-E então, Maya, o que você vai fazer a partir de agora? perguntou-lhe Verônica- ambas na garagem da casa, escondidas e escoradas por detrás dos carros -já era noite e as luzes estavam acessas- não que para Maya fizesse diferença entre a claridade da luz ou não.
-Eu não entendo muito de‘gestação vampírica’ -fez aspas no ar com os seus dedos – mas o que observei na de Soraia é que acontece rápido. O que é muito bom para os meus planos. -Maya, Maya –exasperou Verônica, afinal ela conhecia muito bem aquele brilho hostil nos olhos da amiga.O pai desse bebê fora um fraco, diria até sentimental em relação a tudo o que envolvia Soraia, mas ele–passou as mãos pela leve saliência em sua barriga -não será. Eu não permitirei.-Cuidado, minha amiga, Soraia também pode estar esperando um filho de Augusto, e ao que tudo indicou e indica, ele mata qualquer um que encostar em Soraia, o que dirá num filhodele –atestou Verônica sentindo até um pouquinho de inveja de Soraia, pois dos três namorados que já tivera nos seus ZZ anos de vida, nenhum deles sequer levantara um dedo para defendê-la, ao contrário de Augusto que parece querer dar a vida por ela.Verônica jamais admitiria isso para Maya – nem agora, nem antes e, talvez, nunca – pois cada vez que a amiga ouvia algo sobre Soraia ela parecia querer arrancar o coração dela comsuas próprias mãos.Maya encarava Verônica que nem percebera e, não gostara nenhum pouco do que via.-Eu não admito traições Verônica, principalmente daquela que considero como irmã-as palavras de Maya causaram calafrios na espinha de Verônica que disfarçou com – a última coisa que farei é trair nossa amizade.Maya assentiu.-Sinceramente, eu espero que seja assim. Mas voltando ao nosso assunto...- Verônica sufocou um suspiro de alívio enquanto Maya dizia algo sobre seu filho ser treinado para matar todos os traidores que a cercam e,principalmente aqueles que se aliaram a Soraia.-No que você se transformou Maya-pensou Verônica consigo ao ouvir as barbares que sua amiga dizia.Palaços
Matteo encontra-se na biblioteca do castelo, folheando um antigo livro de couro vermelho com trancas de ouro e uma moldura de foto no centro de capa cujo o rosto era o de suamulher Eliza com um coque de cachos e um sorriso radiante.-Sinto saudades – murmurou Matteo ao tocar a foto como assim pudesse tocar a maciez da pele dela.A biblioteca toda em madeira e ferro polido era um silêncio sepulcral, um vento leve balançava as longas cortinas de musselina branca com desenhos em dourado e prateado. Sobre a mesa de madeira, pilhas e pilhas de livros- e nas mãos de Matteo outro que retirava da estante que ia do chão ao teto nas quatro paredes-procurando relatos ou qualquer pista á respeito das várias mortes que vinham acontecendo nos últimos meses. Não mortes quaisquer, parecia que o mundo resolvera entrar em colapso e as pessoas simplesmente não morriam mais de causas naturais ou doenças, e sim, somente pelas mãos de seus próprios e das crias da noite.Noite passada.
Um grupo de jovens saia de um clube de festas na piscina, afinal as noites estavam mais longas e mais quentes- atraindo turistas para as piscinas luxuosas e exóticas. Entre conversas e risadas, elas se dirigiam a Praça de Pandora que a noite é iluminada não só pelo brilho da lua que aos atingir os ladrilhos rosa alaranjados dá um toque sensual e mítico e visível como
