Todos aplaudiam ao ritmo da música, enquanto André segurava Mariane, que estava comemorando seu primeiro ano.Nesse momento, sua irmãzinha Ada, de 2 anos e meio, estava no colo do avô Pierre, enquanto Sophie se apressava para acender a vela.Mariane tentou soprar quando seu pai pediu, mas foi André quem a ajudou a apagar rapidamente, para que os aplausos a fizessem rir de entusiasmo.Samara viu sua pequena aplaudir e depois se virou para Ada, que esfregava os olhos, um pouco séria.Entre suas duas lindas filhas, havia uma diferença abismal em relação às suas personalidades. Ada se parecia mais com André, era séria e não ria de qualquer piada ou brincadeira. Tinha o olhar exato de seu pai, embora ambas se parecessem muito com Samara.Por outro lado, Mariane era sempre alegre, muito sorridente e extremamente carinhosa, e embora André visse pelos olhos de Ada, Mariane o desarmava com sua doçura.Samara viu Sophie cortar um bolo. Havia poucos convidados, pois ela pensava que os primeiros
—Ele se parecia muito a mim? —André baixou o olhar, enquanto um suspiro escapava de seus lábios quando seu filho Pierre, de 5 anos, perguntou. Acariciou sua cabeça lentamente e depois voltou os olhos para a descrição da lápide.—Muito... Sei que você não pode se lembrar, mas ele era sua pessoa favorita quando você era um bebê... é como se você estivesse presenteando-o com seu último ano... Você o fez muito feliz...Pierre sorriu ao olhar a foto do avô, enquanto seu peito se encheu de orgulho. O que ele não sabia era que seu pai estava em pé, enxugando suas lágrimas, tentando evitar que seu filho percebesse.—Então... —o menino se virou —. Eu grito como se tivesse quebrado a cabeça e toco meu joelho fingindo dor...?André sorriu maliciosamente e então se agachou para assentir.—Você deve parecer que é tudo real...—E se mamãe não me perdoar?André ficou sério e depois negou.—Me olhe... Quando deixei você perder alguma vez?Pierre negou várias vezes.—Nunca...—Exatamente, deixe sua mã
Há 15 anos...—Hanna, querida, se sente direito... vamos aterrissar logo... —a garotinha assentiu em obediência, enquanto sua mãe, Sophie, colocava o cinto de segurança.—Você parece nervosa... Há algo errado? —perguntou Michael, mas a Sophie negou, olhando para a filhinha que se esforçava para olhar pela janela.—Não sei... hoje, quando estávamos pegando nosso jato, de alguma forma senti que não deveríamos fazer essa viagem....—Mas você tem planejado essa viagem há muito tempo —o marido dela rebateu um pouco incrédulo.—É, eu sei... talvez seja bobagem minha —Michael pegou a mão da esposa e a beijou lentamente.—Vamos nos divertir muito... faz muito tempo que não tiramos férias, e a Hanna está muito animada com essa expectativa toda que você criou na mente dela. Sophie sorriu pro Michael e então pensou que ele estava certo.Desde que a Hanna nascera, eles já estavam atolados de trabalho e, embora não precisassem trabalhar nunca mais, sabia muito bem que ambos eram obcecados por acu
15 anos depois... Quer me ver dançar? —o André se remexeu um pouco e retirou uma das mulheres que tinham trazido para ele, enquanto observava uma morena deslumbrante praticamente nua na sua frente, oferecendo-lhe uma dança.Assobio baixinho e conseguiu tirar a loira, que já tinha o seu pescoço cheio de batom.—Claro, dança... —respondeu ele, sem um pingo de emoção, enquanto tomava um gole de licor para molhar os lábios. A casa noturna estava lotada, pertencia a um de seus sócios e estava abrindo naquele dia, estava aí por causa de um negócio de um milhão de dólares que tinham fechado há algumas horas.É claro que ele e os seus colegas estavam em uma área privada do clube, onde as mulheres eram o que não faltava, e para qualquer um que o conhecesse pelo menos um pouco, saberia que esses lugares eram o seu ponto fraco.O homem se levantou ao pedido da morena, que começou a dançar colada ao seu corpo, pedindo que ele a tocasse.Deu uma longa tragada no charuto e depois soltou a fumaça
