Temenis se sentou em seu trono na Floresta da Escuridão. Ele havia criado uma sede em uma parte da Floresta totalmente corrompida. Tudo estava morto ali. Só folhas secas e flores murchas. Não havia cor, apenas o laranja que seus seguidores fiéis utilizavam. Todos estava curvados diante dele, ajoelhados ao chão, esperando suas ordens. Temenis podia sentir o respeito deles, a admiração e também o temor. Os olhou fixamente com seus olhos vermelhos e sorriu. Seu irmão não sabia o que era isso, ter alguém que acredita em você e aceita todas os seus desejos. O deus da Morte acreditava na Shiake e sabia que não iriam o decepcionar. Mesmo que tivessem que ser pressionados."Ethan, Elijah. Me digam como ocorreram as negociações com o rei Edward de Mantua." "Ótimas, mestre." - Ethan respondeu, ainda ajoelhado. "O rei aceitou nos ajudar com seu exército." Temenis sorriu e os elogiou: "Muito bem feito. Vocês agiram bem. Agora eu irei recompensar o rei." Com um simples movimento de sua mão, u
Kendra estava se aproximado dela, os olhos cobertos por uma névoa azul e um sorriso sinistro. Ela se aproximava demais até tudo mudar.Mira viu Dylan a encarando com odio por ter deixado sua amada morrer.Depois veio todos seus conhecidos se tornando pó, terror e morte se aproximando dela Suas mães, Liam, Eluin. Ela gritou mas a voz não saia.Mira tentou gritar desculpas vans. Até os olhos vermelhos de Tememis se fazerem presentes em sua mente e o pavor tomar conta. Ela gritou novamente, sem som. Até sua voz ser ouvida finalmente.Mira acordou com o coração acelerado, coberta de suor e aos berros. Quando finalmente parou, seu corpo tremia e a garganta doía, arranhada devido ao uso elevado de sua voz.Eluin entrou no quarto e a abraçou. Ela o abraçou, sentindo seu perfume e derramando lágrimas sem dizer nada.---------------Após o desespero passar, Mira colocou um vestido branco. O ideal para o acontecimento de hoje.Eles tomaram o café da manhã em silêncio. Apenas com suas mãos entre
Elora suspirou ao se levantar finalmente de seu trono adornado de galhos e flores coloridas e brilhantes. Hoje o dia não estava fácil. Suas orelhas pontuadas se contraíram ao sentir o leve vento tocá-las. Seu vestido verde adornado de flores laranjas, contrastava com sua pele roxa e brilhante, enquanto era arrastado pelo chão.Ela andou pelo castelo enquanto pensava em seu dia e em todos os problemas. O mais fácil de resolver era a caçada da traidora Aine. A rainha desejava ter essa mulher contida o mais rápido possível. Porém, havia um obstáculo. A segunda questão, o retorno do Deus Temenis e todo o caos que ele trazia juntamente com ele. A guerra principalmente. Elora deveria escolher um lado, mesmo que em seu íntimo a fada desejava ir contra ele. Porém, os Anões e Lobisomens possuíam uma força poderosa. E claro, havia alguém que poderia atrapalhar. A rainha dos caçadores e mãe dele. Mesmo que estivessem do mesmo lado. Finalmente se distraindo, Elora entrou em seu quarto e tomou
Dylan saiu da banheira quente. A marca em seu peito queimava e a imagem de Kendra lhe vinha a mente.Foram dois meses de puro desespero, sem saber o que realmente havia acontecido com a sua amada. Ele pensou que ela estivesse morta mas, hoje a marca que compartilhavam mostrava algo diferente. O rei pegou uma calça preta e uma camisa branca e começou a se vestir. A maldição ainda era aparente em seu corpo, os finos traços como raízes estavam mais claros, como se houvessem sido apagados de certa forma. Mas, ainda existiam.Ele secou os cabelos brancos e sentiu uma sensação de calma mas, também de angústia. Uma paz mas junto com ela, um medo desconhecido. Um sentimento de que algo estava errado. "Seria o que Kendra estava sentindo?" - Dylan se perguntou. Esse pensamento fez a marca da raposa em seu peito brilhar, como se um sinal estivesse sendo dado a ele. Apressado, Dylan correu até uma das estantes que havia em seu quatro e pegou um mapa. Tocando a marca, ele mentalizou o feitiço