também por luminárias de ouro que mais parecem velas no chão.Uma surpresa encontraram ao dobrarem a rua de acesso a Praça, um vulto surgiu do nada em seus caminhos e as fizeram parar abruptamente.-Mas o que é isso?!-Ficou louca mulher?!A mulher em questão vestia um longo vestido branco e tão igualmente longo como o seu cabelo negro. Mas o que lhes impressionara fora os seus olhos de um lilás tão vivo e rarocomo nunca visto.-Você está bem?-perguntou uma das garotas ao olhar desconfiada para aquela garota confusa e bem estranha. A mulher lhes dera um sorris diabólico -vocês é que não ficaram-e os atacou com uma bola de fogo como se fosse um dragão a cuspir fogo- enquanto as garotas gritavam, corriam e tentavam apagar aquelas chamas que as consumiam em agonia.A mulher ria, mas quando as luzes da casa ao redor começaram a serem acessas por causa da gritaria e balburid, ela simplesmente sumira nas sombras da noite.Nesse momento algo prendeu a atenção de Matteo no livro que pegara- já nem sabia quantos lera naquela noite- e exclamou:-Então é isso- com ênfase no ‘isso’ao ver os desenhos nas duas folhas do livro que contava a história das mulheres conhecidas como ‘xamãs dragão’ que matavam pessoas por prazer esacrifício em nome de um deus xamanista para que fertilizasse em seus ventres somente filhas, pois se por ventura viesse a nascer de uma união um menino, esta mulher seria tida como traidora- mulher xamã que se entregasse a um homem- os três seriam sacrificados em rituais do deus pagão.Contasse ainda para horror de Matteo que tinha sua mente tomada por cenas de horror- que aquelas que quisessem abandonar o clã para viver com humanos seriam queimadas vivas em seu próprio fogo- bem como o homem por quem trocaram o clã. Jamais alguma fora presa, mas sabe-se que quando se encontra um corpo queimado é sinal de que alguma xamãdragão está por perto.Matteo fechou o livro com um estrondo e suspirou:-Por Deus, uma xamã dragão em Palaços.-Barton- chamou seu guardião pessoal e amigo de confiança que estava de prontidão á porta e entrou assim que fora chamado.-Sim, meu senhor- dissera com sua voz baixa e grave que faz jus ao seu porte de guerreiro.-Convoque uma reunião de emergência no salão dos guardiões.-Algum problema? - somente Barton dentre todos os guardiões tinha esse direito para com o Guardião.-Não se preocupe, meu amigo-Matteo aproximou-se e deulhe um tapinha no ombro- creio que acabei de encontrar a solução.Barton assentiu em concordância e saiu para acatar as ordens de seu senhor.Pouco tempo depois, o salão dos guardiões que era tomado por cadeiras dispostas ao longo das janelas altas- todas cobertas por longas cortinas de chifon vermelho-no momentoabertas para a entrada do sol que se irradiava no chão enfeitado por tapetes de veludo negro como uma passarelano teto, um único lustre gigante de cristal com correntes.No topo de uma escadaria de três andares, uma cadeira alta e estofada de vermelho com um longo tecido vermelho se estendendo de seu espaldar até o chão em ondas.Ali Matteo encontrava-se sentado, altivo, olhando para os guardiões á sua frente, esperando por sua voz. -Tenho certeza de que todos estão cientes dos recentes assassinatosocorridos em Palaços um burburinho elevou-se em concordância - e agora, venho a vocês, dizer-lhes quem é o culpado.A tensão ficou palpável no recinto, olhares assombrados se colidiam, visto que Matteo ainda nem falara de quem se tratava, mas alguns já desconfiavam.-Por favor, diga-nos, de quem se trata?-pediu-lhe uma das guardiãs á frente dando voz aos demais. Matteo suspirou, cruzou as mãos em seu colo e encarou a todos ao dizer:-Cavalheiros e Damas, temos uma xamã dragão em Palaços.O silêncio caiu como uma bomba no salão;corações batiam acelerados, respirações e gestos quase mortos e olhares preocupados se encontravam, bem como um retumbar de tambor em câmera lenta lhes cercando. Poucos foram os que sobreviveram a última guerra contra um grupo de xamãs dragão e ainda carregavam cicatrizes não só físicas como psicológicas.64 anos antes.
O ano é 2012 e o mundo vive uma grande guerra entre xamãs dragão e guardiões, e assim como Lacrimal city é o berço de lutas sangrentas entre vampiros e lobos, Palaços detêm o auge das xamãs e suas destruições.
