– Eu acho que você não deveria se intrometer nos assuntos dos patrões. – E eu acho que você deveria cuidar da própria vida, Carmen. – A mulher disse com a arrogância velada. A senhora deixou os instrumentos de assepsia caírem sobre a mesa assim que a garota a confrontou daquela maneira ofensiva. – Então cuide das suas próprias feridas! – Não! Espera. – E quer saber do que mais, eu acho que eu vou contar toda a verdade para a senhora Santorini. A jovem a agarrou pelo braço, impedindo que ela pudesse avançar para a sala de estar. Elas ainda podiam ver a Madison Reese Santorini sentada no sofá, lendo algo de muito interessante para o Charles que descansava a cabeça em seu colo. E por mais que estivessem falando alto, a patroa jamais as ouviria. Ela parecia estar num mundo particular com os próprios filhos. Então ela se voltou a empregada e direcionou-lhe um olhar do mais puro rancor. Ela parecia carregada de sentimentos tão ruins que quase a incendiou por inteira. – Você
Cesare Santorini cruzou com a mulher que cuidadosamente caminhava pelo corredor carregando uma bandeja. De uma maneira um tanto suspeita, ele olhou para trás pela primeira vez. Ela estava quase mostrando demais, e ele recuou no mesmo instante. O homem lembrou-se de pensar no motivo para ela estar seguindo naquela direção e estranhou a forma como ela parecia demonstrar tanto cuidado. Mas a Amélia, sem a mesma educação da vez anterior abriu a porta e entrou naquele cômodo. Ela parecia domina-lo como se aquilo pertencesse plenamente a ela e a mais ninguém. Madison Reese Santorini ainda estava deitada, envolta nos lençóis macios e completamente nua. Ver a garota parada ali pareceu uma grande surpresa e ela tentou se cobrir. Madison estava completamente envergonhada pela própria exposição, embora não devesse. Ela era como uma Afrodite acordando de uma noite quente de amor. O cabelo bagunçado não a delatou tanto quanto as marcas dispostas no corpo. – Bom dia, Madison. – A garota
– Não! Não, você já morreu. Você não pode estar aqui. – Madison gritou, mas aquela coisa zombateira insistia em continuar ali. Ela estava completamente assombrada. Os olhos arregalados demonstravam todo o trauma do que ela tinha passado, e a pobre mulher pensou que estivesse sonhando. Ela se beliscou como uma tentativa de acordar daquele sonho infame e absurdo.Foi inútil. Nada do que ela fizesse a faria despertar do pesadelo de estar frente a frente com a Sara Reese. Se é que era mesmo ela. Aquela coisa desfigurada não poderia ser a irmã dela. Mesmo assim, o espírito ria sem parar, como se as atitudes da mulher fossem algo muito engraçado. Como se a divertisse tanto quanto a própria Madison gostou quando enganou a todos sobre a própria morte. Aquela mulher que mais parecia um demônio iniciou passos lentos na direção dela, e a Madison sentiu o corpo todo doer. Era como se a energia que emanasse dela fosse radioativo. Ela se sentia doente e enjoada. Ela sabia que a Sara Reese a
Ele a beijou como uma princesa adormecida, segurando-lhe as mãos como o cavalheiro pertencente do mais puro sentimento. E ele a acariciou no rosto desfalecido e dotado de um roxo muito forte do lado direito do rosto. Por alguma razão, o Cesare sofria mais que ela. Ele se sentia culpado, e talvez realmente fosse mesmo. As vezes ele acreditava que ela não seria capaz de superar tudo que ele havia feito para ela, e aquilo a afetava de tantas formas possíveis todos os dias que ele realmente chegava a pensar que ela poderia se cansar dele algum dia...Ela não faria isso, mas ele achava que sim. A insegurança e a desconfiança estava por todos os lados de uma forma invasiva e terrível, assim como tudo de ruim que haviam passado até ficarem realmente juntos. – O que aconteceu com ela? Por que ela caiu assim? – Eu não sei, Cesare. Ela estava no andar de cima nos observando e derrepente ela caiu... – Senhor, Cesare, por favor. – Ele corrigiu a Amélia. A garota atrevida o encarou
