Sabrina Becker.
2 semanas...são exatamente 14 dias.Há exatos 14 dias que tudo aquilo havia acontecido. Desde a fuga da minha amada irmã até o horário do maldito casamento e o momento exato que Aaron levou um tiro em seu peito...Ok! Quando eu disse que o queria morto, eu estava me referindo pelas minhas mãos e não pelas mãos daquela vadia encubada.Que descanse em paz e queime nas chamas do inferno.Sim! Karla meio que acabou morrendo "Não que faça falta" é claro. Aquele festa foi um vexame total para o nome de ambas famílias! Melissa ficou desapontada e a minha mãe nem se fala.Soube que o caixão da querida ex do meu cunhadinho nem tinha sido aberto e Dimitri estava lá, para minha total surpresa.O "Noivo" Baleado, uma mulher atingida com um tiro certeiro que atravessou seu peito e a noiva que fugiu com outro.E claro! A irmã gêmea substituta.A substituta perfeita.Casamento perfeito não é?Enfim, a lua de mel foi cancelada por causa do chefão internado em estado grave. Aaron foi tão desgraçado que não permitiu minha entrada no hospital para vê-lo assim quando se recuperou do seu ocidente.Isso mesmo! ele me privou de ir visitá-lo no hospital.Sabe quando dizem que vaso ruim não quebra? Podem acreditar.Eu estava preocupada! De certa forma ele salvou a minha vida quando se pós a minha frete e tomou aquela bala por mim.Eu deveria ter levado aquela bala e não ele.Na verdade...A Sabina.Mas isso não importa! Ele não tinha o direito de me proibir de vê-lo! Eu tenho sentimentos e sou sua esposa agora.O mandarei para o inferno quando estiver melhor.Depois do casamento e do Aaron ter sido socorrido as pressas, vim para minha nova casa a mando do Adam. Já até me acostumei com o silêncio e a falta das garotas que foram embora no mesmo dia...Por mim, eu estaria bem plena na casa dos meus pais.-Obrigado Mari.- Agradeci a cozinheira pela bebida fervente já que fazia um frio intenso em Berlim.Inalei o vapor do líquido quente sentindo minhas narinas esquentarem por conta do calor que emanava ali.-De nada garota.- Ela sorri voltando sua concentração para a comida que preparava. -Aaron saíra hoje do hospital.Olho para Mari por cima da xícara e ela sorri sem tirar os olhos do conteúdo que tanto mexe.-Como?-Ele volta hoje, querida.- Ela me olha de relance sem perder seu belo sorriso.Se recuperou rápido...Ótimo! Essa casa será pequena demais para nós dois.-Sabe que horas ele chegará Mari?- Deixo a xícara por cima do balcão sentindo minhas mãos esfriarem e esfrego as palmas.-Em breve, senhorita.-Me chame de Sabrina, Mari, já conversamos sobre isso.- Ela assenti concentrada no preparo do jantar.-Deve ter sido difícil pra você né?- Ela desliga uma das bocas do fogão. -Assumir o lugar da sua irmã da noite pro dia e casar com o líder.Enquanto o casamento não chegava confesso que era interessante está no lugar da minha irmã. Foi tão interessante que agora tô presa aquele homem aos meus 20 anos de idade.Isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.Mas tinha que ser o Aaron??-Nem tanto Mari.- Sorri de lado.-Aaron era legal as vêzes e outras ele era insuportável. Sabe? acho que ele estava me usando.-No fundo ele sabia que era você.- A mulher com aparentemente 38 anos dá de ombros focada em seu trabalho.-Tá dizendo que ele sabia o tempo todo que era eu?- Arqueio uma sobrancelha dando um pequeno gole no chá já morno. -Impossível, então...-Isso mesmo, Senho...Sabrina.- Ela desliga a outra boca do fogão e se vira para mim. -Acredite, Aaron é inteligente. Se ele não quisesse casar-se com você, ele não casava.Faço uma careta confusa e Mari segui em direção a geladeira pegando uma caixinha de creme de leite.Então ele queria se casar comigo?Eu estou confusa, essa conversa só bagunçou completamente a minha cabeça.-E Seus pais Sabrina?- desvio a atenção que antes estava nela e encaro o conteúdo da xícara que emanava pouca fumaça.-Eu não os vejo desde o dia do casamento.- A olho. -Eu vi o desgosto nítido na face do meu pai e a decepção nos olhos da minha mãe.- Suspiro cansada. -Eu não tenho coragem de vê-los, Mari. Não agora.-Eu entendo senhorita, talvez se vocês conversarem isso se resolva.- ela despeja o creme de leite em umas das panelas e volta a mexer.-Bom talvez um dia e enquanto esse dia não chega, vou está por aqui.- Me levanto pronta para subir as escadas, não queria ver Aaron mais acho que isso será impossível....-Sabrina?- Me viro lentamente para encará-la. -Tenha paciência querida, ele está magoado com isso tudo, não fica legal pra fama dele.