Capítulo 7
O céu nublado além da vidraça capturava meu olhar enquanto minha mente vagava por memórias distantes.

Não havia como negar. Antônio representava o partido mais cobiçado da toda Cidade B. Um homem que, por onde passava, atraía olhares admirados e invejosos. Qualquer família da alta sociedade sonharia em tê-lo como genro.

Por algum mistério do destino, era justamente por mim que ele nutria uma fixação inexplicável. "Ou ela ou ninguém", declarava com firmeza sempre que o assunto matrimônio surgia. Seus pais aceitaram sua escolha obstinada. Os meus, extasiados com a perspectiva de uma aliança com a família Santiago, não hesitaram em selar o compromisso.

Reconhecia as qualidades excepcionais de Antônio, sem dúvida. Mas a imagem de uma existência confinada às paredes de uma mansão, vivendo à margem da glória do marido ilustre, me sufocava. Foi assim que a Cidade M surgiu como meu refúgio. Lá, sob nova identidade, construí meu próprio caminho, experimentei a liberdade de amar sem imposições.

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