo. Custo a pegar no sono pensando na minha schön, e, por isso, quando acordo do domingo já passa das onze. Vou para a cozinha e vejo Adam fazendo café.

— Bom dia, Adam. Dormi mais do que a cama.

— Bom dia, mano. Eu também acabei de acordar.

— O que vamos fazer hoje?

— Para te falar a verdade, Klaus, o que eu queria era a Amanda comigo o resto do dia, na minha cama. Fiquei com o maior tesão ontem com aquela garota.

— Te confesso que eu queria a mesma coisa. Anne está me deixando maluco.

— Klaus Hensel abrindo seu coração.

— Para de gracinha que, apesar de você ser um puto, é a única pessoa que confio e que consigo me abrir.

Adam me dá uma xícara de café.

— Estou brincando, irmão. É que você fica com uma cara de idiota quando fala da Anne.

Jogo uma banana, que está na bancada, em cima dele.

— Você é um puto mesmo, Adam. Está falando de mim e fica aí todo derretido. Amanda, ai, Amanda. Eu quero você, Amanda. — O puto joga a banana em mim de volta e cai na gargalhada.

— Até que você leva jeito, Klaus. Com as mãos na cintura e se requebrando desse jeito, está arrasando, meu marido.

— Vê se não fode, Adam.

— Você eu não quero foder não, amor. Mas a Amanda... Eu quero e muito.

— Porra, nem fala. Manter meu pau no lugar ontem foi uma missão muito difícil.

À tarde, vou com Adam para meu novo lar. Enquanto conversamos, arrumo minhas roupas no closet. Meu amigo não ficou muito satisfeito com a minha mudança, mas quando eu disse que ele teria toda a cobertura para foder Amanda sem se preocupar em ser incomodado, ele se animou. É mesmo um puto. À noite, saímos para jantar e, no restaurante, recebemos dois guardanapos, entregues pelo garçom, ambos com marca de batom e um número de telefone. O garçom nos indica a mesa de onde vieram os bilhetes e duas loiras acenam.

— Se fosse a uns dias atrás, essas loiras estariam com as pernas abertas debaixo de mim, mas não consigo nem ficar excitado com essas gostosas. Elas são o meu número, mas no momento só desejo uma doutora morena e gostosa como o inferno.

— Você sabe que nunca gostei de mulher oferecida, sempre fui o cara que prefere seduzir. E minha meta é seduzir uma negra que, para mim, se tornou muito mais do que uma simples conquista. Eu a quero como nunca quis nenhuma outra.

— Quem diria, a dupla de doutores alemães mais desejados de Berlim de quatro por duas brasileiras. Estamos fodidos, irmão. Essas mulheres serão nossa ruína. 

Na segunda-feira, chego no hospital ansioso para ver minha schön. Ela me cumprimenta com um bom dia seguido de um belo sorriso quando chega. Como consegue ser tão linda assim pela manhã? Imagino-a acordando ao meu lado... Foca no trabalho, Klaus. No final do expediente, nós juntamos a minha equipe e a do Adam para fazer uma reunião; resolvemos fazer uma escala por não haver necessidade de eles estarem todos os dias nem o dia todo no hospital. No final da reunião, um dos médicos, que ficou o tempo todo ao lado das meninas, abraçou Amanda.

— Mas que porra o doutor Barreto pensa que está fazendo? — Adam fala em alemão.

Todos já haviam se retirado, ficando só os três conversando distraidamente.

— Relaxa, Adam. Eles devem ser amigos. — Volto a minha atenção para eles e o filho da puta do doutor está abraçando a Anne, com ela encostada em seu peito e sorrindo de algo que eles conversam.

— Mas que porra é essa? — falo na minha língua, puto da vida.

— Eles devem ser amigos — fala Adam com ironia. Fico muito puto de ver a Anne tão à vontade com outro cara que não seja eu.

Pigarreio.

— Doutores, aqui é local de trabalho. Outros assuntos, fora do hospital — falo, seco e firme.

— Desculpe, doutor. É que, quando fico com as minhas garotas, esqueço da vida. — Ele pega nas mãos delas e se retira.

— Filho da puta — eu e Adam falamos juntos. 

— Você ouviu isso? Minhas garotas, mas que porra que está acontecendo?

Minha vontade é ir atrás deles, mas tenho que ser cauteloso, por estar em meu local de trabalho e porque Anne e eu não temos nada. É foda falar isso para mim mesmo, não posso exigir nada dela. Só não sei até quando aguentarei essa situação. Nunca fui de sentir ciúmes de nenhuma mulher com quem tive relação, e agora me vejo puto da vida e morrendo de ciúmes de uma que ainda não é minha. Estou completamente apaixonado por ela e sinto que essa paixão vai foder minha vida.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo