Olhando por esse lado, ela até viu uma certa lógica. Mas não se convenceu. Era melhor não se iludir. - A gente é mulher Maysa. Eles acham que tem que nos proteger. Então aceita e pronto. - Eu não sei se quero pegar o preço. Nada é de graça. - Theo tem uma visão diferente. Ele não vai te forçar a nada. - Ele já me forçou, e muito. "Será que ela não escutou nada do que eu disse?" - Ele te coagiu é diferente. Senão porque estaria sofrendo por você? - Talvez porque esteja com a consciência pesada. Desde que ele me fez abrir os pontos, cismou que é responsável por mim. - Vocês precisam conversar muito. Só assim acertarão o relacionamento de vocês. - Por isso eu insisti em voltar para minha casa. Se ele ver que estou bem, o interesse passa. Vai passar quando ele parar de sentir que me deve alguma coisa. - Eu não estou ouvindo isso. É sério que você pensa assim? - Eu não sei mais o que pensar, nem quero mais. Eu preciso seguir em frente. De qualquer forma, ontem foi o f
A cabeça dele que já estava doendo, agora latejava com vontade, tamanha era a tensão que sentia. - Eu a amo mais que tudo, mamãe! - Ama mas a ataca gratuitamente sempre que tem oportunidade. Você é um completo idiota! E vou te avisar só uma vez, se você enfiar a cara na bebida outra vez, vai ter consequências sérias. - Desculpa mamãe. - Não é comigo que tem que se desculpar. E sabe muito bem disso. - Ela não vai me escutar. Ele massageava a testa cansado. - Aí o problema é seu. Se ela não te perdoar, pode fazer as malas e voltar para NY. - Mamãe! - Estou falando sério Theo. Theo tinha um respeito profundo por sua mãe. Desde pequeno o pai sempre afirmou que era ela quem mandava, e quem via a delicada e simpática mulher, não sabia como ela tinha mãos de ferro. - E é só o começo Theo. Se vocês não se acertarem, não têm a mínima condição de trabalharem juntos. Não sou covarde para demitir uma mulher esforçada para te proteger. Você tem um mês para resolver esse problema. Theo
Por fim colocou um vestido lilás decorado com pequenas flores acima do busto, fez um coque firme nos cabelos e uma leve maquiagem. - Está muito bonita Maysa. - Obrigada Sra Montenegro. A senhora está deslumbrante, então não sabia o que vestir. - Querida, na sua idade qualquer coisa cai bem. O estilo casual fica bem em você. Maysa não seguia moda, suas roupas eram compradas de forma bem básica. Ela não tinha a mínima condição de trocar as roupas a cada estação e para o trabalho, usava uniformes. Também quase não sai de casa. Sua vida antes da mãe adoecer era escola e trabalho. As vezes saia como Donna Carter, mas a amiga foi estudar no exterior e elas às vezes se falavam por telefone e nada mais. Depois que Mariza adoeceu, o dinheiro não sobrava para nada e Maysa vivia com ela no hospital, então havia mais de um ano que não comprava roupas. Como emagreceu muito, suas roupas estão largas e nada adequadas. Mas ainda tinha que superar as dívidas para então poder comprar roupas. Lui
Quando saíram da loja, a vendedora as acompanhou sorridente até o carro. Afinal sua comissão deveria ser bem gorda.- Sra. Montenegro, muito obrigada por dar a preferência a nossa loja. Eu espero que sua filha goste.Maysa ainda viu Luiza abrir a carteira e dar uma boa gorjeta à moça que sorria de orelha a orelha."Nossa! Eles gastam dinheiro igual água" Maysa pensou.Ela nem viu o valor da compra, mas imaginou que era uma pequena fortuna.- Sra. Montenegro, eu preciso ir. Tenho que ir trabalhar.- Já entrei em contato com o restaurante, você já está liberada. Então passarei mais tempo com você.- Mas como? Quando a Sra ligou?Ela estava praticamente todo tempo com Luiza e em nenhum momento a viu pegar no telefone.- Liguei para meu assistente enquanto você estava experimentando as roupas. Pedi para ele resolver.Maysa ficou sem palavras.No fundo estava incomodada, o comportamento da mãe não era muito diferente do filho. Seu humor caiu bastante.- Não fique com raiva, eu tenho pouco