—Sua mãe está muito decepcionada, André. É esse o exemplo que você está dando para a sua irmã? Como você pode não pensar na sua família? Francois, o pai do André, falava muito rápido em francês, enquanto esfregava os olhos e ligava o laptop em seu colo.Era sábado, mas não tinha um dia em que ele não trabalhasse.—Pai... essa notícia é uma merd@... é tudo mentira...—Fod@-se! Você acha que eu sou idiot@, André...!O milionário se levantou de sua confortável cadeira ainda de cueca. Há algumas horas, ele tinha se mudado para sua casa principal depois do escândalo da sua suíte que já não era mais privada aos olhos dos jornalistas.Conseguia enxergar as fotos em todas as manchetes e como seu sorriso torto e cheio de bebida aparecia ali abraçando aquela prostituta.—Calma pai... o senhor ainda nem me deixou lhe contar sobre o negócio de ontem.—De que adianta termos milhões entrando, se o dobro vai sair? Nenhuma empresa séria vai querer se aliar a um homem que é um escândalo diário, André,
—Anita Hamilton, Sara Smith e Anne Montoya... esta última é de ascendência latina... estas são suas fotos, nenhuma delas é virgem, mas poderiam fingir. Elas são apenas garotas que saem com homens para lhes fazer companhia, e não prestam serviços sexuais....Era quinta-feira de manhã, e essa era a quinta tentativa da Kamile para achar uma mulher pro André.O Connor tirou a foto da Anne Montoya, ele estava sentado ao lado do André naquele momento.—Ela é sexy... —comentou o Connor e a Kamile olhou para ele com certa raiva. Mas apenas o André notou sua expressão.—Eu não preciso que ela seja sexy... —disse o milionário.—Ninguém vai acreditar em você se for com uma mulher sem estilo, André?Ele prendeu o cabelo com força e bateu a testa na mesa.—Quero matá-lo por ter se intrometido... se meu avô morrer por causa disso, eu o enterro vivo junto com ele...—André, se acalme...—Kamile, vamos fazer uma coisa, vai escolher qualquer uma, prepare-a com relação à minha família e deixe-a pronta
Algumas horas antes...Vila de Imlil, Marrocos. —Samara... Você tem que se apressar... Não se preocupe mais com os vegetais, afinal, você não vai precisar mais disso.Samara observava Hagar, enquanto suas mãos tremiam de medo. Ajustou a mochila ao seu corpo e segurou o véu com mais força.—Estou morrendo de medo... Não consigo deixar de pensar que esse homem consiga me encontrar a qualquer momento.Hagar saiu de trás da barraca de legumes e veio segurar as mãos dela.—Vai ser muito rápido, além disso, Jalil estará com você, vá agora....Samara apertou os lábios. A vontade de chorar se gerou em sua garganta ao saber que sua amiga de infância, Hagar, não estaria mais em sua vida de agora em diante.No entanto, ela não estava se despedindo porque queria deixar sua cidade, mas sim porque estava fugindo do seu pai Ali, pois, a essa altura, sua vida dependia disso.Há alguns meses, sua mãe, Fátima, tinha falecido em sua própria casa, e Ali nem sequer havia lhe dado a sua mãe um enterro ade
—Ali, para onde estamos indo? —Samara perguntou assim que viu que o pai estava colocando algumas malas de mão no porta-malas de um carro que lhe era estranho.Ali nunca antes tinha tido um carro, mas olhando para aqueles três homens que o acompanhavam, imaginou que o carro pertencia a um deles. Seus braços foram segurados pelo pai, que a conduziu para dentro do carro, mas ela resistiu.—Para onde estamos indo? Eu tenho o direito de saber, pai... —Ela perguntou novamente quando viu o rosto do Ali se contorcer em irritação.—Eu lhe disse que ia agradar minha princesa, não disse? Se você estava pensando em fugir para Rabat, nós iremos para Rabat.A Samara foi empurrada com força para dentro do carro, enquanto um homem se sentou à sua direita, com o Ali ficando à sua esquerda para deixá-la no meio.Os dois homens restantes sentaram-se na frente, e Ali a obrigou a se cobrir a cabeça.De repente, o carro começou a se mover e, em meia hora, eles estavam a caminho da estrada.Samara enxugava