*Esse capitulo também será narrado na terceira pessoa já que há muito sentimentos envolvidos e é preciso uma visão mais ampla*Boa leitura Capítulo em terceira pessoa.Duda viu o dia amanhecendo, olhou fixo para o Sol enquanto apareciam os primeiros raios, em sua mente vinha apenas uma pessoa: Manuela. Como estaria? Conseguiu dormir? Ele queria muito ter aquelas respostas naquele momento, mas havia um serviço para acabar.— Duda, e agora? — Baiano chama atenção dele. Duda encara o corpo no chão e a única coisa que ele sente é nojo daquele ser, mas ele sabia que mesmo não tendo feito o mesmo que Guga, ainda não era melhor do que ele. Poderia sem dúvidas dizer que era pior. Ele sabia que se Manuela soubesse das coisas horrendas que havia feito, ela o odiaria para sempre, mas já nem ligava mais para nada.— Já abriram o buraco? — Duda perguntou para ninguém especifico. — Sim — Careca respondeu.— Tira o pau do cu dele, e levem ele pra lá — diz. Baiano vai em direção a Guga e puxa sem d
DanielJá se passaram alguns dias depois do que aconteceu com Manuela, mas o clima ainda está tenso. A tia Rebeca, mãe de Guga, vive atrás de mim querendo saber o que fizemos com o filho dela. Não a culpo, mãe é mãe, sei que ela não vai desistir disso tão cedo e é isso que me preocupa. — Ela já deve imaginar o que fizemos com aquele infeliz... — diz Baiano — Sem dúvida que ela vai querer o corpo dele — completa Noia — O chefe vai dar o corpo pra ela? — pergunta.— Não sei... É direito dela — digo me levantando — Vou dar um pulo em casa, qualquer coisa urgente me avise.— Tá ligado que a nossa encomenda tá pra chegar hoje, né? — pergunta Baiano e eu assinto.— Ah é chefe, temos que mandar as drogas e as armas para o complexo Alemão — diz Cabecinha.— Luan está responsável de fazer isso, acho que ele manda hoje ou amanhã, mas fale com ele — ele assente, então me retiro. Preciso ir em casa ver como minha mulher e meus filhos estão, mandei mensagem e nada de Analu responder. Como hoje é
AnaluQual a chance de Dan estar com ciúmes só por eu ter falado que iria chamar Danilo? Fico pensando nisso e acabo sorrindo sozinha, Daniel sendo Daniel, como sempre. Fico mexendo nas caixas e vejo os dois berços, o guarda roupa e a cômoda. Tudo comprado por eu e Dan, ficamos horas pesquisando os valores e por fim decidimos o que compraríamos. Daniel é a favor de cada um ter o seu quarto e eu sou contra, até porque não vou ficar correndo de um lado para o outro. Vai que os dois começam a chorar de uma só vez ou não conseguem dormir? Sem contar que não vejo problema de eles dividirem tudo, são pequenos. Quando estiverem maiores, aí sim, podemos coloca-los em quarto separados.— Cheguei — ouço a voz de Daniel, ele está com a camisa no ombro e logo vai até a caixa do berço.— Ta bem? — pergunto, mas ele responde sem me olhar — Estou — fico parada encarando o rapaz enquanto o mesmo sobe as escadas, não demora para voltar e se agachar para pegar a outra caixa.— Espera, dá pra olhar pra
— O que tu vai fazer? — pergunta Manuela. — Eu não sei — respondo enquanto cruzo as pernas e arrumo o travesseiro dela em minhas costas — A única coisa que eu sei é que não quero falar com meu pai — seu olhar permanece fixo em mim — As coisas que ele falou foram pesadas demais. Manu, desde o começo ele virou as costas para mim, não se importou e quando eu pensei que seria diferente, que voltaríamos a ser como era antes, ele vem e mostra que nada mudou, e só para ferrar ainda mais, fala aquelas merdas! — sinto vontade de chorar, mas seguro, as mãos quentes de Manu tocam as minhas.— O que Dan acha disso tudo? — respiro fundo ao lembrar do que ele fez de manhã.— Não contei... Daniel é um cuzão que acha que pode se estressar quando quer e na hora que quer! — vejo ela sorrindo de lado — O que foi? — Não vê que era só ciúmes? — diz achando a ceninha dele fofa.— Não ligo se foi apenas ciúmes, não se faz aquilo. Nós três ficamos sem jeito enquanto aquele cara de égua ficou parado se acha
