Madison Reese Santorini entrou no chuveiro e deixou a porta aberta. Era como sempre. O vapor suspenso pelo ar que deixava tudo ainda mais quente. A agua que a deixava completamente molhada a espera do homem de sempre. A respiração ofegante que antecipava a rotina divertida que mais havia se tornado um hábito viciante e devasso. Mesmo assim, ela não conseguia se sentir suja por aquilo. Na verdade, era o que a deixava feliz pela manhã. Mas ela olhou para o relógio do lado de fora do boxe e sentiu o coração doer rigorosamente. Ela não era mais atraente o bastante? A frustração a corroeu pouco a pouco, até que os hormônios da gravidez a atingissem em cheio. Então ela passou a chorar como mais um motivo de desespero. Ela cansou de esperar, e com os olhos ainda encharcados, ela se enrolou numa toalha e saiu daquele banheiro, sentindo -se péssima. Madison Reese odiava essa sensação de estar sempre atrás dele. Como se implorasse por um pouco de atenção como a mais desesperada das mulher
– Amélia, você pode por favor ver como as crianças estão? – Madison Reese exibiu um sorriso radiante enquanto rodopiava pelo jardim. A Amélia sorriu, embora estivesse em plena raiva secretamente. Ela encarou a mulher de olhos brilhantes e algo ainda mais reluzente chamou-lhe a atenção com a mais pura inveja. – Nossa, que lindo essa jóia. – Você gostou? O Cesare me deu. Eu não esperava por isso. – É realmente muito linda. E o que a senhora teve que fazer para conseguir algo assim? Acho que um homem nunca daria algo assim a uma mulher. – O meu Cesare é muito generoso, Amélia. Não se preocupe com isso, quando encontrar o homem certo, ele não vai medir esforços para te ver feliz também. Então a Amélia sorriu de um jeito estranho e soberbo, como se estivesse superior a tudo que a mulher falava para ela. – Eu acho que já encontrei esse homem. – Mesmo? – Madison Reese Santorini sorriu de um jeito sincero e ingênuo demais. – E quem é ele? Eu conheço? – Acho que a senhora conhe
O sangue manchou o lindo vendido florido e a Madison Reese Santorini olhou nos olhos do Cesare Santorini como se pedisse socorro. Ele ainda estava levemente afastado, tentando chama-la a atenção, mas tudo pareceu tão irreal de distante dela. Era como tentar acordar de um coma, e a voz estava tão distante que nem mesmo pareceu estar realmente ali. – Amor? Madison, me diz o que você tem? Mas ela não conseguia falar além do que tentava dizer com os olhos cheios de lágrimas. E uma delas escorreu de um jeito estranho, por apenas um olho, enquanto ela sentiu o sangue descer junto com o coração que sangrava violentamente diante da possibilidade de perder o bebe. Eram quase quatro meses de esperanças e de planos. O nome, o quarto... Ela até comia por ele. Ela vivia pelo bebê, e agora? E se ela não o tivesse mais? Por que aquilo estava acontecendo? Ele a pegou no colo no momento em que o corpo recuou para bater contra o chão. E ele a apoiou contra ele com todo cuidado. Foi somente al
– E então? Eu espero que não seja nada muito forte. Sabem que uma mulher gravida não pode sofrer fortes emoções. E então o Cesare encarou o médico como se desafiasse a garota a ir até os próprios limites. – E então? – Não é nada. – Ela disse como uma boa derrotada. E o Cesare sentiu que havia quebrado as correntes que a Amelia havia colocado em seus tornozelos como se o tornasse o seu maior refém. Doce ilusão, ele mal sabia que as coisas só piorariam depois daquilo. Ele sorriu, embora o medico intrometido estivesse serio e curioso. – Muito bem. E a paciente? – E então ele a viu deitada na cama. O coração do homem palpitou de um jeito estranho, como um tarado e ele sabia que aquilo não era normal. Ele nunca havia sentido aquele tipo de sensação antes. O Cesare pareceu uma raposa ao observa-lo tão atentamente, como se a mulher na cama fosse de sua prioridade que ninguém mais poderia tocar ou roubar dele. – Ela caiu nos meus braços e eu notei que estava suja de sangue. Mas
