Tudo o que ele precisava era se inclinar e beijar os nós dos dedos dela. O aludido assentiu como um robô, chocado com o espécime de um homem que dirigiu toda a sua atenção para ela. - Bem, muito obrigado, senhor. - Me chame de Ismael, por favor. - deu-lhe um sorriso cordial. - Tudo bem. Ismael finalmente fixou os olhos na minha pessoa, aproximando-se para falar comigo muito perto. Muito perto, apenas o suficiente para Kelly perceber que um avanço surgiu entre nós; seu delicioso perfume me penetrou profundamente, tirando meu fôlego o tempo todo que ela esteve no meu espaço. — Não vou ficar muito tempo, só vim buscar uns documentos, mas chego antes das seis, tá? - ele me beijou na bochecha. Eu me despedi da minha performance quase perfeita, não podia negar ao meu amigo que algo estava errado, se fosse mais do que óbvio. - Não se preocupe, Ismael. - olhei para suas safiras intensas. "Ok, com licença—" ele disse, recuando. Aos poucos fui recuperando o oxigênio. - É muito mais i
Suspirei pela quinta vez, olhando para a enorme tela. Estou assistindo a entrevista há alguns minutos. - Que impacto esse escândalo teve em você, Sr. Al-Murabarak? A morena fez sua sexta pergunta, depois as câmeras focaram em Ismail. Seu semblante era de absoluta segurança. Mesmo com a atenção voltada para ele, em um momento tedioso, ela injetou nervosismo nele. Nada. Ele até parecia perfeito, bonito e sexy. Eu já queria que ele voltasse logo, para estar ao meu lado. — Deixou claro para mim que na sociedade em que vivemos, até a fofoca mais absurda é monetizada, independentemente de o que é divulgado ser verdadeiro ou falso. Acho que momentos como esse sombrio, irritante, me fizeram mais forte, algo que claramente não era esperado por quem começou com isso. - E, de acordo com essas falsas acusações, então, você, já se envolveu intimamente com sua sobrinha? - Devo esclarecer que Marian Psornão é minha sobrinha. E sim, estávamos em um relacionamento, mas houve consentimento da pa
"Obrigado, obrigado."ele se virou me abraçando. Obrigada por ser minha mamãe, Mari. Observei a chegada de Ismael pelo espelho. Parado na soleira da porta, ele apreciou a cena, a julgar pela expressão, ficou surpreso. - Papai! - ela gritou euforicamente, quase me deixou surdo. Soltou-me, correndo para o pai que a acolheu de braços abertos. Sentei-me, cruzando os braços, olhei para eles com um sorriso -. Pai, a Mari me disse que posso ligar para a mãe dela. Ela disse a ele, animadamente. - Olá, Lizzy.…- Não, é verdade o que ele diz. Isaac me chama de mãe, ele te chama de pai, não vejo por que Lizzy não pode fazer isso. Eu não tenho nenhum problema, realmente. "Obrigada", ela me disse, abraçou a filha com força, beijando seus cabelos. Você cheira tão bem, princesa. "Eu sei", respondeu com a altivez do Pai. - Eu te amo. - Eu mais, Papai. Trouxeste-me um doce? - Não, mas trouxe pizza. Deixe-me tomar um banho, estarei com você em alguns minutos. - ele prometeu a ela beijando sua b
- Não vou a lugar nenhum. - Você me disse para ser honesto com você, Ok, eu serei. Nunca dormi com a Zoya naquela cama, aliás o tempo todo ela dormiu em um quarto ao lado do quarto da Lizzy. - Eu não acredito em você, você vai me dizer que eles não fizeram sexo? Lizzy é o resultado disso-agitei os olhos. - Tenho minhas necessidades, Marianne. Mas não fizemos nada no meu quarto, prometo que foi assim. Lizzy foi um descuido, e não vou mentir para você que foi um presente lindo. Ela é minha vida, assim como Isaac e você também. - Como ela aguentou tanto tempo ao lado de um homem que não a amava? - Formulei por um minuto me colocando no lugar dela. Deve ter sido terrível. - Zoya fez isso para não ver os pais afundados na miséria. - murmurou num suspiro. — Não era justo Ele abrir mão de uma vida em que se fosse retribuído. - Eu ficava dizendo. - Foi uma decisão errada, eu sei-emitiu direcionando a mão para minha bochecha. Ele acariciou a área -. Nos tornamos bons amigos, tentamos
