Acabe com a mentalidade do “não tem jeito, é tentar aceitar e seguir uma vida ruim, nasci para ser infeliz mesmo”. Não se revolte com seus familiares por eles não te ensinarem algo ou não serem do jeito que você gostaria. Revolte-se com a situação, e busque maneiras de usá-las a seu favor. Agora, se não quer ter relacionamentos amorosos simplesmente por não ser o momento ou não ter vontade, maravilhoso. O importante é que seja por escolha, e que esteja feliz com ela.
Meus pais são pessoas boas, mas que ainda precisam aprender muito da vida. Sei que me criaram como sabiam, com todo amor que podiam e com o jeito de gostar deles. Sei que muitas coisas vieram, justamente, pelo que observaram nos pais e outros familiares, talvez até em amigos. E por isso, procuro compreendê-los quando fazem algo negativo.
O ruim? Aparentemente não estão interessados em mudar isso, ou não buscam conhecimento em como fazê-lo. Fico feliz em ter começado a busca pelo entendimento desde cedo, hoje consigo ser grata por muitas coisas que passei e que me ensinaram tanto. Sobre amigos... Posso dizer aqui que tive apenas amizades passageiras. Ainda estou analisando isso, confesso.
De fato, eu me afastei de muitas pessoas. Motivo um: meus pais sempre problematizaram eu sair de casa sozinha e nunca tive ninguém para me buscar. Tive tanta “sorte” em relacionamentos, que até no namoro eu que tinha que “ir atrás”. Mas, preciso ser sincera, boa parte das vezes era porque eu tinha muito medo de chegar para meu pai e dizer: estou namorando. Minha mãe sempre me colocou medo nisso também, não sem motivos, claro. Só que eu acredito que se tivesse o “encarado” desde cedo, talvez as coisas tivessem sido diferentes. Como não posso voltar no tempo e remoer o passado não vai me tornar alguém feliz, faço minha nota mental do aprendizado e sigo em frente.
Motivo dois: meus pais também não gostavam que eu trouxesse pessoas para casa. Isso por termos uma “casa simples”, porque não podiam ficar à vontade, porque o “barulho” incomodava. E tantos motivos mais. Então, acabei também não chamando ninguém para ir à minha casa. Morando em um local distante e com pouca movimentação (que muitas vezes acreditei ter sido proposital), sem ter como sair de casa (seu horário é 21 horas? Na adolescência o meu era 17 horas e ai de mim se passasse disso), minhas amizades passaram a ser virtuais, até na cidade.
Com o passar dos anos, viramos adultos. Saindo da escola, cada um foi buscar a carreira que sempre sonhou. No meu caso, não havia muita opção, eu fui educada para fazer as coisas apenas no que “poderia no momento”, então optei por fazer o curso mais parecido com o que eu queria na época. A nível de curiosidade, eu queria fazer Arquitetura, fiz Engenharia Agronômica (já consigo rir, então deixo você rir também).
Moça da cidade que sempre fui (nasci na capital pernambucana, Recife, e fui “arrastada” para o interior), precisei me esforçar muito para aprender nomes de plantas (mais uma confissão: até hoje não sei várias, e das comuns, viu?). Imagine, então, a lindeza que foi aprender (ok, decorar...) nomes comuns e científicos de plantas, insetos, fungos, animais de grande porte... Foi bem complicado. Por sorte, o curso tem disciplinas exatas, como cálculo, estatística e (o terror) hidráulica.
Aos poucos fui me afeiçoando ao curso. Por vezes, sentia-me mal por estar ocupando o lugar de alguém que provavelmente sonhou com ele. Só que passei a admirar muito a profissão. Terminei o curso e ainda não a exerço completamente, mas admiro, isso que importa.
Sempre gostei de muitas coisas e muitas vezes bem diferente uma da outra. Por exemplo, meus pais pagaram vários cursos de informática (e sou muito grata por isso!), então sempre tive um “pezinho” nessa área. Tanto que quando entrei na faculdade, também fiz o Curso Técnico em Informática (foi uma loucura!).
Também fiz cursos que me lembravam mais Arquitetura. Além dos que aprendi na graduação, que tem disciplinas como desenho técnico, paisagismo, construções rurais... Inclusive, virei Cadista (pessoa que faz desenhos arquitetônicos no programa AutoCad) por isso também.
Não satisfeita com informática e agronomia, criei um I*******m literário. A partir dele, conheci vários escritores nacionais e me apaixonei pela literatura nacional. Anos depois, decidi arriscar na escrita para publicação. Não falei, mas na adolescência eu amava escrever, especialmente poesias (a maioria nada boa, aliás). Também cheguei a ter blog, mas acabei deixando de lado.