Ela havia finalmente dormido, mas ele ainda estava ali como uma águia a vigiando sem tirar os olhos um único segundo. O médico acariciou o longo cabelo da Madison Reese Santorini com verdadeira obsessão antes de coloca-lo cuidadosamente para o lado na cama. E embora o coração de Cesare Santori estivesse praticamente explodindo de tanto ódio, ele ainda se manteve ali, parado enquanto observava a m*****a cena. O sentimento de que deveria largar o charuto e levantar da poltrona no canto escuro do quarto apenas para socar o rosto debochado do médico que se atrevia a tocar nela o deixava em êxtase, mas ele agarrou os braços da poltrona como se quisesse fincar-lhe as unhas bem aparadas. Ele sabia bem que se o machucasse, acordaria a esposa, e ela finalmente havia parado de sangrar. Ele precisava preserva-la dessa vez, como ele tentou fazer desde que decidiu mudar por ela. Desde que jurou para si mesmo que nunca mais estaria com outra mulher e que jamais voltaria a ser o motivo das lágrima
Ele andou pelas ruas depois de deixar o carro parado em uma esquina. Havia a clara sensação de que alguém o estava seguindo, mas ele não deu importância. Aquilo não pareceu preocupante, então ele prosseguiu. Afinal, ele estava mesmo escondendo algo, e a sensação de medo era um companheiro constante. Mas ele deveria ter parado e olhado enquanto estava caminhando. Ele não o fez, embora a visão periférica o alertasse a todo momento para que ele fizesse. E por um segundo. Um único instante no meio da multidão, ele viu um rosto familiar que o fez parar os passos. As pessoas bem vestidas estavam alheias a tudo que acontecia ao redor e não se importavam com o homem parado entre eles e que parecia aflito, embora fosse um tanto estranho. Mas ele encarou as pessoas por um tempo e não a viu. Ele estava estressado e só podia ser isso. Então ele andou mais um pouco enquanto tinha a sensação de que seria atacado pelas costas e que em algum momento alguém o esfaquearia. Ele entrou em um lugar que
A Amélia sorriu enquanto colocava o remédio em uma colher. Ela estava satisfeita em agradar a Madison Reese Santorini e até se sentia mais próxima dela. Mas o prazer estava em ser a enfermeira e não ter mais que ficar o tempo todo com as crianças. Agora havia a desculpa perfeita e já chega de maltratar e assombrar o Charles. Ela sorriu ao se aproximar da cama apenas para ver que a comida ainda estava toda na bandeja. Ela não se alimentava mais? Ótimo. Assim talvez morresse mais rápido e seria muito mais fácil conquistar o Charles. – Senhora Santorini? Acorde. A Madison ainda parecia estranhamente fraca quando abriu os olhos e a encarou. Por alguma razão, ela não ficou feliz ao ver a Amélia ali. Era como ter uma áurea negra próximo a ela e a Madison Reese sentiu que estava chegando muito perto da morte. Mas ela não ouviu a si mesma. Ela nunca ouvia. Então, ela sorriu de volta para a garota que sempre pareceu inofensiva, mesmo sabendo de todos os sinais de alerta que a rodeavam... –
– Quem é? Você precisa me dizer. Ele não pode se achar no direito de te machucar assim. – Deixa, senhora. Esta tudo bem. – Não, ele não pode te tocar desse jeito e achar que está tudo bem. Um homem assim merece ser desmascarado. – Não! – O Cesare reagiu quando a ansiedade o atingiu em cheio. A Madison Reese Santorini o encarou com surpresa. – O que foi? Ela precisa de ajuda. – Não se envolva nesses assuntos. Ela disse que está tudo bem e é problema dela se quer apanhar. – Cesare? Não fale assim. – Tudo bem, senhora. Eu gosto dele e não quero que nada de mal aconteça. Mesmo que ele não acredite nisso. Então ela saiu do quarto como se estivesse derrotada. A Madison Reese Santorini a acompanhou com os olhos como se sentisse pena da garota. Era como saber que havia perdido tanto quanto ela por não poder ajudar. E ela se lamentou profundamente por isso. – Por que você tem sempre que defender essa garota? – Por que tem sempre que ataca-la, Cesare? Eu não consigo entend