Saímos da cozinha imediatamente. Peguei a mão dele subindo as escadas, ele estava tenso. Assim que entramos no quarto dele, ele me pediu para esperá-lo na cama. Ele desapareceu pela porta do banheiro dela. Esperei, nocauteada com seu perfume impregnado nos lençóis escuros. Ele voltou, acomodou-se comigo em silêncio. - Não aconteceu? - Pode levar horas para que ele pare de doer - " informou CanSino. Aproximei-me do corpo dele, eliminando as rachaduras. Estendi uma mão e gentilmente a movi em seu cabelo. Lembrei que ele estava ao meu lado quando precisei dele, era hora de retribuir o favor. -A dor é insuportável, não para de bater — confessou baleado no tormento do desconforto na cabeça. - Eu gostaria de poder fazer outra coisa…- Não vá, Marianne. - murmurou pego na enxaqueca. Suspirei profundamente. Eu não sairia do lado dele. - É que eu não vou embora — eu o beijei sem restrições, deixando um oscar embaixo do queixo, outro na bochecha. Ele estava tremendo —. Estarei aqui…- G-
Depois de falar com Kelly ao telefone, comecei a fazer o almoço. Tudo o que eu precisava para a preparação do prato italiano, eu poderia encontrá-lo. Sean, ele me deu alguns truques que me fizeram muito bem. Por isso, não estraguei a preparação. - Onde está a Lizzy?- No quarto dele. Eu o ensino a pintar, mãe-explicou com uma pitada de orgulho na voz. Abriu a geladeira e se serviu de um copo de água. - É bom, tenha paciência com ela. - Sim. Você pode fazer para nós dois um smoothie de morango? - Agora? - ele assentiu freneticamente. Estou ocupado, me dê um segundo, OK? - Cheira bem, Mãe. - Está com fome, querida? - descobri inclinando - me, rapidamente o beijei na testa.- Mais ou menos, vou voltar para a Lizzy. - ele avisou. - Vamos, eu te digo quando o smoothie estiver pronto. Tudo bem? - Ótimo, obrigado. - ele saiu de novo. …Já eram doze horas, tentei discar para Ismael, mas três vezes ele me mandou para a caixa de chamada. Comecei a sentir uma preocupação enorme. A sen
"Diga-me agora doutor, não suporto mais esse silêncio—" implorei, farto que ele ainda não tivesse me contado. Ajeitou os óculos, sentou-se na cadeira giratória, apoiou os braços na enorme mesa e começou a olhar uma pasta, presumi que fosse o histórico médico de Ismail. - Ismail está estável, Marian - só de ouvi-lo dizer isso, me encheu de paz -. O acidente que sofreu o deixou com uma lesão na altura da coluna, que também é conhecida como entorse cervical ou chicotada. É uma lesão muito comum que ocorre na altura do pescoço e que costumam ser mais frequentes em acidentes envolvendo outro veículo. A recuperação nesses casos costuma demorar mais, na maioria dos casos requer imobilização e uso de coleira. "Não pode ser", respirei perplexa. Ele foi imobilizado? - Não era necessário, mas colocamos um colar cervical nele. Eu também queria falar sobre outro assunto-acrescentou ela me deixando com frio, senti que más notícias estavam chegando. Assenti com medo. Quando ele acordou reclamou
Bati duas vezes na porta do Dr. Evanson. Aguardei seu passe, ao recebê-lo entrei em seu consultório no horário exato que ele indicou. Minhas palmas suavam, meu coração em sua caixa pulava com ferocidade; um alto torceu minhas entranhas enquanto eu me sentava sob seu olhar indecifrável. - Qual é o diagnóstico? Por favor me diga. - Marian Mitsubish, como tem passado? - Mal, Eu não poderia ter sido de outra forma, o que Ismail tem? Chega de rodeios, doutor-implorei. - Smith ainda não chegou, ele vai te explicar tudo. De minha parte, posso informar que ele está se recuperando bem da lesão, e estou muito surpreso que ele esteja progredindo rapidamente. - Fico feliz em saber, é uma notícia reconfortante. - Senhorita Lombardi-eles me ligaram. Eu me virei encontrando outro homem de jaleco branco, mas mais novo que Marc. Assenti sem reconhecê-lo, olhei para Evanson. - É o médico que cuida do caso do Ismail. Ele se aproximou me estendendo a mão, aceitei recebendo um aperto cuidadoso.-