—Anita Hamilton, Sara Smith e Anne Montoya... esta última é de ascendência latina... estas são suas fotos, nenhuma delas é virgem, mas poderiam fingir. Elas são apenas garotas que saem com homens para lhes fazer companhia, e não prestam serviços sexuais....
Era quinta-feira de manhã, e essa era a quinta tentativa da Kamile para achar uma mulher pro André.
O Connor tirou a foto da Anne Montoya, ele estava sentado ao lado do André naquele momento.
—Ela é sexy... —comentou o Connor e a Kamile olhou para ele com certa raiva. Mas apenas o André notou sua expressão.
—Eu não preciso que ela seja sexy... —disse o milionário.
—Ninguém vai acreditar em você se for com uma mulher sem estilo, André?
Ele prendeu o cabelo com força e bateu a testa na mesa.
—Quero matá-lo por ter se intrometido... se meu avô morrer por causa disso, eu o enterro vivo junto com ele...
—André, se acalme...
—Kamile, vamos fazer uma coisa, vai escolher qualquer uma, prepare-a com relação à minha família e deixe-a pronta quando eu voltar.
A Kamile piscou rapidamente.
—Pensei que você quisesse levá-la para a viagem pro Marrocos.
—Você está louca? O Connor vai viajar comigo porque não tem escolha, não vou aguentar aquela mulher por mais de 24 horas e você acha que vou levá-la para passear comigo... Kamile, quem você acha que eu sou?
Kamile pegou a pasta, e rapidamente retirou a Anne Montoya das opções, pois o olhar do Connor sobre ela não a agradou.
—Tá bom, lembre-se de assinar esses papéis para a contratação dessa moça, e está tudo pronto para que seu sócio compareça à sua reunião na próxima segunda-feira.
O André assentiu com a cabeça.
—Kamile... —advertiu o milionário—. Sabe, isso é tão confidencial quanto a minha alma, e nada disso pode vazar para a mídia. Ameace essa mulher para o resto da vida... faça-a assinar uma cláusula, tome cuidado de fechar todas as opções....
Sua assistente acenou com a cabeça, entendendo o ponto, e deu a volta na mesa para se despedir do seu amigo.
—Tenha uma excelente viagem e me informe em breve sobre seus negócios com o velho Aziz....
André sorriu quando o avião chegou à noite, levando apenas dois seguranças, o Connor e uma mulher para seus serviços, que retornaria assim que chegassem no Marrocos.
Ele foi para uma sala privada, acendeu o charuto em seus dedos enquanto aquela mulher, que ele não conseguia lembrar o nome, abria as pernas para ele completamente nua.
Ela começou a mover os quadris de forma rápida e rude, do jeito que ele gostava, sobre seu corpo que ainda estava de cueca, enquanto ele enroscava os dedos nos cabelos dela e os puxava com força para trás.
Bateu em suas nádegas até que conseguiu ver as marcas vermelhas de sua mão na pele dela e, antes que ela caísse sobre suas pernas, de um jeito selvagem ele a virou com força e cuspiu em sua boca.
Ele tirou a cueca boxer e, pegando a cabeça da mulher, pressionou-a contra sua intimidade até que ela ficou no fundo de sua garganta, enquanto fechava os olhos com força....
Ele sorriu um pouco, quando as lágrimas escorreram pelo rosto dela. A mandíbula devia estar adormecida pelo tempo prolongado em que ela estava lhe fazendo sexo oral, mas ela não podia dizer quando e nem o momento em que ele terminaria em sua boca.
Só ele podia decidir. Só ele...
Os seus fluidos se derramaram em sua boca e, antes que ela conseguisse se limpar, ele fechou sua boca e a incentivou a engolir.
***
Chegaram no aeroporto às três da manhã, e a equipe toda do André saiu junto com ele, exceto a prostituta, da qual ele nem se despediu.
Os carros estavam prontos para ele, como programado, e foi recebido no hotel do Aziz, que ficava na cidade marroquina de Rabat.
O Connor e o André tiveram quartos privilegiados, e o milionário só tomou banho às 4h da manhã para dormir um pouco antes do seu encontro com o banqueiro, algumas horas depois.
A cidade de Rabat era uma mistura da história tradicional do passado com a modernidade estabelecida no presente. Ela ficava na costa do Atlântico, e era impossível não admirar sua paisagem.
