Amina tinha percebido a urgência, o medo e também o amor no modo como ele a beijou e a levou para a cama.
Estavam no quarto acertando como seria a partida dela, quando ele a agarrou, fazendo um som primitivo e de modo exigente capturou a boca dela e depois seu corpo.
Ambos foram tomados de assalto por esse sentimento de amor e perda e isso os levou ás carícias urgentes, como se o mundo fosse acabar agora.
As emoções dele refletiam nas dela e eles se uniram. Naquele momento não havia mais ninguém no mundo, só eles dois e queriam eternizar essa sensação na memória.
O poder unido ao medo eram afrodisíacos fortes. Ela sabia que seria uma despedida e isso lhe causava medo.
Parecia ironia. Quando ela chegou ali chovia muito e agora em sua partida o alvorecer começava com chuva também. Foi para a sala de comando e sentou na cadeira, prendendo bem os cintos, depois ajustou o capacete. — Módulo de partida pronto. A voz metálica de Hallo soou na cabine. Ela apertou o botão e a rampa foi recolhida. As portas se selaram, fez a checagem e a luz verde acendeu. Estava pronta para ir. — Hallo, dê início ao voo padrão. Trave a rota orbital e comece a contagem. Lá fora Clóvis teve que puxar o filho para que se afastasse das turbinas que logo foram acionadas. A chuva aume
******* Depois de uma conversa longa á sós, Carlo já entendia tudo o que havia acontecido com Amina. — E a caixa com as coisas que coloquei na nave, ajudaram seus governantes a deixar que voltasse? - alisou o braço dela e brincou com seus dedos. Estavam nos degraus da escada de trás — E seus pais também deciciram vir e conhecer a Terra? — Não - ela o olhou com carinho — O que eles vieram conhecer foi o homem que eu amo - ele deu um sorriso grande — E o pai do neto deles. — Ainda estou atônito com Carlo. Meu filho - balançou a cabeça — Isso é incrível, Amina. — Concordo - beliscou sua mão de
Foi uma semana bem corrida para todos. Minerva ficou na cabana cuidando do neto e saiu apenas uma vez, indo com Carlo e Amina até a cidade próxima, comprar provisões. Compraram muitas coisas, mais do que o necessário. Carlo queria deixar o pai abastecido e seguro, para não precisar sair. Tinha muito medo que se contaminasse e isso era o que mais o deixava triste com a partida. — Que exagero é esse, Carlo? Clóvis abriu o porta-mala do carro e se surpreendeu com tantas compras. Ele tinha comprado comida para no mínimo seis meses, sem falar de outras provisões, como velas, fósforo, álcool, produtos de higiene e outras coisas mais, tudo para evitar que Clóvis
Autoria: Ninha CardosoTítulo: Muito Além de MimRomance Contemporâneo/FicçãoColeção FlorzinhaCapa: CanvaEditora: IndependentePublicação Digital: BuenovelaAno: 2021Copyright@2021 by Ninha CardosoTodos os direitos reservados. Proibidos a reprodu&
“Melhor do que a criatura,fez o criador a criação.A criatura é limitada.O tempo, o espaço,normas e costumes.Erros e acertos.A criação é ilimitada.Excede o tempo e o meio.Projeta-se no Cosmos”. Cora Coralina “Eu morro ontem. Nasço amanha. Ando onde há espaço. Meu tempo é quando”. Vinicius de Moraes “Pedi ás estrelas qu
Amina dificilmente entrava em desespero, mas estava prestes a entrar naquele instante. O momento era propício a isso. Ela estava caindo e não tinha nenhum controle sobre sua nave. Mesmo com todo seu treinamento, ela não conseguia escapar do que parecia certo agora. Não conseguia nem mesmo se comunicar com sua central. Apesar deles terem seus dados, não conseguiam enviar resposta ao seu pedido de ajuda. _ Merda... Ela tentava uma resposta aos esforços de controlar a nave que girava desenfreada, caindo em alta velocidade, perdida na imensidão. _ Merda, merda...
A chuva pesada estava carregada de raios que criavam um espetáculo sem igual, que só a natureza poderia criar e ele estava no melhor lugar para presenciar isso. O chocolate o aquecia. A chuva não seguia uma direção e com os ventos fortes suas pernas estavam molhadas até os joelhos, mas ele não se importava. A beleza dos raios cortando o escuro fazia valer a pena. Com os trovões e raios logo ficaria sem energia. Já sabia como era e mantinha um estoque de fósforos, velas e lampiões de querosene. Também tinha lanternas e pilhas. Não era a primeira vez que se isolava na cabana. O lugar era seu refúgio. Tinha todo o tempo do mundo para ficar ali. Descansaria,
Apalpou com cuidado seus braços e pernas, procurando por fraturas. Sua coluna e pescoço pareciam bem. Não poderia deixá-la ali, tinha que arriscar movê-la ainda que não fosse o ideal. Voltou ao carro e pegou um cobertor que deixava no banco de trás. Embaixo do banco ele tinha um estojo de primeiros socorros. A cobriu e limpou com cuidado o sangue, do jeito que dava com aquela chuva, depois colocou uma gaze no corte. Quando tentava levantá-la, ela piscou abrindo os olhos, virando o rosto para ele. _ Ainda bem... Graças a Deus que voltou a si - disse preocupado. Tentava acalmá-la e a ele mesmo. Tinham que sair da chuva logo.
Último capítulo