Tendo conhecimento da “facilidade” de publicação atual (especialmente para livros digitais), comecei publicando contos. Obviamente, algumas pessoas tentaram me fazer desistir. Mas a gente foca em quem? Exatamente! Em quem nos apoia! Tive apoio de pessoas que nunca imaginei, algumas pessoas que acreditei que me apoiariam só tentaram me colocar para baixo, conheci outras incríveis! A partir das situações ruins, decidi que ajudaria o máximo de escritores iniciantes que pudesse. Mesmo que eu também fosse iniciante, tudo o que soubesse iria passar, de alguma forma.
Tempos depois, estou aqui escrevendo meu terceiro livro. Ainda não tenho ideia de como ele vai se chamar, títulos sempre são um problema para mim, e espero não desistir de publicá-lo. Um fato interessante, o primeiro livro publicado é sempre o mais difícil. A maioria das pessoas não se sentem prontas, tem medo de serem criticadas e julgadas (acontece muito), mas depois do primeiro, duas coisas podem acontecer: você se frustra e desiste; ou você não consegue mais parar de escrever mesmo que queira, porque depois que os personagens descobrem que você pode contar a história deles, acabou sua paz!
Assim, me tornei engenheira agrônoma, técnico em informática e escritora. Não satisfeita, tenho feito cursos nas áreas mais diversas, todas que tenho interesse (e tenho em muitas), incluindo o design gráfico, que é com o que tenho trabalhado. E é interessante o fato de como Deus me fez chegar ao ponto que sempre amei, unindo praticamente todos em um só, já que como escritora preciso muito de um designer, todo o conhecimento de informática contribuiu com tudo, e a parte de agronomia me ajudou bastante também! (Você não tem ideia de como esse curso abrange muitas áreas, inclusive informática, administração, letras, direito...). E também fiz marketing digital, um curso extremamente necessário para todas as áreas, inclusive escritores independentes. Dentro do curso de marketing, também tinham coisas de design gráfico e que aprendi no curso de informática. Deus é perfeito, sim ou com certeza?
Cresci escutando o quanto o mundo é um lugar ruim e difícil. Realmente, o mundo é praticamente um campo de batalha. O ruim não foi minha mãe me repetir isso a vida toda, mas sim o fato de ela acreditar que me “protegendo” do mundo, me colocando em uma “redoma de vidro” estaria fazendo o melhor para mim.Eu sei que ela se “jogou” no mundo cedo, que sofreu e quebrou a cara várias vezes. Mas acredito também que tudo isso a deixou mais forte. Criar seu filho protegendo-o de tudo e de todos, isolando-o, não o faz feliz e muito menos preparado para viver. Pais assim provavelmente não pensam que um dia, infelizmente, morrerão. E aí? Agora é seu filho e o mundo? Como faz?Ouvi muito e li também uma frase que diz que “a gente cria o filho para o mundo”, minha mãe com certeza iria odiar ouvir isso. Na mente dela, fui criada para ela. N
Eu sei que errei muito na vida, queria liberdade, mas permiti que cortassem minhas asas. Criar animais, ter que resolver as coisas da casa, ajudar a cuidar da casa... tudo isso foi me prendendo sem eu perceber. Descobri isso apenas depois da minha “crise existencial nível hard”. Ficar em um ambiente que não me identifico muito, só me fazia adoecer. Precisar continuar nele por um tempo, ainda me incomoda, mas os pensamentos são diferentes agora.Escutar pessoas me mandando fazer um concurso, porque acabei virando “freelancer” e trabalhando em casa, era um saco e me incomodava muito. Hoje eu não me importo. Claro, não quero passar a vida toda aqui. Mas para sair eu preciso me organizar mais, preciso de formas de ganhar dinheiro mais fixas. Preciso de metas a serem traçadas e concluídas.Não quero sair para voltar. Não quero ter que pedir ajuda. Não quero deixá-los
Tudo começou quando eu estava na barriga da minha mãe, ansiosa para vir ao mundo. Ok, vou focar dos erros perceptíveis de quando estava adolescente. Mas se eu for contar de fato quando tudo começou, foi na infância. Aquele medo do mundo que minha mãe colocava na minha cabeça; os gritos do meu pai quando ele bebia; aquela ilusão de aparecer um príncipe encantando para me resgatar, que aprendi nos filmes de princesas... aquela sensação de incapacidade e de que alguém precisava me salvar.Eu queria ser salva.Eu precisava ser salva.Eu só não sabia que quem deveria me resgatar seria eu mesma.Cresci acreditando que deveria agradar as pessoas, colocava-me em segundo plano para fazer o que queriam de mim e adivinhe? No final, eu não prestava. Nada era bom o suficiente. As críticas estavam em tudo, eu era culpada por tudo que dava errado. E isso me fez
