Mesmo no trabalho minha cabeça não parava de circular sobre o assunto, roubava meu apetite e concentração em um artigo de economia. Visitei o banheiro muitas vezes, lavei o rosto sem me preocupar em estragar a maquiagem imaginária do rosto, na verdade ausente uma única gota dela. Agora eu não estava nem com vontade de usar blush. Bea apareceu, ia entrar em um dos cubículos, quando me viu diminuiu a velocidade, veio para o meu lado estudando meu silêncio, um silêncio que gritava por dentro até eu perder aquela voz interior. - Aconteceu alguma coisa ruim? Desde que você chegou vejo você retraída, Ida, não sei... Você não é assim, Marian - alegou a morena. Era só Beatriz, a mulher boa, enérgica e confiável. Com ela não precisei encontrar uma desculpa ou improvisar nenhuma bobagem para justificar os nervos, a inquietação desencadeando as batidas do meu pobre coração. - Algo pessoal. - Admiti sem dar detalhes. - Ah, eu entendo. Desde que fiquei olhando fixamente para você a manhã toda
Quando cheguei em casa, tomei um banho e pedi uma entrega. Um jovem fez a entrega da pizza em um quarto por volta das sete. Comi ao lado de Isaac, deitado no tapete da sala, a cena me levou de volta aos dias ao lado do pai dele. Um tesouro que não se dissolveu da minha memória. - Como foi na escola? - Fiquei curioso cedo. - OK. - Assim mesmo?"A aula de natação foi suspensa, aparentemente o Sr. Walter adoeceu de repente, e não deu tempo de avisar alguém para a substituição", disse seguido de uma bufada. Então não foi um grande dia. - Espero que ele se recupere logo. - Mãe? - Diz-me, querida. - Você me deu o nome de Isaac em homenagem ao meu pai, não foi? - ele perguntou limpando o canto. Ele também não deixou as brincadeiras de lado. - Bem, sim. Até porque é um nome lindo, não acham? - Gosto muito— " admitiu sorrindo. Eu sei que você precisa de tempo, eu já quero conhecê-lo, mãe. Fale — me dele-insistiu, esquecendo-se dos transtornos desta manhã. Porém, não o refutei nem o
Perdendo O ControleO espelho refletia uma imagem estranha a mim. Mas era eu, vestida com um vestido de vinho tinto, leve decote na frente que destacava meus seios, costas para fora e corte arredondado; eu estava usando salto agulha preto, ao qual não estava acostumada, de jeito nenhum. A boa aparência tinha seu lado desconfortável. O look incrível foi complementado pela minha amiga, fazendo minha juba fogosa, um updo.Com matte vermelho nos lábios, delineador nos olhos e rímel, estava pronta para sair. Raramente essa versão de mim saía do esconderijo, mas assim parecia a primeira vez que eu não estava me escondendo em uma concha. Um som sibilante vindo daqueles lábios femininos, fez meus olhos vibrarem. Kelly, na beira da minha cama, ficava me olhando como se eu fosse um quadro de Picasso. - Não fique aí, vá em frente, vá partir corações — apontou com risadinhas. Eu neguei. Ela parecia a adolescente Kelly. Ela definitivamente não ia caçar. Em vez disso, eu deveria ter sido o único
Eu não podia acreditar que estava caindo por causa do renascimento de um sentimento complicado, não, eu não deveria me importar com nada; ele poderia namorar quem quisesse, se traísse aquela Zoya, porque esse era o problema dele. - A sério, tudo bem? - ele perguntou me olhando como se eu fosse uma raridade. "Não sei por que não estaria", transmiti ignorando aquele motim lá dentro, prestes a estourar. Então saí daquele lugar, deixando a Alexa perfeita para trás. Voltei ao lado do par de arremessados, driblando as flechas que disparavam em minha direção, todas caíram antes mesmo de roçar minha pele. Além do fato de que o encontro com a mulher no banheiro não saiu da minha cabeça, não, eu não poderia permanecer presente. - Poderíamos ir a algum lugar, depois que o evento acabar—" Michael convidou, convencido de que aceitaria. - Não, Não fique flertando, é chato, por favor. - Revirei os olhos. "Minha ideia é melhor que a sua— apontou para o outro Idiota. Por que você está jogando d
