Ao entrar em meu quarto, fiquei horas, aquela situação não poderia se estender mais, ele insitiu até se acalmar.
— Muito bem Diana! Começamos bem, amanhã pela manhã acorde e prepare o café da manhã comece os deveres que uma mulher deve fazer numa casa! — Disse após dá dois toques na porta, o que eu poderia fazer? Para onde fugir? Fiquei em meu quarto revirando as minhas coisas, coloquei todas em sacolas de viagens, não me importava o que minha mãe deixou para mim, eu vou assumir minha herança essa semana.
A minha vida é mais importante! Quando escutei o bater da porta da sala avisava que ele saiu, fui ao banheiro tomei um banho, recolhi o que havia pelo quarto somente o mais importante, ao passar pela sala peguei a foto da minha mãe, fugi não era o meu caso, aos dezoito anos estava apenas indo embora, pensei em ir pra casa da minha melhor que sempre foi minha amiga mais fiel.
Caminhei por um quilômetro no meio da noite, os ventos frios ruidavam a meus ouvidos, mas entre tentar viver com uma pessoa que eu desconheço, seria melhor mil vezes caminhar pelo frio. — Oi tudo bem? — Sorri ao ver a porta do quarto em Paola e a senhora Amanda mora, após o divórcio não sobrou muito para elas, a porta foi fechada após o oi tudo bem, mas depois foi aberta novamente. — O que você quer com a minha filha? — Olhei para a senhora no vestido azul de linho, óculos de aro grossos marrons, em que ano ela vive? Apenas avós usa um óculos desses.
— Preciso de uma ajuda de Paola, senhora Amanda me ajude! — Supliquei sendo mais educada que poderia, na verdade eu poderia bajular se ela quisesse. — Ela não estar, saiu com um amigo de escola, me disse que vão fazer um trabalho e não tem horas pra voltar. — Recuei que trabalho seria este? Não estou sabendo de trabalho algum, e também sobre nenhum boy que ela esteja pegando agora. Não é possível que Paola perca a virgindade primeiro que eu.— Posso esperar por ela? — pedi segurando a porta para que não fosse fechada novamente, e sem muita gentileza, lhe vir assenti. — ok, tudo bem! — Sorri sendo ao máximo angelical. Passaram horas, fiquei de pé na janela do seu pequeno quarto, não importaria de dormir no chão até arrumar um emprego, até que vi Paola chegar sorrindo ao dele, que não era outra pessoa, era ele, Paulo, meu ex-namorado, ajeitei-me na janela, será que ele estava pedindo conselhos para me reconquistar? Mas andando de mãos dadas ninguém pediria conselhos sobre outra pessoa.Até que pararam, e como foram algumas vezes comigo, ele tomou a iniciativa beijando sua boca, mas desta faltava apenas lhe engolir, meu sangue resfriou nas veias, gelava por todo o meu corpo, seria possível que Paola não estava vendo que ele lhe usava? Me perguntei, vendo a minha melhor amiga beijando meu ex-namorado, as lágrimas vieram, a minha vontade era descer por aquela janela até os dois, arranhar a cara dele e a dela, mas engoli todo o meu desejo, desta vez eu precisava de mais, não iria continuar debaixo do teto com meu tio, por isso era melhor ignorar tudo aquilo.
Esperei Paola subir, e ao abrir a porta dei meu melhor sorriso, ela sorriu arqueando as sobrancelhas ao me ver. — Oi! — levantei da sua cama fingindo não ter visto nada, exceto pelos cabelos ruivos bagunçados, os lábios inchados e uma lacuna de chupões em desordem em seu pescoço debaixo do cachicol, a roupa amassada, ela estava normal. — Di o que faz aqui? Minha mãe me disse que esta me esperando a horas cheia de malas. — Sorri fraco assentindo, vendo o quanto minha mãe faz falta. — Amiga eu preciso da sua ajuda, aconteceu umas paradas lá em casa e ... — Sentou-se a meu lado, pegando as minhas mãos. — O que houve?Suspirei e as lagrimas veio. — Não dá mais para conviver com o tio Thales... — Será que eu poderia lhe contar? Ela estava com o menino que eu gostei durante a minha adolescência inteira aos beijos a pouco lá fora. — Como assim o Thales, seu tio? — Perguntou deduzindo coisas, suspirei. — Você sabe meu tio é viciado em jogos, bebe muito e...hoje ele ficou agressivo depois que.... — Concordou, as lágrimas já denunciavam que iriam descer, gaguejei no final, ela estava com meu ex a pouco lá embaixo.— E do que você precisa de mim? — Questionou, levantei andando por seu quarto, era minúsculo, quase do tamanho do banheiro da minha suíte. — Uma semana, até que eu resolva a minha vida, vou arrumar um emprego, vou procurar um lugar pra mim só preciso terminar os simulados na escola e quando for aprovada, eu juro que...