Matteo está no auge de seus Z5 anos já como um Guardião Supremo- sua máxima conduta assim entre os membros da Ordem o fizeram assim- junto com seus protetores e guardiõesestá disposto a dar um fim a essa guerra.Matteo está a frente de todos com seus cabelos negros como a noite em perfeito contraste com sua pele branca como leite, feições suaves e belos olhos azuis, está firme e severo em frente do grupo das xamãs.Era madrugada e o céu estava encoberto e chovia muito, mas parecia ser fraca demais para conseguir deter as labaredas e bolas de fogo que as xamãs lançavam contra os guardiões e acabavam destruindo árvores, cabanas na floresta e monumentos religiosos.A linha imaginária que os separava se rompeu e ambos correram e se atacaram com as armas que possuíam. Bolas de fogo e luzes incandescentes brilhavam por entre as árvores emchamas junto a gritos de guardiões pegando fogo.O massacre fora inevitável para ambos os lados, o horror da cena era surreal; mutilações, o cheiro horrível de pele, sangue, carne e ossos queimados e/ou o cheiro rascante da carne dasxamãs dragão no ar livre.-Desistam da matança e vivam em paz conosco ou irão morrer tentando. O que escolhem?- propôs Matteo com uma adaga em ouro e bronze trabalhado com a lâmina escorrendo sangue, bem como seus ferimentos na têmpora direita e no lábio e várias lacerações nos punhos e mãos também chamuscadas. Como resposta a sua pergunta, as xamãs dragão formaram um círculo em volta daquela que seria a líder e todas ao mesmo tempo, soltaram uma única bola de fogo que colidiu com ocorpo da líder e tudo explodiu num enorme clarão, fazendo com que os guardiões se cobrissem com os seus mantos vermelhos de tecido especial.As risadas delas ecoaram pelo ar, e qquando eles abaixaram o manto da frente de seusrostos, viram somente um círculo de cinzas na terra e nenhum sinal das rivais.Mas o que houve? Para onde elas foram? Será que acabou?Matteo abriu os olhos, estivera vivenciando junto a outros, aquele momento, pedindo aDeus que ele jamais retornasse de novo, mas infelizmente irão ter de vivencia-lo- e com muitoesforço - vencê-lo.Um prédio alto e amplo com várias construções o cercando e instalações com o que há de mais moderno estão totalmente iluminadas por luzes azul neon; e nos saguões e jardins a grande movimentação de guardas de elite protegendo o que ainda ninguém sabe o que há por
ali.Nos corredores tomados por salas, ambos iluminados, e esterminadores transitando ali e aqui, de sala em sala sempre armados- facas com lâminas de prata, metralhadoras de raiolaser, mesmas usadas pela polícia, revólveres e granadas de nitrato de prata- e, é claro, todos possuem treinamento de guerra e luta.Neste momento, Isca estava em sua sala particular onde havia estantes de vidro e armários de metal, ambos entulhados de papéis e livros de pesquisa junto a mapas, fotos e pastas pretas, tudo com informações e registros secretos de suas ações.Isca encontrava-se sentado, com os pés sobre a mesa onde havia um caderno,algumas canetas espalhadas junto a papéis escritos e alguns em branco e no canto da mesa, umporta-retrato de vidro marchetado que ele estava olhando a foto de sua filha Asdria, uma linda moça de cabelos negros e olhos lilás claros a lhe sorrir, enquanto Isca falava ao telefone com aquela voz misteriosa. -E então, está bem acomodado? -perguntara a voz grossa do outro lado da linha.Isca sorriu.-É claro- dissera- melhor do que em minha casa.-E o que pretende fazer de agora em diante com relação aquele nosso assunto? - perguntou com ênfase no ‘nosso assunto’ se referindo aos exterminadores matarem os lobisomens evampiros.-Primeiro, preciso conhecer o território e seus habitantes, principalmente, os mais fortes dentre eles- murmurou ao pegar o porta-retrato e acariciar o rosto da filha ali – depois,eu penso nas piores maneiras de acabar com eles. Ambos riram.-O que você me diria se eu lhe dissesse que no próximo domingo a cidade toda- ênfase no ‘toda’ para dizer que vampiros e lobisomens estariam juntos aos humanos no mesmolugar- no Palácio do Congresso para homenagearem o antigo prefeito da cidade?Isca riu de maneira bem tangível.-Eu lhe diria que devo ir ás compras para um evento público. Quase dava para ver o sorriso malicioso daquela voz misteriosa do outro lado da linha ao dizer- nos veremos lá- e desligouantes de Isca rosnar.-Com certeza.Sua filha curiosa como estava para conhecer a cidade e seus habitantes tanto humanos como vampiros e lobisomens iria adorar.Desde pequena sempre for a apaixonada por esse lado sobrenatural do mundo, e agora, com certeza, iria rir á toa.Asdria- era assim que se chamava sua filha, parecia uma boneca de porcelana; pele branca como leite, olhos grandes de cor lilás claro, lábios rubros e cheios, bochechas salientes e rosadas e os cabelos dançando em seu rosto que brilhava ao contemplarem o céu estrelado e a bela lua nova do jardim de pedra.-Filha- a voz estridente, porém doce, Asdria é a única pessoa que pode se vangloriar de ouvir a doçura da voz de seu pai, pois para qualquer outro a voz é outra, e nada comparada. -Oi, pailhe sorriu ao vir ao seu encontro e dar um beijo e um abraço e receber outro.-Eu tenho uma notícia que vai te agradar muito- dissera.-E o que é?- perguntou curiosa com olhos e sorriso brilhando para o pai que lhe acarinhou o rosto.-No próximo domingo iremos a um evento no Palácio do Congresso onde todos- eu disse- ‘todos’estarão reunidos.Asdria ficou de olhos e boca e ouvidos bem abertos.-Humanos, lobos e vampiros juntos?!Isca assentiu.Pobre Asdria vivendo em ilusões, pois nem desconfiava de que seu pai sempre mentira sobre seu‘emprego’, sempre dissera- filha, sou um agente secreto á serviço do povo, jamaisfui assassino.Certa vez, sua filha o flagrara lavando as mãos e o rosto sujos de sangue, e ele dissera- as vezes, tenho de brigar para não morrer, mas só os prendo ao final- e desde este episódio,Asdria ficara com aquela pulguinha atrás da orelha, mas nunca o questionara, afinal era seu pai e mãe desde que sua mãe falecera de câncer.-E o que o senhor está esperando para me dar os cartões de crédito?-perguntou sorrindo como uma criança quando acaba de ganhar um brinquedo novo, seu pai apenas franziua tez, se preparando mental e fisicamente para uma tarde agitada, pois bem sabia sua filha gosta de ‘bater perna’ nos shoppings.Isca até poderia m****r um de seus homens de confiança, mas sempre que se tratava de segurança de sua filha só confiava em si mesmo.-Pai? O senhor ainda tá ai?- chamou-lhe Asdria com a sobrancelha arqueada o encarando.-Só estou me preparando para uma longa tarde- admitiu.Asdria cruzou os braços e retrucou.-O senhor bem sabe que não precisa ir. -E a senhora sabe que se eu não for, você também não vai. Asdria bufou e calou-se. -Está bem, meu filho, tenham cuidado- dissera Sheila com o celular ao ouvido, despedindo-se do filho que lhe dissera que ao amanhecer estariam chegando em casa. -E então?- perguntou Miranda assim que Sheila guardara o celular no bolso da jaqueta, a algumas horas atrás sentia um aperto no peito e, quando isso acontecia era sinal de que Soraia estava em perigo e/ou usando seus poderes. -Estão todos bem, e provavelmente ao amanhecer já estarão em casa- dissera- e quanto ao seu mal estar, fora porque eles foram atacados por uma matilha de lobisomens nômades. -Ainda bem- suspirou e Sheila a inquiriu com o olhar- eu não irei ser hipócrita, ainda bem para mim, pois cada vez que Soraia usa seus poderes ela fica mais forte e e
Algum tempo depois, Verônica já andava de um lado para o outro em frente a porta do banheiro, ansiosa para que Maya saísse logo. Maya estava em frente ao espelho, seu sorriso era diabólico ao constatar que, de fato, estava grávida.Qualquer garota estaria feliz e preocupada, mas Maya estava muito feliz- pena que pelos motivos errados- e preocupação era um sentimento longínquo -Julio Cesar, você não vai representar nada perto do que o meu filho irá fazer no mundo- murmurou. -Maya, qual foi o resultado? - ecoou uma voz preocupada e curiosa do outro lado da porta. Maya riu. Raina e Ivan se hospedaram na casa de Malvina e com toda a tensão do desaparecimento de Katrina, Raina deitou-se cedo- bem antes do marido- que optou por distrair-se com um filme. Pela expressão de seu rosto-segundos antes tranquiloalgo a estava atormentando. Bem como a Sheila que também se recolhera mais cedo por não estar com seu filho, a saudade levando-a a exaustão. No instante em que
Raina e Malvina conversavam pelo celular, só que ao contrário de Raína que havia saído para jantar com o marido e já voltaram.Malvina continuava na delegacia á espera do resultado dos exames de sangue de Leticia, que Sheila havia enviado mais cedo. -Minha intuição me diz que Lacrimal city vai reviver a época dos massacres, minha irmã, e ao centro de tudo vai estar Soraia – disse Raina falando da cozinha a beber um copo de água com cubos de gelo e sangue obviamente. -Parece que desde que Soraia envolveu-se com Julio Cesar tudo está girando em torno dela. E se esses massacres vierem a acontecer, é ela quem vai ser a peça chave- concluiu Malvina no corredor bem movimentado até, levando em conta do horário. -Ainda bem que Augusto parece disposto a dar a vida por Soraia. -Eu já percebi isso tam
