Theo sentou puxando Maysa para seu lado e passou o braço pelo seu ombro.- Devia ter trago a mamãe.- Ela está em uma convenção na Europa. Volta em uns vinte dias.- Eu vou subir e tomar um banho antes do jantar.- Vai lá vida.Theo deu um selinho nela que ficou vermelha na hora.- Com licença Sr Montenegro.- Me chama de kalel Maysa.- Tudo bem. Sr kalel. Com licença.Maysa subiu as escadas com as pernas bambas. Ao mesmo tempo pensando em como era bonito e elegante seu sogro e Theo era a cara dele.Tomou um rápido banho e saiu enrolada na toalha. Quase gritou ao ser envolvida pelos longos braços de Theo.- Quer me matar de susto?- Está assustada por que? Esse é o nosso quarto, quem mais poderia ser?- Eu estava distraída.- Eu vejo. Está nervosa?- Muito!- Relaxa, ele não morde.- E se ele não gostar de mim? Se não achar que sou apropriada para você?- Vida ele já gostou de você.- Como sabe?- Me mandou subir e te acalmar.- Sério?- Sim, acho que ele quer que eu faça amor com voc
Nem ela sabia porque, mas odiova quando se referia a ela como sua mulher.- Não? O que você é então?A porta se abriu e Kalel entrou." Nossa! Por pouco ele não pega a gente aos beijos"- Sr Montenegro como está?- Bem, e por aqui está tudo bem?- Tudo Perfeito. Theo se for só isso já vou indo.Lançou um olhar feio para ele antes de se retirarKalel veio a Chicago preocupado com a segurança do filho. O pedido para enviar os homens de Hudd o deixou alerta. Por fim compreendeu que a preocupação de Theo era Maysa, a mulher por quem se apaixonou.No entanto ficou satisfeito com a preocupação do filho, no passado tanto sua mãe como Anna ( O Dilema de Anna), foram salvas pelos homens de Bem e Jeff Hudd. Os irmãos realmente eram destaques na proteção de pessoas.Mas, todos na empresa estava apavorada com sua chegada, já que raramente aparecia depois de abrir a sede em NY. Como já havia cumprindo seu intento era hora de voltar para NY..- Theo retorno amanhã para NY. Quero ter um tempo livre
Maysa Arregalou os olhos, fora da empresa estavam constantemente juntos. Às vezes ele tinha um jantar ou reunião mais tarde, mas fora isso estava sempre com ela. O que ele queria dizer com tão pouco tempo?- Eu não quero que você me dê dinheiro, eu quero ganhar o meu. Você não entende.- Vida você tem noção de quantas mulheres querem estar no seu lugar? Se fosse qualquer outra, não ficaria com um centavo na carteira. E você recusando mixaria?- Já que gosta tanto, corre atrás delas.- Quem disse que gosto? Eu corro delas.- Mas insiste que eu me comporte como elas.- Querida você sempre entende errado. É exatamente por ser o oposto que te amo tanto.- Deixa pra lá. Mas vou arrumar alguma coisa.- Não vai não vida. Por mim você só trabalharia para me satisfazer.- Contrata uma puta, elas interpretam o que você quiser.Magoada ela subiu para o quarto e não jantou.- Vem vida, o jantar vai esfriar.- Pode jantar. Eu perdi o apetite.- Maysa a gente vai brigar por um assunto tão pequeno?