Apertou as minhas mãos, eu não sabia se olhava para os chupões em seu pescoço ou nos seus olhos, seria eu que ficaria assim se me entregasse a Paulo? Como foi? Sempre fui boa aluna em biologia e admito que tenho noção do que é e como ocorre, teoricamente, mas a professora não falou em chupões, em cabelos amassados e nem mesmo nesse sorriso na boca de Paola. — Amiga claro que eu posso te ajudar, olha onde eu moro, olhe pra você é uma Fontenelle. — Engolir em seco, além de ser trairá pelo seria uma verdadeira amiga.
Ficamos no seu quarto, e de lá imaginei como foi, e como seria. Na minha situação atual eu prefiro perder uma paixão a amizades, Paola é tudo que me restou. Arrumei minha bagagem no canto, imaginei todo o cenário dela com Paulo será que foi carinhoso com ela? Doeu um pouco por dentro, mais ele deveria ter sido tão gentil, sempre foi comigo e apesar de tudo, eu nunca consegui me entregar a ele.Suspirei engolindo a vontade de chorar, apesar das lágrimas descerem cainda no travesseiro. Enxuguei minhas lágrimas, agora tenho problemas maiores, um padrasto louco, viciado em jogos e nenhum centavo no bolso, com boa reputação na vizinhaça, foi um marido excelente que cuidou bem da minha mãe, e um maravilhoso padastro.
Paola ficou intrigada me olhando. Sorri fraco, eu só quero mesmo é esquecer essa noite e seguir em frente. Chorei ate adormecer, Paola adormeceu rápido eu não quis imaginar o motivo, pelo menos ao dormir me senti segura, mesmo estando com medo do que poderia acontecer em breve, no dia seguinte quando ele chegasse e não me encontrasse.
Pela manhã acordei fiquei deitada pensando em tudo que poderia fazer na minha vida, depois de uma noite e uma madrugada turbulenta. Paola não estava mais no quarto me ajeitei até que ela entrou com uma cara nada amigável, fechando a porta. — Amiga o que houve entre você e seu tio? — Sentei-me na cama, precisava dizer pra alguém, suspirei. — Ele estava super agressivo, ele me bateu no rosto, ele... — A porta foi aberta com um chute, vi aquele homem que chamei de tio a vida toda em minha frente, sempre carinhoso, amigavel. — Fugindo Diana? — Engoli em seco querendo correr, apenas para ser pega pelo braço, Paola reagiu em minha defesa ele a empurrou contra a parede, caiu desmaiada não sei, até que ele me pegou pelo braço, fui arrastada aos gritos para dentro do carro, ela e sua mãe não interviram.
Para uma jovem até fazer os dezoito anos, meu tio Thales era um homem maravilhoso, sempre atencioso, brigava com a minha mãe quando me castigava, eu o amava sempre lhe dava um beijo na bochecha quando o pegava desprevenido fazendo algo, ele me criou no lugar do meu pai, para mim era amor de tio e sobrinha, já que nunca houve um homem pra ocupar o lugar de meu pai. Não que eu não quisesse, mais o lugar do meu pai sempre esteve vazio, por isso para ele sempre fora Tio Thales, meu tio, que saiu me arrastando para fora enquanto eu queria entrar para ver a minha amiga. Eu não conhecia aquele homem que me segurava, seu rosto estava todo machucado, pelas marcas não fora agressão que sofreu.