2 meses depoisEntrei no 7° mês de gestação e posso dizer que estou extremamente ansiosa e nervosa para o nascimento dos gêmeos. Para ser sincera é nos momentos as sós com Liz e Arthur que me esqueço de todos os problemas lá fora. Já faz um tempo que eu fiquei sabendo da doença do meu pai e para ser sincera não há um dia que eu não sinta a dor. Não há uma manhã que eu não acorde com medo de não ouvir a voz dele pelo celular.Acabei contratando uma enfermeira, mas todos dias vou lá para ficar com ele a tarde toda. Voltamos a assistir nossos documentários favoritos, conversar sem parar, entre outras coisas. E antes que eu esqueça, meu pai comprou a saída da maternidade para Liz e Arthur e posso dizer que são lindas! A tia Gloria comprou a bolsa maternidade, que vem com três bolsas na cor branca e nas três tem o nome dos gêmeos.— Toma — Daniel me entrega uma sacola enquanto beija o topo da minha cabeça.— O que é isso? — pergunto sorrindo e ele senta ao meu lado na cama.— Presente. Par
Dei entrada no hospital respirando fundo por conta da dor. Meus passos devagar e sem tirar as mãos das costas. Eu sabia que iria doer, mas não sabia que seria tanto. Daniel segura minha mão enquanto Manu corre para a recepção.— Tem uma mulher grávida de sete meses e parece que ela entrou em trabalho de parto! — diz rapidamente e a enfermeira me olha e logo desvia.— Ela estava fazendo o acompanhamento aqui? — pergunta calmamente.— Estava, desde do início...— Nome da Dra.? — nesse momento Manuela me olha.— Com a Dra. Kaline — digo por fim — Estou grávida de gêmeos e ela me avisou que isso poderia acontecer, então pediu para que eu ligasse pra ela, deve estar chegando.— Hum... Só um momento — diz virando as costas, me seno na cadeira e logo percebo algumas pessoas me olhando, mas ignorei. Daniel fica em pé do meu lado e logo percebo a falta de paciência que Manuela está ao ver a enfermeira parada com a mão nas costas conversando com outra mulher. Sinto outra contração e tento engol
Sejam bem - vindos ao mundo meus bebês Dois enfermeiros me colocaram em uma cadeira de rodas e me levaram para a sala, Daniel não poderia ficar lá dentro, mas poderia assistir tudo por um vidro que ficaria atrás de mim. Eu o queria ao meu lado, mas agora meu foco deve ser meus filhos que irão nascer logo, logo. eu os verei hoje e isso não tem preço. Entro na sala e logo vejo o pessoal se preparando para fazer o parto, pelo canto dos olhos noto uma enfermeira, que está com uma agulha longa e só de pensar que ali está meu remédio para toda a dor que estou sentindo me deixa muito feliz. Vejo ela se aproximando.— Mãe, você não pode mexer, certo? — diz e concordo. Sinto um dos enfermeiros colocando o peso dele nas minhas costas para me impedir de mexer, isso faz com que minha dor aumente, mas nem sinto quando a agulha entra. Eles me colocam na cama e em segundos não sinto mais nenhuma dor. Um pano é erguido em minha frente e ouço os profissionais conversando entre sim. Sinto uma pressão
DanielJá faz quase duas semanas que vi meus filhos pela primeira vez e posso dizer que foi a melhor experiência que eu poderia ter em minha vida, talvez é algo que eu queira repetir novamente, mas não posso deixar Analu saber disso, caso contrário ela vai mandar eu pari meus filhos pelo cu novamente. Em menos de duas semanas tudo isso me fez tão feliz que eu pensei que iria infartar. Ver ela amamentando os bebês, ouvir os choros agudos e finos e vê-los se mexendo, é a melhor sensação, mesmo que eles durmam mais do que fiquem acordados. Posso contar também que a experiência de trocar fraldas foi incrível e que Arthur Levi é o único cara que pode mijar no meu rosto, isso me faz pensar em outra coisa, como dois seres tão pequenos podem cagar tanto?Fico chocado a cada dia que passa. Já dei banho neles também, e Analu não saiu do meu lado, segunda ela do jeito que eu tenho a mão pesada poderia afoga-los eles facilmente.— Acho que eles se parecem comigo — digo olhando para Liz e Arthur,