Samara e André entraram em um carro espaçoso em frente ao hotel, enquanto Connor ocupou o banco da frente, perto do motorista. Agora ela usava um vestido de linho, que a fazia parecer mais jovem, com seu cabelo envolto em um lenço. André notou que Samara olhava pela janela e então pensou que aquela roupa não era apropriada para apresentá-la à sua família.Então ele começou...—De acordo com as informações que forneceremos, você é dos Estados Unidos... não pode usar essas roupas na França, precisamos encontrar algo melhor para você antes de nos encontrarmos com minha família... —Samara virou-se para André e assentiu.—Quais são os nomes de seus familiares? —ela perguntou interessada, e ele achou importante, embora conversar não fosse o seu ponto forte.—Pierre é meu avô... a pessoa mais importante na minha vida e a razão pela qual estamos fazendo isso... —Samara assentiu—. Francois é meu pai, um pouco intrometido, mas é o que temos. René é minha mãe e Lucie é minha irmã mais nova. Deve
André pediu seu segundo copo de uísque quando viu pela décima vez as unhas de Samara cravadas em sua mão, e uma série de imagens começaram a passar por sua cabeça. Todas escuras, é claro.Ele não tinha tido a vontade de olhá-la, nem mesmo de perguntar como ela havia conseguido mantê-lo preso, prestes a cortar a circulação de sua mão. Ela estava louca por ter tentado tocá-lo sem seu consentimento.Mas no momento em que a viu pela primeira vez depois desse incidente, percebeu que ela estava excessivamente pálida, com os olhos fechados, tremendo da cabeça aos pés. E embora pudesse dizer qualquer besteira para que o deixasse em paz, era evidente que essa era a primeira vez que ela entrava em um avião.—Connor...! —sua voz ficou alta, já estavam alguns minutos no ar, e ela não podia continuar assim.Rapidamente, Connor chegou à sua frente, onde havia apenas um assento auxiliar, nada confortável como o deles.—Sente-se... ela vai me amputar a mão... —Connor sentou-se rapidamente, e então vi
—Pai... —André murmurou com os dentes cerrados em direção a seu pai.François estava prestes a dizer algo em sua defesa, mas René interveio colocando a palma no peito de seu filho.—Entenda, esta notícia alegra nossas almas.—Alegra a todos nós... —prosseguiu seu tio Armand, fazendo parte da conversa—. Mas estamos ansiosos, onde a encontrou?André negou várias vezes, sem poder evitar posicionar seu olhar em Axel, a quem ele odiava tanto quanto a pobreza.—Como é possível que estejamos falando sobre isso quando meu avô está lá dentro em estado delicado? —perguntou indignado.—André... —sua mãe o acalmou com um sorriso—. Pierre é forte, todos nós sabemos disso, até na primeira hora, quando seu pai entrou, o único que pôde vê-lo por alguns minutos, ele nos contou sobre o rosto feliz dele quando ouviu a notícia de sua chegada... Teria sido ótimo se esta surpresa que você trouxe a alguém consigo... fosse real, até o avô está mais que feliz com isso.—Já contaram ao avô? —quase gritou e qui
Samara observou com detalhes como aquele homem veio se apresentar, a pegou de surpresa e então lhe deu um beijo no dorso da mão.Ela queria retirar a mão da boca dele rapidamente, mas ao mesmo tempo, parecia uma grosseria diante da família de André. Não queria causar essa impressão logo de cara.Ela não estava acostumada a esse tipo de contato, no entanto, estava pendurada por um fio nesse acordo que fez com o milionário, e não podia arruinar a única oportunidade que André teve com ela.Para dizer a verdade, tudo isso era avassalador; as roupas, o vestido que ia até suas coxas, o que para ela era um escândalo. Isso sem mencionar que tinha passado mais de meia hora dentro do balcão, horrorizada, sem querer sair.Connor assegurou que isso era necessário, e também chamou uma amiga estilista para cortar as pontas do cabelo dela e aplicar um pouco de maquiagem em seu rosto.Ela se sentia completamente fora de si mesma, e a única coisa em sua mente agora era se desculpar constantemente por