- I…- Não precisa responder, florecilla. - Ismael, me sinto péssimo. Tendo dormido com você, que você é um homem casado, me faz um…—Não se atreva a dizer", avisou absorvendo um suspiro, levantou meu queixo para que eu olhasse para ele. Não pude responder, nada, suas safiras hipnóticas me fizeram uma mulher dócil -. Eu vi você chegar ao evento, claramente desconfortável, pensei que em algum momento da noite você notaria minha presença. Ele estava certo, tinha sido estranho não perceber sua atenção em mim, com todo aquele magnetismo que ele exalava, como eu não podia ver e sentir? Ismael desfez o doce aperto e colocou a palma da mão na minha cintura novamente. O calor que irradiava continuava penetrando fundo na minha pele, desencadeando o caos. - Não sei, esses lugares me deixam tonta... - Sussurrei afetado na densa neblina que nos envolvia -. No banheiro conheci sua companheira, por que ela?- Alexa? - ele perguntou E eu afirmei baixo -. Isso terá dito a metade do mundo, ela é ap
Assim, levantei-me da cadeira em direção ao banheiro feminino. Lá, tirei o celular da bolsa e liguei para Kelly. Na primeira tentativa, Ele respondeu. - Bom dia, Marian. Onde diabos você está? - Me desculpe, vou te contar tudo, prometo. Ficou com Isaac? - Claro, ele ainda está dormindo agora.- Ainda? - Dormimos até tarde, assistimos a um filme ontem à noite e depois outro. Bem, você não pode me repreender, você também não voltou como disse. - acrescentou, virando-se para me acusar. Era verdade, não tinha com o que brigar. - Já vou para casa, com licença.— Você vai me contar com luxos de detalhes, não vai omitir nada, entendeu? - ele deixou escapar exigente. - Eu sei, não vou guardar nada para mim, Kelly. - Não sei porque cheiro a Ismael nisso tudo. Ontem à noite, no evento, aconteceu de você topar com ele? E lá ia ela bater o prego bem na cabeça. Se eu confirmasse, a ligação seria prorrogada, então não confirmei. - Muita gente esteve no evento, quanto ao Ismail, Não, Não o
- E Eu…- O que você é, Mariane? - indagado interessado -. O que você quer me dizer? Os tombos que circulavam pela minha fisionomia me derrubaram, eu estava desmoronando com um desequilíbrio sobrenatural mudando violentamente. Comecei a sentir suor nas palmas das mãos, o latejar monstruoso e, um nó entrou na garganta. - Talvez, o certo seria eu te contar em outro lugar, não aqui fora. - Consegui expressar. - Você pode me dizer no carro, e eu direi ao Marcus para cuidar do seu. - ele resolveu. - B-OK…Uma vez dentro da Ferrari, não havia como voltar atrás. E não consegui me conter, sem dizer uma palavra, já estava chorando. Ele, estupefato, não entendia o que estava acontecendo comigo. Ele provavelmente estava fazendo uma ideia em sua cabeça, mas a suposição ainda era ambígua. - Fale comigo, o que pode ser tão terrível, tão doloroso minha florzinha? - ele expressou com ternura. Eu o observei recebendo sua carícia quente na minha bochecha. - Perdoe-me, Ismael. Sinto muito, eu...
- Eu te ouço muito, afetado. Quer que eu vá atrás de você? - Não precisa, é que de repente, não sei se fiz a coisa certa. - É a coisa certa a fazer, contar a verdade para ela tem sido a melhor coisa. Ele está em um momento de aceitação agora, ele está processando e é algo compreensível. Você deve ser forte, Mariana. Você pediu perdão a ele? - Eu fiz, mas não consegui nada. - Nada é tão fácil no começo, muito menos sem avisar. - Eu sei, tudo é complicado, ele é casado, tem uma filha. Estou ciente de que poderia me encontrar no meio de um escândalo, muito mais estando deste lado e ele do outro, mas ambos na mesma zona de perigo. Sua posição é forte, eu logo afundaria com um estalar de dedos. - Isso poderia acontecer se aquele homem te odiasse, Será Que ele, Marian, te odeia? - Minha mente diz que sim, mas meu coração refuta. Acho que ele simplesmente odeia o segredo, que também o preocupa desde o início. - Dê tempo a ele, converse com ele, você precisa convencê-lo a fazer o seu