— No que você se meteu agora Tio Thales? — Questionei ao vê-lo naquele estado. — Saiu me arrastando até em casa, eu estava com medo, mas ao mesmo tempo preocupada. — Eu preciso de dinheiro Diana, temos que vender a casa, o carro, estou devendo muito alto a pessoas perigosas, temos que vender tudo ou não sei o que eles vão fazer comigo, e com você! — O olhei levando a mão a boca, o problema agora era muito maior.
Ele estava aflito, todo machucado o bateram pra valer. — Quanto mais ou menos tio? — Suspirou agoniado. — Muito, muito dinheiro, talvez possamos tentar um emprestimo, mas eu não tenho recursos para isso, você tem que tentar.
A noite estava apenas começando, Max meu irmão mais velho, passou o dia inteiro fora, isso indicaria que ele voltaria cedo para casa, a campainha tocou várias vezes até que a empregada abriu, esperei do topo da escada vendo a deusa adorada pelo meu irmão caminhar na minha direção. — Ora ora ora, visita da minha cunhadinha a essa hora? — Me olhou com desprezo no olhar, eu fui apaixonado por Blanka desde os meus 16 anos , na verdade não era paixão, apenas diversão, devido a sua aparência de realeza, talvez fosse o motivo que me intrigava tanto, seu ar superior, me parece muito a princesa de Game of thrones. Quase fomos namorados, até que seu pai Erick Lukasser dono de toda moral, bom senso e principalmente bons costumes me impediu de ter sua filha como namorada, na verdade eu só queria ganha-la do meu irmão, ele também é louco por ela. Mas a família Lukasser preciosa, dona da moral e dos bons costumes, pregadores dos bons hábitos de um bom civil,
— Continue com o plano, o siga. — Suspirei sabendo que isso me renderia dores de cabeça. — Veja esta garota, apenas ao imaginar me dá nojo, a mantenha ao máximo longe de mim. — Assentiu de pé na porta. — Veja o que pode fazer de melhor e se ela não trouxer o retorno do prejuízo que ele me deu em duas noites, coloque-o para trabalhar durante o dia em alguma coisa para que saiba quem eles são, e nunca esquecer-se que há lugares que nunca deve entrar, agora vá. — John saiu. Fiquei até tarde na boate, ao chegar em casa liguei para Blanka. — Amor? — Escutei seu sorriso que amo. — Max o que faz a essa hora ligando pra mim? — Sorri, sua voz é o melhor remédio para escutar após um final de noite. — Em busca do meu relaxamento antes de dormir meu anjo. — Sorriu. — E você o que faz querida? — Suspirou, eu desci do carro. — Estou deitada, esperando vo
Tentamos de tudo para conseguir o dinheiro, mas foi em vão. Faltava dois dias para fazer dezoito anos, meu tio estava desesperado, seu nome restrito não conseguiamos nada, e a nossa casa não valia nem a metade do que pensavámos, ele sempre disse que devia muito, muito dinheiro, mas quanto mesmo não revelou. — temos que fugir. — Lhe olhei, neguei eu não vou sair daqui, se ele quiser que vá sozinho. — Não vou lhe deixar sozinha aqui Diana, eles podem pegar você. — O encarei, eu não iria. — Você com esses olhos de Afrodite, acredite eles poderão te pegar e fazer coisas que não acredita, e isso eu não prometi a sua mãe. — Eu ri. — KKKKKKKKK olhos de quê? — Questionei, nunca escutei tal comparação antes. — Ah por favor Diana pare com suas loucuras, que bom que suas malas já estão prontas, apenas pegarei o necessário, sairemos da cidade em breve. — Lhe olhei vendo que estava louco além de machucado. —
Dias passaram no mesmo processo eu fiz dezoito anos sem nem mesmo perceber, não teve bolo, tão pouco parabéns, até que enquanto eu arrancava pedaços de parede na unha, escutei uma voz feminina. — Oi você esta aí? — Corri pra porta, era voz de mulher. — Estou quem é tu? — Ouvi risos e vozes, era mais que uma. — Lawiskia e você? — Suspirei, procurando por ar, o quarto fedia, ali eu estava fazendo minhas necessidades naquele banheiro que não limpava, comendo e dormindo não sei por quantos dias. — Diana Fontenelle. — Escutei risos. — Igual a princesa? — Desta vez quem bufou com os lábios fui eu. — Não, eu tenho dezoito anos, fui sequestrada, e sou morena de olhos castanhos esverdeados e a princesa é loira, não sou bonita como ela, porque vocês estão aqui? — Perguntei curiosa para saber tudo sobre quem eram aquelas mulheres. — Eu sou Lawiskia, eu Andr