-Qual fama? O homem que consegue tudo que quer? Que tem tudo sobre o seu controle?- solto uma risada nasal debochada enquanto nego com a cabeça.Ela me olha apreensiva.-Eu cheguei Mari! As coisas vão mudar, será tudo do meu jeito.A dou as costas e sigo em direção a escadaria de mármore branca.A palhaçada acabou!Eu me recuso a dormir no mesmo quarto que aquele homem.De certa forma, eu me sinto uma traidora por ter me casado com a marido da minha irmã.Noivo na verdade...O prometido da minha irmã.Ou namorado?Tá! O plano não era esse, era para ele ter desistido.Mas não, ele teve que levar isso pra frente.Pois bem! Que seja.As coisas serão do meu jeito agora.Agora eu sou uma Duckworth.Sabrina Duckworth Becker.Até que eu gostei.Escuto um carro estacionar em frente a porta da casa o que me leva até a varanda do meu quarto.E para a minha surpresa era uma ambulância e atrás o carro do Gustavo ele desce do veículo e auxilia alguns profissionais com uma cadeira de roda.Me afasto da varanda fechando as cortinas que estavam abertas.Em passos largos, caminho até porta a trancando na chave.Me escoro na porta apoiando a cabeça na mesma suspirando pesadamente.-Que comece o inferno.Aaron Duckworth-Você foi um idiota ao privar a ida da garota.- dei de ombros com as suas palavras irônicas e fúteis. -Não havia necessidade disso, Aaron.Quem liga? Me deito com dificuldade por conta do curativo cujo qual causado por um projétil de bala. Ajeito o travesseiro por trás das costas com cuidado sobre a supervisão cautelosa do Gustavo que me olha atentamente.Por mais que seus argumentos sejam válidos, tenho minhas razões.Sabrina merecia e merece uma punição pior.Assim como a irmã dela.-Eu fiz o que achava certo.- falo calmo após estar perfeitamente aconchegado. -Além do mais, se ela fosse iríamos brigar. -Tá preocupado com isso?- Ele cruza os braços sério franzino o cenho.A única coisa que jamais me importaria era discutir com Sabrina. Aquela garota tirada a inteligente.O real problema é que levei a porra de um tiro no peito.-Só em seus sonhos.-rebato com aspereza.-Então por que diabos você obrigou ela a casar-se com você?- Gustavo se senta na ponta da cama me e
Sabrina Becker.Era bem cedinho, já havia acordado faz um tempo. Só estava e ainda estou com preguiça de levantar dessa cama macia.Às coisas que Aaron haviam me dito ontém não haviam saído da minha cabeça.Minha irmã não é uma traidora.Ela nunca trairia a própria família.O jeito que ele falou comigo...Eu nunca havia me importado com comentários sobre mim por ser diferente da minha irmã mas Aaron conseguiu me atingir de uma maneira devastadora.Doeu e muito. Tá! Sabrina fugiu. Foi por amor! Vão dizer que não fariam isso? Eu faria.Mas né...Tudo me faz lembrar que eu estou sozinha! somente Aaron e eu.Meu telefone vibra encima do travesseiro ao lado e estico o braço apalpando o próprio em busca do maldito celular que me tirou dos meus pensamentos.E NÃO PARA DE FAZER BARULHO!Finalmente o acho aparelho e observo a tela com os olhos semicerrados observando o número privado então atendo.-SEJA LÁ QUEM FOR...-Eu preciso falar com você, cunhadinha.-Aaron é filho único...- resmungo fe
Aaron Duckworth.-Nem ferrando! Você não vai levantar dai.- Gustavo me empurra "levemente" obrigando-me a deitar novamente. -Você quer abrir a merda desses pontos?-Vai pro inferno Gustavo, sou bem grandinho, não acha?- arqueio uma sobrancelha. -Quem te chamou aqui mesmo?Eu sei o que faço da porra da minha vida! O erro é querer me subestimar.Aquela garota me desobedeceu! Já não bastasse Gustavo agora aquela mimada.Sou leal a obediência e o mínimo que exijo é respeito. Isso não vai ficar assim.-Escutou o que eu disse Aaron?Desvio minha atenção de um ponto fixo qualquer do quarto e o olho.-O quê?-Sua Lamborghini não está na garagem...Ela ousou...-Eu irei matar aquela mulher.- rosno desferindo uma série de socos na lateral do meu corpo, acertando a cama. -Que porra.-Sabe muito bem que não pode. Seu pai te mataria se ouvisse essas palavras ditas por você.- Paro na mesma hora e o olho de modo Repreensivo e o mesmo levanta as mãos.-Sabrina irá se ver comigo e você.- Aponto para e
