Primeira narrativa da Manu...¨¨¨¨¨ManuelaJá estava quase chegando na casa da Analu quando a vejo vindo em minha direção, paro e espero que se aproxime. Ainda estou puta da vida com aquele imbecil do Eduardo, quem ele pensa que é para falar daquele jeito comigo? — Tá tudo bem? — Analu pergunta e começamos a andar.— Não, não tá nada bem. Você acredita que o Eduardo simplesmente colocou na cabeça que eu estou dormindo com o Guga só porque viu nós dois juntos ontem?— Por que ele pensaria uma coisa dessas sobre você? — Eu não sei, estou incrédula ainda — digo — Mesmo eu falando que não era o que ele estava pensando, que encontrei o Guga por acaso e nós dois começamos a conversar, ele ficou ali me acusando. Porra, Guga e eu crescemos juntos, brincamos na rua. Fizemos parte da infância um do outro, aí só porque o lindão lá tá de rolo comigo acha que eu não posso falar com ninguém? Ele que enfie um pau no cu dele — digo e vejo Analu sorrindo — Eu estou falando sério Ana Luíza, estou co
*Esse capitulo será narrado na terceira pessoa já que tem muito sentimentos envolvidos de todos*Boa leitura Capítulo em terceira pessoa.Analu correu para a casa de sua amiga, o desespero e ansiedade tomando conta do seu corpo todo. Pela fisionomia de Daniel, ela sabia que não havia acontecido coisa boa, e isso a deixou ainda mais aflita. O que poderia acontecer com Manu? Quem teria coragem de fazer algum mal aquela garota? Quando se aproximou da casa de Manu, Analu percebeu uma grande movimentação em frente, as pessoas conversavam entre si enquanto estavam com os braços cruzados. As sombras de duas pessoas conhecidas surgem, saindo da porta da frente, ela pode ver claramente Duda e Luan logo atrás. Ambos parecem bem atordoados, seus passos são largos e rápidos como se tivessem presa para ir em algum lugar.Eles perceberam a pequena mulher parada ali, olhando diretamente para eles. Duda sabia que Daniel não tinha contado nada, que apenas tinha falando o necessário, mas como contar
DanielQuando cheguei no lugar, os moleques já haviam amarrado Guga, ele estava no chão, ainda está desacordado. Fiquei andando de um lado para o outro a espera de Luan e Duda. Minha mente vaga pela cena que vi horas atrás, Manu com o rosto assustado e toda machucada... as mãos desse desgraçado apertando o braço dela enquanto tentava beijá-la.Conheço Manuela não é de hoje, desde que me lembro tenho essa menina ao meu lado, ela consegue ser um pouco irritante, mas é amiga, amável, leal. Todos gostam dela e quem não gosta é pura inveja. Isso não deveria acontecer com ela e nem ninguém, Guga sabe as regras do Morro, agora deve estar pronto para o que vier. Aos poucos começo a ouvir os gemidos de dor de Guga, volto e fico em sua frente. Ele luta para se levantar, então pego ele pela camisa e faço ficar sentado, ele novamente geme de dor e faz uma cara feia.— Chefe — sussurra — Me perdoa chefe. Me perdoe... — me olha e reviro a cara, não consigo nem encarar ele sem sentir vontade de soca
*Esse capitulo também será narrado na terceira pessoa já que há muito sentimentos envolvidos e é preciso uma visão mais ampla*Boa leitura Capítulo em terceira pessoa.Duda viu o dia amanhecendo, olhou fixo para o Sol enquanto apareciam os primeiros raios, em sua mente vinha apenas uma pessoa: Manuela. Como estaria? Conseguiu dormir? Ele queria muito ter aquelas respostas naquele momento, mas havia um serviço para acabar.— Duda, e agora? — Baiano chama atenção dele. Duda encara o corpo no chão e a única coisa que ele sente é nojo daquele ser, mas ele sabia que mesmo não tendo feito o mesmo que Guga, ainda não era melhor do que ele. Poderia sem dúvidas dizer que era pior. Ele sabia que se Manuela soubesse das coisas horrendas que havia feito, ela o odiaria para sempre, mas já nem ligava mais para nada.— Já abriram o buraco? — Duda perguntou para ninguém especifico. — Sim — Careca respondeu.— Tira o pau do cu dele, e levem ele pra lá — diz. Baiano vai em direção a Guga e puxa sem d