-Exaustos e felizes. Sorriram um para o outro. -Delegado Sergio, eu... -Pelo amor de Deus, Gabriel, você namora minha filha e estamos almoçando juntos, não precisa ser tão formal...só não me chame de sogro – brincou e todos riram. -Posso lhe pedir algo? Sergio consentiu. -Quando o senhor for ao acampamento dos lobos, eu...posso ir junto? Malvina e Sergio se entreolharam espantados, pois todos queriam ficar longe daquele acampamento, e agora eis que aparecia um que queria ir para lá. -Pai, se o Gabriel for, já aviso, quero ir junto. -Vai se eu deixar e, já aviso, a resposta é não. Sofia bufou e trocou olhares com Gabriel, que disfarçou e olhou para Malvina, em busca de ajuda, mas olhou para Sergio que voltou a encarar Gabriel e assim prosseguiu. -Como sempre, eu resolvo os pepinos. Sergio suspirou de alívio e fixou os olhos nos belos olhos verdes de Malvina, que cada vez mais ele se interessava. &nbs
Lucas também havia voltado a forma humana, mas para sua sorte ou azar, acabou caindo num barranco e saiu rolando, batendo em pedras, galhos e espinhos – ele tentou se segurar em algo, até usou de suas garras para cravar na terra, mas nada adiantou, só parou á beira de um rio num baque surdo entre duas rochas. -Poxa!- exclamou surpreendido ao olhar de relance por sobre as duas pedras ao ver o quanto mais sua queda seria longa e dolorosa. Lucian continuava correndo- e sentia passos lhe seguindo- e um cansaço incomum o abraçava, fazendo-o cambalear- tinha de haver algo naquela prata que atingiu seu sistema nervoso pois também estava com ânsias de vômito-então mesmo contra seu orgulho de vampiro, trocou seu olhar de vampiro para o de lobo, mas isso recordou lembranças desagradáveis. Todo aquele tempo sumido teve uma explicação, ele e seu irmão Lucas foram captur
-Adoro- debochou- tanto quanto você adora o Augusto. -Vamos deixar estes desgraçados de lado e ir direto ao que interessa-Maya meneou a cabeça- eu quero sua ajuda para salvar meu irmão das mãos dos exterminadores, e depois quero acabar com o Augusto e sua laia. -Tenho uma condição - impôs Maya; ele assentiu- eu mesmo quero acabar com a Soraia. -Feito- concordou ao estender a mão para Maya que fez o mesmo – feito- e apertaram as mãos. Desde que chegaram, Soraia tendo a condição de vampiroe por costume- dormiu apenas alguns minutos e já se sentiu revigorada. Já sua mãe, por ter conseguido‘matar’ o vampiro nela, tomou um banho, deitou e caiu no sono no lado da cama onde Adam deitava, onde agora Soraia deu-lhe um beijo na testa e saiu. Já na biblioteca – lugar preferido do pai- Soraia tinha em mãos um porta- retrato de vidro em formato de coração onde seu pai, lindo de terno preto e camisa branco impecável, sorria
-Augusto, você acha que estou mentindo? Augusto ficou sem graça- bom, mentindo talvez não, mas omitindo – Sheila o olhou séria-olha aqui, garoto – cutucou-lhe o peito com a ponta do dedo – quando você pensava em ser lobo, eu já estava casada, seu impertinente – muitos lobos e vampiros baixaram os olhos. -Isso é pra vocês saberem que eu sou calma até a próxima vírgula- e saiu marchando deixando seu filho boquiaberto, mas por um momento cogitou seguir a mãe até encarar Miranda que lhe olhava co medo e temerosa. Miranda viu Augusto se aproximando, e a culpa foi sua própria, e tentou escapulir, mas sent
-Sendo assim, a Rainha e o Alfa é quem darão a palavra final – concluiu Sergio olhando para Soraia e Augusto que nem precisaram discutir, pois já tinham a decisão. -Nós aceitamos a aliança- falaram juntos. Ao longo da tarde, outros assuntos foram discutidos, entre outros o evento do domingo e a presença de todos lá, a conversa com os policiais- e a principal- a liderança dos grupos na ausência do Alfa e/ou Rainha. Em volta de uma grande mesa redonda posta á sombra de uma árvore, encontravam-se Augusto e Soraia nas extremidades, do lado esquerdo Amy, Marcus, Raína e Ivan e do lado direito Sheila, Malvina e Sergio- e ao redor destes, em pé, vampiros, lobos e Sofia e Gabriel sentados sobre uma rocha. -Infelizmente, sempre haverá lobos e vampiros rivais, e quando isso acontecer, deixam por nossa conta - falou Augusto com os braços sobre a mesa e as mãos juntas – mas se, por acaso isso, no momento não for possível, eu sugiro que vocês tenham isso – ele depositou sobre