Sabrina Becker.-Que b.o.- Kelly se j**a no sofá ainda coberto por uma fina camada de plástico transparente . -Isso é horrível pra sentar.Me sento ao seu lado e respiro fundo enquanto minha mente processa tudo lentamente.-Ele ainda mandou um dos homens me carregar.- cruzo os braços encarando a lareira apagada. -Aquele cara me apalpou.-O que você fez de tão grave para ele ter tomado essa atitude?.- ela encara suas unhas, sorrio ao lembrar da afronta que provoquei.-Eu não fiz nada.- ergui a cabeça a recostando no encosto. -Aaron é estranho. -Eu não sei explicar com exatidão.Encaro o teto fixamente, Aaron é uma mistura inexplicável, aquele homem é...Por que eu to pensando nisso? Céus!Kelly se levanta apressada indo até a janela da sala abrindo uma das cortinas.-Ei!- ela me olha. -Aquele é Gustavo?-Mora na casa a frente?- ela assentiu.-É ele sim.-Ok! E os homens de preto com ele?- automaticamente me levanto em um pulo e kelly me olha com o cenho franzido.-Onde fica a porta dos
Sabrina Becker.Meu celular vibra constantemente em cima da cama em seguida o toque insistente do telefone que já está me irritando.Enrolo meu corpo em volta da toalha vermelha aveludada enquanto me encaro no enorme espelho retangular no banheiro.-Você não fez aquilo, garota burra.- resmungo para me mesma encarando meu reflexo. -Demonstrar fraqueza não faz parte de você, Sabrina.Apoio-me com os duas mãos sobre a quina da pia de mármore e respiro fundo abaixando o cabeça, deixando os fios recém úmidos cairem sobre meu rosto.Que droga Sabrina.Dou meia volta abrindo devagar a porta marrom detalhada no dourado "podia jurar que isso era ouro" e a fecho devagar por trás de mim.Caminho sobre o carpete felpudo cinza até a minha cama onde o meu celular já havia parado de tocar.Esse troço faz cócegas nos pés, eu particularmente prefiro o tapete liso.Meus olhos vidram na tela enquanto meu polegar auxilia na rolagem das conversas, há várias ligações perdidas de Elisa e no final um áudio.
Aaron Duckworth.São 2:27 da madrugada.A insônia é algo que já faz parte da minha rotina desde muito jovem.A traição é algo que desperta a desconfiança e questionamento sobre a lealdade das pessoas. Assim como as mentiras.Eu poderia gritar aos 4 cantos desse mundo que ele sim! Era um amigo que eu considerava um irmão.Ser apunhalado pelas costas me fez ficar atento a tudo, movimentos, gestos, expressões e até aproximações.Retiro o coberto fino o jogando do lado vazio da cama.Aquela garota insolente deveria está aqui.Me sento na cama ainda meio sonolento fixando meu olhar no piso branco devidamente polido.-Por que você tem que ser tão desobediente...Me levanto em passos largos logo saindo daquele maldito cômodo que parecia me sufocar.Vários pensamentos rodam a minha cabeça.Sabrina.Sabina.Kléber.Maldito seja o dia em que eu não atirei.A porta estava escancarada, me chamem de psicopata, maluco ou doente.Nem eu mesmo reconheço minha própria sanidade mental.Com as mãos nos b
Sabrina Becker.Fecho a porta silenciosamente pondo a chave no painel emadeirado, suspiro aliviada, sem seguranças hoje ou algo do tipo.Amém.Mari saia da cozinha com uma vasilha branca sobre a bandeja prateada e de imediato a paro e por reação a mulher se assusta.-O que é isso Mari?- me aproximo, vendo o conteúdo, brigadeiro. -Brigadeiro? Aaron gosta de doce?-Que susto senhorita! Aaron pediu para que eu prepare-se.-Aquele ser mais azedo que limão gosta de doce?- Sorrio humorada. -Interessante....- com o dedo indicador acabo pegando uma pequena quantidade de brigadeiro.Saboreio o doce que por sinal estava maravilhoso.-Divino.- fecho os olhos e suspiro com o sabor doce.-Zero lactose.-Como?- a olho vendo a mesma suspirar. -Aaron tem intolerância à lactose Senhorita, sua alimentação é supervisionada por uma nutricionista.Hum...dessa eu não sabia, quem diz que um homem daquele tem intolerância a algo?Ele é intolerante.-Mari? Por favor, leve uma salada de frutas para o quarto d
Aaron Duckworth.Ajusto a gravata borboleta ao meu gosto, minha cabeça trabalha em mil possibilidades que erros que Sabrina possa cometer em somente uma noite e como posso evitá-los. -Armado?-Não, Gustavo. Você está me vigiando? Afivelo o cinto ao som das risadas extremamente escandalosa do meu suposto primo do outro lado da linha telefônica. -Não! Aliás, minha querida amiga já está pronta? Sabia que nas baladas...-Te perguntei alguma coisa?- O interrompo e o mesmo se cala. -Não quero detalhes do histórico dela, o seu passo não importa e a de quem ousar a tocar no assunto novamente. Até porque eu já sei.Eu sei dos históricos da loira em relação à baladas, fetas privadas, saidinhas e muito mais. Nao que ninguém me lembre de nada.Finalizo meu cabelo os penteando para trás com ajuda de um gel fixador.Por falar em pentear, aquela garota não me devolveu a escova.Sabrina...-Gustavo?-Você quem manda patrão.-Mande aquela mulher rebelde vim aqui, agora.Fixo o meu olhar no espelho