Ser cobrada para viver da maneira que os outros querem é extremamente ruim e desgastante. Imagine, seu pai quer que você se forme em História como ele; sua mãe quer que você passe em um concurso público (que agrade a ela); seu namorado quer que você trabalhe e sustente a casa em que vocês moram, e ele apenas fique em casa cuidando dela. Todos querem que você siga uma carreira que não é a que você quer, a que escolheu, a que sente que nasceu para seguir.Querem apenas que você satisfaça às necessidades deles e realize sonhos que eles mesmos não conseguiram concretizar. Não importa que seu sonho não tenha nada a ver com aquilo, se não se sente feliz, para eles, a felicidade que importa é a deles. E vá você dizer isso para ver o quão absurdo vão dizer que é o que você falou. Até hoje eu não sei
Foram anos tentando agradar os outros, obviamente sem sucesso. O que eu não compreendi durante todo o tempo, foi que a única pessoa que eu deveria me preocupar em agradar era eu mesma. Assim como a única pessoa que poderia me salvar sempre fui eu. Apenas eu.Poderia passar horas e horas, enchendo páginas e mais páginas com as coisas que fiz e que no fundo não queria ter feito. Poderia fazer como fiz durante muito tempo, reclamar e não fazer nada para mudar aquilo. Por que fazer com que as coisas mudem, é difícil.Fácil é dizer que a vida é difícil, que fomos injustiçados, perseguidos, maltratados. E talvez tenhamos sido mesmo. Mas se lamentar não vai fazer com que as coisas melhorem. Pelo contrário, se você acredita na lei da atração, saiba que quanto mais você reclamar, mais coisas negativas vai atrair para você.Por ou
Mesmo com essa revolta dentro de mim, eu segui tentando agradar aos outros. Segui buscando maneiras de fazer as pessoas terem orgulho de mim. Queria que não me deixassem, mas a verdade é que eu havia esquecido de mim. Colocar outras pessoas em primeiro lugar parece um gesto bonito, mas não é bem assim. Até porque, nem todos irão reconhecer o seu esforço, e é óbvio que você quer ser reconhecido pelos sacrifícios que faz por alguém. É claro que você quer um “obrigado”, e quando isso não vem, você se pergunta se o que fez não foi realmente o suficiente.Colocar-me em primeiro lugar é algo que ainda estou aprendendo a fazer. Sempre convivi com pessoas muito críticas e que acham que sabem o que é melhor para mim. Parece bobagem, mas é preciso ter um filtro muito bom e estar firme no que se quer para não se deixar envolve
Sempre fui uma garota com sentimentos intensos, aquela que acredita no amor e que encontrará alguém para somar alegria, compreensão, carinho e qualquer sentimento bom que possamos carregar, além de dividir dores, tristezas, decepções, raiva, enfim, tudo aquilo que fica no nosso lado mais sombrio. Então, quase toda vez que um garoto se interessava por mim, eu pensava: É ele!Costumava ouvir que o amor só bate uma vez à nossa porta, e é claro que eu não podia deixá-lo ir. Esse pensamento me fez cometer vários erros. Mas eu acreditava que o que desse errado só estaria me fazendo amadurecer e que me levaria ao certo, o “meu certo”.Na adolescência eu tive excesso de paixões erradas. Chega a ser vergonhoso lembrar todas as vezes que me deixei acreditar que aquele sentimento era amor, ou talvez fosse, naquele momento. Meu primeiro namorado, aquele
A carência é um dos sentimentos mais perigosos que existem. Ela pode te fazer entrar em um relacionamento fadado ao fracasso ou voltar para o ex abusivo. Andar descalça em cima de cacos de vidro, acreditando que esta é a melhor coisa a se fazer.Quebrar-se, para manter o outro inteiro, parece ser algo lindo (mas não é).Vou te contar como meu drama começou. Na verdade, vou pular a parte da adolescência, mas já deixo aqui o resumo: cheia de “paixonites agudas”. Iniciarei, então, nos meus 21 anos, quando acreditei ter encontrado o “cara perfeito” para mim. Eu estava na faculdade de Engenharia Agronômica, um curso riquíssimo que tem um leque de opções para que o aluno decida a que mais se identificar. Mas que não era o curso dos meus sonhos. Foi o que, na minha cabeça, cheguei mais perto. Arquitetura, para mim