Capítulo 476
Eu segurei a mãozinha de Saulinho, tentando acalmá-lo enquanto tia Julia o distraía com seu jeito doce. Felizmente, meu filho tinha um temperamento alegre e corajoso. Bastaram algumas palavras carinhosas e promessas de brinquedos e guloseimas para que ele se animasse e deixasse de resistir.

Entramos no quarto. Minha avó estava acordada. Apesar da fraqueza evidente, o rosto dela se iluminou ao ver o bisneto. Com esforço, ela levantou a mão, chamando-nos para nos aproximarmos.

Tia Julia, com cuidado, levou Saulinho até a cama. A mão frágil e magra da minha avó tocou a mãozinha pequena e macia de Saulinho. A cena era tão simbólica que parecia carregar o peso da continuidade da vida, da conexão entre gerações.

Ao observar aquilo, senti um nó na garganta. Não consegui conter a emoção, e meus olhos se encheram de lágrimas.

Ficamos no quarto por um bom tempo. Meu filho brincou com minha avó, trazendo um pouco de alegria para aquele momento. Mas o corpo dela já não tinha forças. Não demorou mu
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