—Boa tarde... —um homem de jaleco branco fez com que todos desviassem o olhar do casal, e André soube que era hora de ver o avô —. Lamento a demora, mas foi necessário este tempo para fazer uma observação completa do paciente...—Como está meu avô? —ele perguntou se destacando de todos, sem soltar a mão de Samara.—Você deve ser André... —o médico deduziu com um sorriso, ao que ele assentiu —. Ele está fraco, mas fora de perigo...Todos soltaram um suspiro de alívio.—Podem entrar de dois em dois, mas não demorem mais de dez minutos. Em cerca de uma hora, fecharemos novamente as visitas...—Quando você acha que ele poderá sair daqui? —André perguntou novamente.—Eu acreditaria que, se amanhã houver uma melhora duas vezes maior do que hoje, depois de amanhã poderíamos enviá-lo para casa com cuidados especiais...—Perfeito... —André mencionou e deu um passo à frente sem pedir permissão a nenhum membro da família, informando —: Vou entrar...O médico não se incomodou e ficou para continu
—Vamos para a Casa Branca... —Anunciou André ao motorista, enquanto ao seu lado, Samara olhava pela janela, completamente perdida em seus pensamentos. Ela estava quieta desde que seu avô ofereceu todo o apoio e disse aquelas coisas cursis e surrealistas que, no fim das contas, ela não ia aproveitar plenamente. Pierre tinha arruinado seus próprios planos ao dizer que não permitiria que ela ficasse em outro lugar que não fosse sua casa, e, portanto, essas duas semanas seriam mais horríveis do que André tinha imaginado.Casa Branca era a mansão da família onde todos os membros da família Roussel costumavam se reunir, e onde no passado, a avó Adeline realizava grandes eventos que, no final, acabavam sendo apenas uma tentativa de unir a família.A conversa com Pierre havia se estendido muito mais do que ele imaginava, e, literalmente, sua presença diante do avô tinha sido substituída por essa garota.Passaram alguns minutos quando chegaram à mansão. Todos desceram com as poucas malas que t
Samara levantou-se rapidamente da cama e olhou ao redor, procurando algo para vestir. Embora Connor tivesse comprado alguns pijamas de calça comprida para ela, a camiseta que usava naquele momento era de alças e ela se sentia muito exposta com essa vestimenta. No entanto, em sua busca rápida, ela se virou de repente ao ouvir o estrondo de coisas caindo, pois André havia caído no chão com tudo o que estava na mesa de cabeceira.—Merda! —seus pés se moveram rapidamente, esquecendo-se do que estava fazendo, e ela correu até ele, acendendo uma lâmpada próxima.—Senhor Roussel... —ela se abaixou e segurou seus braços, ficando de joelhos na frente dele.André se apoiou nos braços, sentindo-se extremamente embriagado. No entanto, quando esfregou os olhos e viu aquela mulher na sua frente, seus olhos foram diretamente para o peito dela, que estava coberto apenas por uma camiseta branca.Ele olhou por todo o corpo dela e imediatamente sentiu uma ereção forte.—Senhor Roussel... —sua voz estava
—Sobre o que se trata? —Samara respirou profundamente quando ouviu a pergunta. Ela já tinha pensado nisso a noite toda, quando não conseguiu pegar no sono devido ao efeito que permanecia em seu corpo. Ela não podia ficar presa a essa situação, com um homem que só mentia e enganava sua família, e a única solução era continuar tendo essa segurança em sua vida. E esse equilíbrio tinha nome e sobrenome.Ela ergueu o rosto e, em seguida, assentiu para André, começando:—Eu sei que não é o momento... eu sei que ainda temos algumas semanas aqui com sua família, mas... gostaria de fazer uma ligação para Imlil...André franziu a testa enquanto a adrenalina começava a se espalhar por seu corpo.—Imlil? —ele afirmou devagar.—Gostaria de ligar... sei o número de cor, e se você me der a oportunidade de fazer uma ligação... eu poderia...—Isso tem a ver com o seu namorado? —ele viu as bochechas de Samara corarem e seus olhos se afastarem do olhar penetrante dele."Pois é, ela queria falar com aque