O sol raiava quando Alice Collins entrou no templo e se ajoelhou diante da estátua de Eluin. O rosto esculpido em ouro fazia parecer que o deus da cura a encarava. Ela contemplou os cabelos curtos moldados no metal dourado e a túnica que lhe caia pelos ombros como se ele realmente estivesse ali. Depois acendeu as velas azuis diante da estátua, a longa trança rubra deslizou em seu ombro direito tocando o vestido azul-marinho e se acentuou sobre os joelhos dobrados. O cheiro de Aloe Vera no local a acalmava. A mulher orou a Eluin, pedindo que o deus a auxiliasse em seu papel como curandeira da vila, para sanar os doentes do dia, ou ao menos, caso não fosse possível, que ele a guiasse em suas palavras de conforto para os corações dos que ficavam. Alice piscou algumas vezes incomodada com algum suposto barulho, sentiu o vento mover o tecido que a cobria, mas não ouvira mais nada. Fitou novamente a imagem áurea e se lembrou de uma história antiga, que sua mãe lhe contava quando a i
Aquele dia estava sendo muito estranho, primeiro começou a chover muito forte, mesmo nunca tendo chovido de tal maneira naquele lugar. Segundo, podia-se ouvir uivo de lobos do lado de fora mesmo que tais criaturas fossem comuns na parte oeste do reino, e por fim, Kendra estava acordada observando a amiga se debater como se estivesse tendo um pesadelo. “Mas como isso não é considerado normal?”, você pode se perguntar. A questão era que os papéis costumavam ser invertidos. Kendra era quem sonhava e Mira era quem ficava ao seu lado quando ela estava tendo suas detestáveis visões. Ouviu-se um trovão do lado de fora, abafando os uivos dos animais. A dona da casa e mãe de Mira não havia voltado. Era normal que ela saísse antes do sol nascer e voltasse quando ele estivesse raiando, porém já devia ter se passado pelo menos uma hora. Kendra estava preocupada. Será que algo de ruim havia acontecido?— Mira, o que está acontecendo? — perguntou à amiga em vão, sabendo que não obteria respost
A estranha possuía uma aparência segura e imponente. Andava a passos leves que não podiam ser ouvidos. Seus olhos cinzas as encaravam friamente; tinha os cabelos loiros prateados, com mechas azuis, presos em um rabo de cavalo perfeito. Os óculos se encaixavam perfeitamente em seu rosto e as orelhas pontudas eram enfeitadas com brincos prateados. — Quem é você e o que faz aqui? —perguntou Mira apontando-lhe a faca que pegara rapidamente em cima da mesa. — Acho que não temos tempo para conversa, senhorita Collins. — Respondeu a elfa. — Eles estão atrás de nós, ou melhor, de vocês.A invasora olhou para a faca apontada para si e riu. — Esse tipo de arma não é algo que pode me deter. — Quer ver? — disseram as meninas.Podia-se ouvir a porta dos fundos sendo arranhada e os sons dos uivos adentando a casa.— Querem se salvar ou preferem ficar para morrer? — Disse a mulher as ignorando. A estranha observou o local, curiosa enquanto arrastava seu vestido azul-marinho de um lado p
Os olhos dele eram penetrantes. Foi a primeira coisa que Mira notou quando o viu. Sua pele era cor de oliva, destacava ainda mais o olhar. Era jovem, entre 20 e 24 anos. Usava um manto vermelho com detalhes dourados, cobrindo-o todo. Uma roupa de qualidade inigualável, nem o rei a menina havia visto usar algo do tipo.O estranho era lindo, o homem mais bonito que a jovem havia visto até os dias atuais. Não havia muitos homens jovens na sua aldeia, a maioria estava no exército. Então a garota não tinha muitas referências. O homem tinha um sorriso sarcástico nos lábios, como Jack. Mas a diferença entre ambos era que o idiota se achava superior. Aquele homem misterioso realmente o era, possuía com uma energia fortíssima que parecia prender Mira ali. E o seu olhar, o seu olhar parecia ver tudo o que havia em sua alma. "Minha rainha", ele dissera. — Não sei o que quer dizer com rainha. — ela respondeu.O homem riu como se achasse sua confusão engraçada.— Você é muito ingênua, e acha