— Pelo menos sabe a pauta deste encontro? — o motorista me olhou pelo retrovisor. — Seu irmão foi perguntar se tem permissão para negociar com a Polônia. — Franzi o cenho, era preciso ele pedir permissão pra isso? Seguimos o percurso inteiro em silêncio, um dia os Benavent já foram homens importantes nesta cidade, mas hoje somos apenas dez por cento da máfia, graças a burrice do meu pai em fraquejar, e deixar o poder ser tomado assim. Cheguei a boate, que estava movimentada. — Com licença! — A voz doce veio passando na minha frente, uma garçonete diferente caminhava num salto preto de um lado para o outro, não sei se era proposital, mas tudo neste lugar é, seus quadris largos se destacavam no vestido preto com o avental amarelo, suas pernas finas e coxas grossas, não sou de olhar para as garçonetes, mas esta era diferente. Lhe vi servir uma mesa meio t
— Cale a boca, se alguém souber quem você é não preciso te levar lá cima preciso?— Balançou a cabeça, eu os segui até o ver como um cachorro, John foi em busca do meu irmão. Andei por todo o circuito até encontrar Anita me devorando com os olhos, apenas apontei com a cabeça pra cima. Subi primeiro ela depois, já veio com a mão na minha calça, tem uma boca perfeita sabe fazer um oral melhor que todas as outras. — Quem é a garçonete nova? — Sorriu ficando de joelhos a minha frente. — Uma novata que seu John trouxe pra cá, até pagar a divida do padrasto. — Segurei sua cabeça pra parar o boquete, estava ferido devido ao minha última experiencia com a minha cunhada, ela feriu com seus dentes. — Porque? Gostou? — Assenti, sorriu me olhando. — é só pagar que eu coloco em sua mão, só teve duas transa com o namorado, não sabia nem fazer uma punhe
— Você pelo menos sabe agradar um homem? — Olhei para Anita que me olhava em busca de respostas. — Não, eu .... — Assentiu, e todas elas riram me olhando, sentamos em círculos. — Certamente deve ter tido sua primeira ou segunda transa terrível na vida. — Assenti, deveria ter sido com Paulo há meses atrás, mas não foi ele apenas beijou minha boca, chupou um dos meus seios antes da policia chegar e nós dois sermos levados a delegacia, e ele dizer que a culpa era minha, depois sair espalhando que tivemos a nossa primeira vez para o colégio inteiro. Minha mãe reclamou, brigou por fim, me fez pedir desculpas ao dono do carro, pagou os estragos feitos e fomos pra casa. — Você é igual a seu pai Diana, gosta do perigoso, qual a necessidade de roubar um carro? Qual... — Lhe interrompi ela sempre se refere assim sobre meu pai mas nunca fala quem é ele. — Já que eu sou igual a ele porque não me entrega, não me
— O que você está acontencendo aqui? — entrei na sala que as garotas trabalhavam, John saiu arrastando uma garçonete pelo braço, o odor era terrivel, mas os homens não paravam seus afazeres. — Alguém bebeu demais. — Uma delas explicou, olhei em volta todos pareciam bem, quem poderia ter vomitado ali? John não retornou. Por sorte amanhecia lá fora, não demorou para que mais uma noite se encerrasse, mas não meu trabalho. Fui para casa, precisava conversar com Apolo, sobre ele ter convidado Blanka para almoçar conosco sem me avisar. Arrancando a minha camisa ao chegar na sala de casa, revelando meu corpo a frente do meu irmão. — Eu pedi para eu mesmo cuidar da novata, qual o problema? — Tentou questionar. —Não estou falando da novata Apolo, esquece essa garota, estou falando que a Blanka me disse que você a chamou para vim aqui? — Abriu a boca em descrença.