Eu juro, Carmem, que tentei.

Aurora Beatrice Reese tentou afastar-se o quanto pode, andando para longe daquele homem, mas ele ainda representava a figura dos seus sonhos e dos piores pesadelos.

Ele a acompanhou lentamente como uma sombra que nunca a deixaria sozinha. Ela soube que nunca estaria em paz. Rapidamente, ela olhou para trás e fitou o rosto de traços marcantes e feição rígida como uma rocha, mas ainda havia bondade nele, especialmente os olhos.

A mulher andou mais rápido, em uma tentativa de fuga que sabia que nunca daria certo. Ainda assim, ela precisava tentar. E ela passou a correr rápido e muito mais devagar que ele, torcendo mentalmente para que ele desistisse de alcança-la.

Naquela altura, o coração da jovem doía como a própria morte, e ela olhou para trás apenas para notar o quanto estava longe de casa. Ela estava longe de tudo. Naquele instante pareceu ter apenas os dois no mundo, num cenário pós apocalíptico. O problema é que ela não o queria mais. Ela não queria estar com ele ali.

Ela
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