Seus olhos se encontram, ambos com o coração acelerado, nenhum dos dois desvia e não falam por um tempo. - Vida! Ele rompe o silêncio, sua boca está seca, o corpo tenso com medo de ser recusado, tudo que quer é segurá-la em seus braços. - O que faz aqui Theo? - Vida me perdoe! - Eu estou cansada Theo! Já perdi as contas de quantas vezes se desculpou. - Eu sei vida! Te amo tanto e tenho medo de te perder. Sou um idiota, nenhuma mulher mexeu comigo como você, a ideia de outro homem te olhando, te tocando me deixa louco. Maysa está muito magoada. - Você me agride sem nenhum motivo, me envergonha em público e não me respeita. Me trata como uma qualquer. - Sei que errei, me perdoa vida, te amo tanto que estou ficando maluco. Penso em você o tempo todo e isso me assusta. Tenho tanto medo que você me deixe e acabo me descontrolando. - Eu não estou pronta para isso. Antes de começar a te namorar eu já estava determinada a te esquecer. - Vida você me ama? - Desde o dia em que te vi
a mãe é incrível!Em um piscar de olhos setembro chegou. Theo e Maysa acabaram de chegar em NY.- Nossa! NY e linda.Maysa disse admirando a cidade ao descer no aeroporto.- Vamos dar um passeio pela cidade depois do casamento.O casal tirou uma semana para descansar em NY e Theo estava doido para mostrar tudo a ela.O casamento era em Boston, mas Theo quis passar por NY e ir junto com os pais.- Maysa, Theo.Luiza em um elegante terno os esperava na saída do aeroporto.Ao ver a mãe sair do carro, Theo conduz Maysa diretamente para lá.- Mamãe você veio.- Claro, estou morrendo de saudades de vocês.Luiza abraçou os dois com muita satisfação.- Como foi a viagem minha querida?- Ótima Sra Montenegro. E a Sra como está?- Estou ótima! Agora que já é praticamente da família, para de me chamar de Sra Montenegro. Luiza está ótimo.- Obrigada sogrinha.- Adorei o sogrinha.- Pode chamar de mãe se quiser. Mamãe vai adorar.- Mamãe também é bom, de certa forma é o que serei para você.- Obr
Ao saírem do elevador, a assistente já estava avisando Kalel da presença delas. - Olá Sra, Srta Montenegro, bem vindas. - Oi Mary. Essa é minha nora, Maysa Richat. - Prazer Srta Richat, Bem vinda a Lamartec. Ser apresentada como nora, soou estranho para ela. Também era desconfortável, na sede de Chicago, ninguém sabe de seu envolvimento com o patrão. Kalel e Theo saem e seus olhos brilham. - Vida você está um arraso vida. - Não mais que minha rainha. - As três estão um espetáculo. Theo passou o braço pela cintura de Maysa e Theodora. Luiza estava abrigada nos braços de Kalel. - Papai, vamos ter que reforçar a segurança. - Com certeza. - Seus exagerados. - Luiza refutou. - Mary pede um café para nós. Em seguida entraram no escritório de Kalel. A Lamarctec em Nova York era dez vezes maior que a sede de Chicago e Maysa ficou admirada com sua estrutura. Theodora a acompanhou pela empresa e falava apaixonada com a produção dos equipamentos de segurança e os dispositivos de a
- Lulu que bom te ver. - Molly quando chegou? - Um pouco antes dos noivos entrarem. Vinny teve um compromisso, então só chegamos hoje. - Molly, Vinny está é minha nora. - Que linda! Parabéns Theo. - Obrigado tia. A Sra também está arrasando. Tio Vinny que bom que pode vir. - Foi por pouco. - E a Ellen não veio? - Não deu para ela vir, tem exames na faculdade. - É uma pena. Queria Apresentar a Maysa a ela. Eram dois espaços distintos. Em um estava o buffet no outro a pista de dança e o Bar. Ambos davam para um enorme jardim de onde podia apreciar a beleza parte da cidade. - O que achou vida ? - Tudo muito lindo. - Já vai pensando no nosso. Tem que ficar mais lindo ainda. Ela se inclinou e disse baixo. - Não sei se vou conseguir. Nunca planejei uma festa e nunca frequentei ambientes tão requintados. - Tenho certeza que mamãe ficaria feliz em te ajudar. Não tem como que se preocupar. - Ajudar em que? Luiza olhou assim que foi mencionada. - Planejar o nosso casamento.