Não levou um minuto para ela responder. - Sim? Você disse sim? Ele não acreditou, seu coração batia descompassado e o ar não saiu dos pulmões. - Eu disse sim. Mas não pode ser na sua casa, nem na minha. Ela tinha medo de passar a noite com ele e fraquejar. - Vou te levar para jantar. Te espero no estacionamento. - Não, marque o local e eu te encontro. - Vida, te pegar é mais rápido. - Vou em casa me trocar. Não quero ir com o uniforme de trabalho no nosso primeiro encontro. "nosso primeiro encontro" essas palavras ecoavam em sua cabeça. Só agora se deu conta de que estavam juntos a mais de três meses e nunca tiveram um encontro. Poucas vezes sairam juntos. Eles nunca foram ao teatro, cinema ou simplesmente caminhar pelas ruas de mãos dadas. Mas não queria perder tempo, então perguntou com medo da resposta. - Posso mandar o Duarte te buscar? - Sim. Mas peça para ele não parar na porta da Lamarctec. - Ótimo, ele te pega em frente ao café. - Combinado. Theo
Como namorados normais iam ao cinema ou simplesmente sentavam a beira do Michigan e curtiam a paisagem. Mas sempre dormiam juntos em um hotel ou até mesmo na casa de Theo. O relacionamento amadureceu muito aos olhos de Maysa. Era noite de sexta-feira e o restaurante estava lotado. - Nossa, hoje não vamos para casa tão cedo. Liene falou com Maysa - Hoje está mais cheio que o normal. - Nossa Maysa você deve estar cansada, dois trabalhos e demais não? - Um pouco, mas vale a pena. Amanhã posso dormir até tarde. - A Lamarctec paga bem, porque tem que se matar de trabalhar? - E uma longa história. Um dia te conto. Maysa foi levar os pedidos que sairam e só parou quando fechou. Eram duas e dez da madrugada quando chegou em casa e levou o maior susto quando seu braço foi agarrado. - Aí! Quando se virou deu de cara com Theo que soltava fogo pelos olhos. - Onde você estava Maysa? - Me solta Theo, está doendo. Ele não soltou, a empurrou para dentro e bateu a porta.
Olhando por esse lado, ela até viu uma certa lógica. Mas não se convenceu. Era melhor não se iludir. - A gente é mulher Maysa. Eles acham que tem que nos proteger. Então aceita e pronto. - Eu não sei se quero pegar o preço. Nada é de graça. - Theo tem uma visão diferente. Ele não vai te forçar a nada. - Ele já me forçou, e muito. "Será que ela não escutou nada do que eu disse?" - Ele te coagiu é diferente. Senão porque estaria sofrendo por você? - Talvez porque esteja com a consciência pesada. Desde que ele me fez abrir os pontos, cismou que é responsável por mim. - Vocês precisam conversar muito. Só assim acertarão o relacionamento de vocês. - Por isso eu insisti em voltar para minha casa. Se ele ver que estou bem, o interesse passa. Vai passar quando ele parar de sentir que me deve alguma coisa. - Eu não estou ouvindo isso. É sério que você pensa assim? - Eu não sei mais o que pensar, nem quero mais. Eu preciso seguir em frente. De qualquer forma, ontem foi o f
A cabeça dele que já estava doendo, agora latejava com vontade, tamanha era a tensão que sentia. - Eu a amo mais que tudo, mamãe! - Ama mas a ataca gratuitamente sempre que tem oportunidade. Você é um completo idiota! E vou te avisar só uma vez, se você enfiar a cara na bebida outra vez, vai ter consequências sérias. - Desculpa mamãe. - Não é comigo que tem que se desculpar. E sabe muito bem disso. - Ela não vai me escutar. Ele massageava a testa cansado. - Aí o problema é seu. Se ela não te perdoar, pode fazer as malas e voltar para NY. - Mamãe! - Estou falando sério Theo. Theo tinha um respeito profundo por sua mãe. Desde pequeno o pai sempre afirmou que era ela quem mandava, e quem via a delicada e simpática mulher, não sabia como ela tinha mãos de ferro. - E é só o começo Theo. Se vocês não se acertarem, não têm a mínima condição de trabalharem juntos. Não sou covarde para demitir uma mulher esforçada para te proteger. Você tem um mês para resolver esse problema. Theo
Por fim colocou um vestido lilás decorado com pequenas flores acima do busto, fez um coque firme nos cabelos e uma leve maquiagem. - Está muito bonita Maysa. - Obrigada Sra Montenegro. A senhora está deslumbrante, então não sabia o que vestir. - Querida, na sua idade qualquer coisa cai bem. O estilo casual fica bem em você. Maysa não seguia moda, suas roupas eram compradas de forma bem básica. Ela não tinha a mínima condição de trocar as roupas a cada estação e para o trabalho, usava uniformes. Também quase não sai de casa. Sua vida antes da mãe adoecer era escola e trabalho. As vezes saia como Donna Carter, mas a amiga foi estudar no exterior e elas às vezes se falavam por telefone e nada mais. Depois que Mariza adoeceu, o dinheiro não sobrava para nada e Maysa vivia com ela no hospital, então havia mais de um ano que não comprava roupas. Como emagreceu muito, suas roupas estão largas e nada adequadas. Mas ainda tinha que superar as dívidas para então poder comprar roupas. Lui