DanielJá se passaram alguns dias depois do que aconteceu com Manuela, mas o clima ainda está tenso. A tia Rebeca, mãe de Guga, vive atrás de mim querendo saber o que fizemos com o filho dela. Não a culpo, mãe é mãe, sei que ela não vai desistir disso tão cedo e é isso que me preocupa. — Ela já deve imaginar o que fizemos com aquele infeliz... — diz Baiano — Sem dúvida que ela vai querer o corpo dele — completa Noia — O chefe vai dar o corpo pra ela? — pergunta.— Não sei... É direito dela — digo me levantando — Vou dar um pulo em casa, qualquer coisa urgente me avise.— Tá ligado que a nossa encomenda tá pra chegar hoje, né? — pergunta Baiano e eu assinto.— Ah é chefe, temos que mandar as drogas e as armas para o complexo Alemão — diz Cabecinha.— Luan está responsável de fazer isso, acho que ele manda hoje ou amanhã, mas fale com ele — ele assente, então me retiro. Preciso ir em casa ver como minha mulher e meus filhos estão, mandei mensagem e nada de Analu responder. Como hoje é
AnaluQual a chance de Dan estar com ciúmes só por eu ter falado que iria chamar Danilo? Fico pensando nisso e acabo sorrindo sozinha, Daniel sendo Daniel, como sempre. Fico mexendo nas caixas e vejo os dois berços, o guarda roupa e a cômoda. Tudo comprado por eu e Dan, ficamos horas pesquisando os valores e por fim decidimos o que compraríamos. Daniel é a favor de cada um ter o seu quarto e eu sou contra, até porque não vou ficar correndo de um lado para o outro. Vai que os dois começam a chorar de uma só vez ou não conseguem dormir? Sem contar que não vejo problema de eles dividirem tudo, são pequenos. Quando estiverem maiores, aí sim, podemos coloca-los em quarto separados.— Cheguei — ouço a voz de Daniel, ele está com a camisa no ombro e logo vai até a caixa do berço.— Ta bem? — pergunto, mas ele responde sem me olhar — Estou — fico parada encarando o rapaz enquanto o mesmo sobe as escadas, não demora para voltar e se agachar para pegar a outra caixa.— Espera, dá pra olhar pra
— O que tu vai fazer? — pergunta Manuela. — Eu não sei — respondo enquanto cruzo as pernas e arrumo o travesseiro dela em minhas costas — A única coisa que eu sei é que não quero falar com meu pai — seu olhar permanece fixo em mim — As coisas que ele falou foram pesadas demais. Manu, desde o começo ele virou as costas para mim, não se importou e quando eu pensei que seria diferente, que voltaríamos a ser como era antes, ele vem e mostra que nada mudou, e só para ferrar ainda mais, fala aquelas merdas! — sinto vontade de chorar, mas seguro, as mãos quentes de Manu tocam as minhas.— O que Dan acha disso tudo? — respiro fundo ao lembrar do que ele fez de manhã.— Não contei... Daniel é um cuzão que acha que pode se estressar quando quer e na hora que quer! — vejo ela sorrindo de lado — O que foi? — Não vê que era só ciúmes? — diz achando a ceninha dele fofa.— Não ligo se foi apenas ciúmes, não se faz aquilo. Nós três ficamos sem jeito enquanto aquele cara de égua ficou parado se acha
2 meses depoisEntrei no 7° mês de gestação e posso dizer que estou extremamente ansiosa e nervosa para o nascimento dos gêmeos. Para ser sincera é nos momentos as sós com Liz e Arthur que me esqueço de todos os problemas lá fora. Já faz um tempo que eu fiquei sabendo da doença do meu pai e para ser sincera não há um dia que eu não sinta a dor. Não há uma manhã que eu não acorde com medo de não ouvir a voz dele pelo celular.Acabei contratando uma enfermeira, mas todos dias vou lá para ficar com ele a tarde toda. Voltamos a assistir nossos documentários favoritos, conversar sem parar, entre outras coisas. E antes que eu esqueça, meu pai comprou a saída da maternidade para Liz e Arthur e posso dizer que são lindas! A tia Gloria comprou a bolsa maternidade, que vem com três bolsas na cor branca e nas três tem o nome dos gêmeos.— Toma — Daniel me entrega uma sacola enquanto beija o topo da minha cabeça.— O que é isso? — pergunto sorrindo e ele senta ao meu lado na cama.— Presente. Par