O André nunca tinha estado no Marrocos, mas a atmosfera, sem dúvida, mudou seu mal humor, que não tinha melhorado nos últimos dias.
—Antes de chegarmos lá, quero lhe dizer que... —ele se virou para o Connor, que estava ao seu lado, dentro de um carro de luxo—... pensei na Kamile para o lugar da namorada, no assunto do meu avô...
O Connor se virou imediatamente, mas o André não o deixou reagir.
—É claro que eu descartei a ideia. Sei que você está interessado nela, ou você gosta dela, sei lá...
—Não sei do que você está falando...
—Oh, por favor Connor...! Você olha pra ela desse jeito.
—Eu não... —André lhe mostrou a mão para calá-lo.
—Só odeio o fato de que, por causa de nossa amizade, eu tenha que suportar outra idiota... mais nada.
O silêncio continuou após essa conversa e, depois de alguns minutos, o carro estacionou em frente a uma estrutura antiga, mas luxuosa.
Eles foram conduzidos para uma sala grande e cheia de objetos antigos, enquanto lhes ofereciam todo tipo de bebidas.
—Não vamos tomar nada... —disse o milionário, se sentando e o Connor ficou em pé atrás dele.
André olhou para o relógio enquanto seu joelho começava a se contrair impacientemente, era uma hora da tarde, exatamente a hora que o velho Aziz tinha lhe dito.
De repente, as portas se abriram novamente e aquele homem, com suas roupas ostensivas, entrou com um sorriso nos lábios.
—Roussel... —exclamou ele, enquanto o André se levantava. Ele pegou sua mão e se beijaram nas bochechas.
—Eu já estava ficando desesperado... —A risada do velho continuou e o convidou a se sentar.
—Não lhe ofereceram nada ainda?
André assentiu com a cabeça.
—Nós comemos há uma hora e eu não costumo beber nada quando estou a trabalho.
Aziz mexeu a mão em sinal de tédio e pediu uma bebida para ele mesmo.
—Bom, Roussel, vamos começar os negócios?
André deu um longo sorriso.
—Fui feito para isso....
A equipe administrativa chegou à mesa e o Aziz iniciou a falar da aliança bancária na qual o André investiria alguns milhões.
Tratava-se de um banco internacional, com altas participações na bolsa de valores e, embora os advogados do André não estivessem presentes, ele tinha estudado demais esse negócio e não precisava pensar duas vezes.
A reunião durou umas três horas, embora o processo de assinatura ainda não tivesse sido concluído.
Aziz ficou mais um pouco enquanto toda a papelada estava pronta e lhe contou sobre sua família e algumas outras coisas pessoais.
Eram cinco horas da tarde quando todos se levantaram, e Aziz parou o André antes de sair.
—Quanto tempo você vai ficar?
O milionário balançou a cabeça enquanto o Connor se mantinha a uma distância segura.
—Vou embora amanhã, agora vou tentar organizar a minha viagem, pois estou indo para a França.
—Oh, família, isso é muito importante, eu o parabenizo por pensar assim...
Seu olhar se conectou com o Connor e ele apertou os dentes para voltar aos olhos do Aziz.
—É... eles são a coisa mais importante para mim, além disso, meu avô está um pouco doente.
—Sinto muito...
—Não se preocupe, ele é forte.
—Bom, não posso impedi-lo, mas pelo menos me deixe fazer um convite para você hoje à noite, Marrocos tem muito para ver...
Só de pensar que o Aziz o obrigaria a ir com sua família e tomar uma xícara de chá, ele tinha vontade de morrer de desespero.
—Não Aziz, acho que nossos gostos são diferentes, vou procurar um lugar onde eu possa tomar um drinque e me divertir.
André deu um passo para sair, mas seu ombro foi apertado com força pelo velho.
A sala de reuniões tinha se esvaziado e só restavam eles três naquele momento.
—Não pense que eu não vi as notícias, querido Roussel... Eu sei do que você gosta, e é por isso que estou convidando você... vá, descanse um pouco, e por volta das oito horas, eu vou buscá-lo....
André assentiu com a cabeça, retirando agilmente a mão do ombro dele, e depois apertou a outra mão em sinal de despedida.