Madison Reese Santorini abriu os olhos quando o Cesare já estava aflito demais para esperar.Ela se deu conta de que algo gelado escrava sobre a própria barriga e se assustou. Se aquela fossem as mãos geladas da irmã morta, ela enlouqueceria de vez. Não era. O homem mal encarado com o estetoscópio parecia muito atento ao analisar cada quadrante do abdômen que só agora a Madison Reese percebeu estar um pouco grande demais para o que ela estava acostumada a ter. E ela fez a própria anotação mental de que deveria fazer uma dieta o mais rápido possível. – O que aconteceu? Por que ele está aqui, Cesare. A mulher odiava o fato de que outro homem tocasse nela, mas estava com tanta dor que não podia se levantar naquele momento. O semblante preocupado a atingiu como se ela estivesse com alguma doença muito grave, e as feições delicadas de confusão tornaram-se desesperadas. – Espera, não tente se levantar. – Ele disse, colocando-a de volta na posição como uma porcelana delicada e v
Cesare Santorini saiu do quarto quando a esposa finalmente pegou no sono. Ela não pareceu gostar do fato de ter ficado grávida outra vez. Ele, no entanto, percebeu que havia recebido uma nova chance se se redimir do próprio pecado: não ter visto o nascimento dos primeiros bebês do casal. Mas mesmo com toda a felicidade que não cabia dentro dele, o homem ainda estava aflito. Mais um bebê significava mais um trabalho... Mais um que a Madison Reese Santorini teria que lidar sozinha, agora, sem a babá favorita. Ele percebeu tarde demais que havia cometido uma grave injustiça, e ponderou dentro daquele quarto, enquanto gastava a sola do sapato caro ao andar para um lado e para o outro. E então, subitamente ele decidiu... O homem pegou o sobretudo elegante e desceu as escadas da mansão, em direção ao quarto daquele mulher. Ela não estava lá. A porta aberta deixou escancarada a pressa daquela garota, como se não fosse tudo parte de um plano maldoso para faze-lo se desesperar por ela.
Ela o encarou com uma dor estampada no rosto. – Está muito longe para isso. Eu não sei se eu consigo depois de tudo. – Nós podemos só esquecer disso? A minha mulher gosta de você e eu não quero pensar que eu a fiz infeliz mais uma vez. Então por favor, apenas volte. – Eu não sei. O senhor me magoou muito, senhor Santorini. – O que você quer? Dinheiro? Mais benefícios? Eu dou.– Nem tudo se trata de dinheiro. Eu sei que o senhor é rico, mas eu não estou a venda. Ele sentiu a aflição tocar-lhe profundamente. – Então volte por ela! Ela estava grávida. A garota olhou para trás com grande surpresa. – O que o senhor disse? – Ela vai ter mais um filho meu. – Ele pareceu feliz pela primeira vez. Aquilo deixou a garota incomodada. Um bebê não estava nos planos. Mesmo assim ela exibiu o mais falso e irritante sorriso. – Tudo bem. Eu volto com o senhor. – Eu agradeço a sua generosidade. – Ele pareceu seio mais uma vez. Então ela olhou para longe como se estivesse cansada d
Madison Reese Santorini estava deitada naquela cama a exatos dois dias e se sentia cada vez pior. Era como se cada um dos remédios prescritos pelo médico surtissem como veneno em seu corpo enfraquecido pela queda. Ela sentiu uma grande angústia ao respirar fundo, como se soubesse que algo não estava certo. Mas ela tinha um grande problema. Ela não fazia ideia de como fazer a sensação ruim passar. Então ela se esgueirou pela cama e tentou levantar-se, mas a dor atingiu a parte de baixo do ventre quase reto, e ela se pôs a gemer enquanto fechava os olhos. – Droga! – Ela praguejou baixinho. A porta escancarou derrepente, e ela imediatamente sentiu como se estivesse fazendo algo ilegal. Naquele ponto, já não dava mais para voltar atrás, e a mulher não pôde disfarçar a própria teimosia.Cesare Santorini entrou no quarto tentando equilibrar uma bandeja pesada em com as mãos, enquanto os pés faziam o que aparentemente era um árduo trabalho: Manter a porta aberta o suficiente para qu