—Estarei esperando por você então... não me decepcione...
Aziz deu um sorriso um tanto sádico, e o André começou a sair enquanto o Connor seguia seus passos...
Algumas horas antes...Vila de Imlil, Marrocos. —Samara... Você tem que se apressar... Não se preocupe mais com os vegetais, afinal, você não vai precisar mais disso.Samara observava Hagar, enquanto suas mãos tremiam de medo. Ajustou a mochila ao seu corpo e segurou o véu com mais força.—Estou morrendo de medo... Não consigo deixar de pensar que esse homem consiga me encontrar a qualquer momento.Hagar saiu de trás da barraca de legumes e veio segurar as mãos dela.—Vai ser muito rápido, além disso, Jalil estará com você, vá agora....Samara apertou os lábios. A vontade de chorar se gerou em sua garganta ao saber que sua amiga de infância, Hagar, não estaria mais em sua vida de agora em diante.No entanto, ela não estava se despedindo porque queria deixar sua cidade, mas sim porque estava fugindo do seu pai Ali, pois, a essa altura, sua vida dependia disso.Há alguns meses, sua mãe, Fátima, tinha falecido em sua própria casa, e Ali nem sequer havia lhe dado a sua mãe um enterro ade
—Ali, para onde estamos indo? —Samara perguntou assim que viu que o pai estava colocando algumas malas de mão no porta-malas de um carro que lhe era estranho.Ali nunca antes tinha tido um carro, mas olhando para aqueles três homens que o acompanhavam, imaginou que o carro pertencia a um deles. Seus braços foram segurados pelo pai, que a conduziu para dentro do carro, mas ela resistiu.—Para onde estamos indo? Eu tenho o direito de saber, pai... —Ela perguntou novamente quando viu o rosto do Ali se contorcer em irritação.—Eu lhe disse que ia agradar minha princesa, não disse? Se você estava pensando em fugir para Rabat, nós iremos para Rabat.A Samara foi empurrada com força para dentro do carro, enquanto um homem se sentou à sua direita, com o Ali ficando à sua esquerda para deixá-la no meio.Os dois homens restantes sentaram-se na frente, e Ali a obrigou a se cobrir a cabeça.De repente, o carro começou a se mover e, em meia hora, eles estavam a caminho da estrada.Samara enxugava
André sentou-se em um divã requintado junto ao Connor, enquanto a música refrescava um pouco seus ouvidos.Ele não entendia nada das palavras, era tudo em árabe, e ele nunca se preocupou em aprender, mas a maioria das pessoas que atendiam o lugar entendiam muito bem o inglês e até conseguiam falar.Ele não tinha visto dançarina nenhuma, mas os charutos que estava fumando eram os mais gostosos que ele já tinha provado, e também não ia reclamar tão cedo na noite.Conversou com o Connor sobre qualquer coisa e o incentivou a tomar um drinque, pois tinha motoristas para levá-los de volta, mas o Connor recusou, embora tenha dado uma tragada no famoso charuto do qual não parou de falar desde que o experimentou.O velho Aziz veio depois de alguns minutos para se sentar ao lado deles, apresentando-os a outros velhos que estavam vestidos com roupões brancos e anéis de ouro reluzentes, o que fez os olhos do milionário se revirarem.Parecia que a boate estava tendo uma noite promissora, mas o joe
O corpo da Samara congelou.O seu sistema parou, até mesmo as lágrimas que ela não tinha conseguido deixar de derramar quando se viu no espelho lá dentro, sabendo que a sua inocência seria leiloada, ficaram em seus olhos.Houve silêncio em toda a boate. A música parou, o barulho diminuiu e a voz empolgada daquela mulher que a estava vendendo a garota, simplesmente desapareceu depois que o homem com quem ela tinha cruzado olhares jogou esse lance magnânimo.Impossível de acreditar.Samara nem sabia quanto era um milhão de dólares, assim como também não sabia qual seria o seu destino de agora em diante.Ela não consegue deixar de olhar para os velhos que estavam dando lances por ela, e foi impossível não estremecer ao pensar no que poderia lhe aguardar se caísse em tais mãos.—Temos um vencedor!!!! —Sam pulou novamente quando a mulher mais velha deu um grito e apontou para um homem alto de terno preto, que parecia misterioso na frente dela.Os homens atrás dela agarraram seu braço e, em
—André... É seu avô, Pierre... teve um infarto...—Não... —André sentiu uma dor aguda no peito, enquanto seu braço se estendia para agarrar algo, mas seu amigo Connor chegou rapidamente até ele.—André! —Connor se aproximou, mas o milionário tentou perguntar.—Ele está vivo? —Tanto Connor quanto Samara ficaram estáticos diante da pergunta, e André esperou esses segundos como se fossem eternidade.—Estamos no hospital... eles dizem que ele está em reanimação... ele estava bem... estava, não sei o que aconteceu, André...A mandíbula do homem tremeu excessivamente. Pierre era sua vida.—Ele vai ficar bem... —ele declarou com firmeza enquanto ajustava seu terno. —Vou sair o mais rápido possível para a França, meu avô vai ficar bem... eu sei.Francois aceitou sua afirmação e se despediu enquanto André ouvia ao fundo o choro de algumas mulheres em seus ouvidos.Talvez René, sua mãe, e Lucie, sua irmã, estivessem lá com seu pai.Sua mente ficou em branco, e olhando para a tela, bloqueou o ce
Samara estava de joelhos diante de sua cama, agradecendo por ter encontrado um homem como Connor. Ele havia prometido que ela poderia descansar, e que no dia seguinte a deixaria em um local seguro com algum dinheiro.Entrar neste quarto havia sido um alívio para seus ombros. Ela tinha comido tudo o que ele havia colocado na bandeja à sua frente, e com lágrimas nos olhos, não parou de ajoelhar-se para agradecer a Alá por seu resgate.Neste momento, não tinha mais nada que lhe pertencesse, exceto sua documentação. Nem mesmo o telefone com o qual poderia ter se comunicado com Jalil ou Hagar. O fato de esses homens tê-la tirado das garras daqueles velhos árabes era verdadeiramente um milagre.Ela ainda não havia terminado sua oração quando a porta do lado de fora se abriu, e ela ouviu passos do lado de fora do quarto. Deveria ser Connor, então ela se levantou rapidamente e se dirigiu para a porta.—Samara? —ela ouviu Connor e tentou sorrir enquanto se aproximava, mas seus passos se detive
Samara parpadeou várias vezes quando Connor a moveu de forma sutil e sussurrou algo que ela não pôde entender de imediato. Ela esfregou os olhos e tentou se levantar rapidamente; a manhã havia chegado, e a claridade em seu quarto confirmou isso.—É hora de irmos, Samara... —ela ouviu, e seu batimento cardíaco, anteriormente passivo, acelerou em um segundo com a informação.Ela assentiu e se apressou em se levantar, mas quando deu dois passos atrás de Connor e olhou para seu próprio corpo, percebeu que ainda estava vestida com a mesma roupa que usava desde o dia anterior.—Senhor..., espere... —Connor voltou-se para olhá-la —. Esta roupa... acho que não é apropriada para sair a lugar nenhum... eu me envergonharia muito.Ele assentiu, coçando a cabeça, entendendo o ponto, e sabendo que André não queria atrair olhares desnecessários.—Deixe-me arrumar algo, tudo bem?... agora saia para a sala, André está esperando por você, e não esqueça o que conversamos na noite passada.—Tudo bem —ela
Samara e André entraram em um carro espaçoso em frente ao hotel, enquanto Connor ocupou o banco da frente, perto do motorista. Agora ela usava um vestido de linho, que a fazia parecer mais jovem, com seu cabelo envolto em um lenço. André notou que Samara olhava pela janela e então pensou que aquela roupa não era apropriada para apresentá-la à sua família.Então ele começou...—De acordo com as informações que forneceremos, você é dos Estados Unidos... não pode usar essas roupas na França, precisamos encontrar algo melhor para você antes de nos encontrarmos com minha família... —Samara virou-se para André e assentiu.—Quais são os nomes de seus familiares? —ela perguntou interessada, e ele achou importante, embora conversar não fosse o seu ponto forte.—Pierre é meu avô... a pessoa mais importante na minha vida e a razão pela qual estamos fazendo isso... —Samara assentiu—. Francois é meu pai, um pouco intrometido, mas é o que temos. René é minha mãe e Lucie é minha irmã mais nova. Deve