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Cap 5: Ela está chorando...

Sabrina Becker.

-Que b.o.- Kelly se j**a no sofá ainda coberto por uma fina camada de plástico transparente . -Isso é horrível pra sentar.

Me sento ao seu lado e respiro fundo enquanto minha mente processa tudo lentamente.

-Ele ainda mandou um dos homens me carregar.- cruzo os braços encarando a lareira apagada. -Aquele cara me apalpou.

-O que você fez de tão grave para ele ter tomado essa atitude?.- ela encara suas unhas, sorrio ao lembrar da afronta que provoquei.

-Eu não fiz nada.- ergui a cabeça a recostando no encosto. -Aaron é estranho. -Eu não sei explicar com exatidão.

Encaro o teto fixamente, Aaron é uma mistura inexplicável, aquele homem é...

Por que eu to pensando nisso? Céus!

Kelly se levanta apressada indo até a janela da sala abrindo uma das cortinas.

-Ei!- ela me olha. -Aquele é Gustavo?

-Mora na casa a frente?- ela assentiu.

-É ele sim.

-Ok! E os homens de preto com ele?- automaticamente me levanto em um pulo e kelly me olha com o cenho franzido.

-Onde fica a porta dos fundos?

-Nos fundos!?- ela gesticula com a mão e aponta para a cozinha como se fosse o óbvio e reviro os olhos.

Companhia toca e corro até a cozinha abrindo uma porta quase que escondida dando na área da piscina.

-Droga Kelly!- olho para todos os lados vendo um muro de concreto só que não muito alto, mediano.

Aquele homem não vai tocar em mim.

Eu irei matar o Gustavo por está envolvido com isso.

-Ela está ali senhor.- um homem se aproxima em passos largo.

É Sabrina! Já fez coisa pior, só vai.

Corro em direção a cerca dando um pequeno salto agarrando a parte superior do muro com os dedos.

Passo uma perna por cima do muro mas não consigo passar a outra. O homem que me carregou hoje mais cedo segura meu tornozelo com força.

-Solta a minha perna!- Sacudo a perna mais ele não solta.

Vendo os outros se aproximarem junto todas as minhas forças e chuto seu nariz e só ai ele me solta cambaleando para trás segurando o nariz.

Caiu do outro lado do muro sentindo uma leve dor no tornozelo.

Minha respiração está descompassada meu peito sobe e desce em um ritmo frenético enquanto encaro o céu.

Escuto os homens dando à volta me fazendo levantar.

Sorte minha que a grama amorteceu minha queda.

Corro em direção a minha casa passando pelo portão já aberto e continuo correndo até a porta.

Fecho a mesma com força escorando-me na mesma e suspiro pesadamente...

-Senhorita? O que houve?- Mari fala visivelmente preocupada enquanto me analisava.

-A.aron- falo com dificuldade por conta da respiração descompassada.

-Lá em cima, Sabrina.

Esculto passos apressados vindos por trás de mim.

Me apresso para subir às escadas e quando chego no penúltimo degrau a porta é aberta me fazendo olhar para trás e quase tropeçar.

Me recupero rápido e corro até o meio do corredor que para a minha sorte a primeira porta estava aberta.

Entro cômodo que por sinal era o quarto do Aaron. O mesmo mexia no telefone e para ao me ver entrar.

Me jogo na sua cama e me aninho junto ao seu corpo escondendo o rosto, Aaron xingou um palavrão que não fui capaz de ouvir direito, talvez por conta do pânico.

-A.aron por favor, manda ele ir em bora.- choramingo afundado o rosto em seu peito.

Aaron Duckworth.

Analisava alguns documentos que tinha recebido por E-mail a mando do meu pai quando um ser com fios amarelados e olhos hipnotizantes e incrivelmente azuis adentra bruscamente ao meu quarto.

Sentir uma tremenda dor quando Sabrina praticamente se jogou encima de mim e ficou agarrada a meu quadril.

Havia acontecido alguma coisa para essa garota está tão...desesperada.

-A.aron por favor, manda ele ir embora.- ela sussurrou aflita.

Isso foi um pedido desesperado, ela apertou o meu quadril com força e conseguir evitar mais um xingamento.

Sua voz estava trêmula assim como o seu corpo gélido, eu não via seu rosto, mais sei que estava chorando.

Sentia o líquido quente escorrer pelo meu abdômen em forma de gotas.

E então eu entendi o motivo do seu desespero, não sei o que houve mas quando o homem que à carregou hoje mais cedo apareceu na porta do meu quarto talvez eu tenha entendido a situação.

-Saia.

-Senhor...

-Que porra! Eu mandei sair.- altero o tom de voz o olhando com fúria.

Ele apenas deu meia volta sumindo das minhas vistas.

Sabrina ainda chorava desesperadamente, confesso que hesitei um pouco em toca-lá, mas logo tomei coragem e á abracei envolvendo meus braços ao deu redor.

Ela estava fria e tremendo muito, isso tava mexendo comigo de alguma forma, sinto uma dose raiva ser injetada em minha corrente sanguínea.

Eu não sou de demonstrar sentimentos, tenho meus motivos.

Sabrina é forte! Me pego ainda surpreso por vê-la chorar desse jeito já que sempre é desaforada.

-Ei? Vai ficar tudo bem. Ele já foi.- falo calmo enquanto acaricio seu braço na tentativa de acalma-lá.

Minha mãe fazia o mesmo comigo quando tinha 15 anos e funcionava perfeitamente.

Ela funga enquanto se levanta se ajoelhando ao meu ledo da cama.

Devagar, ela ergue sua cabeça.

Seus fios estavam todos bagunçados enfrente a sua face. Seu delicado rosto havia ganhando uma coloração avermelhada e seus olhos estavam vermelhos devido ao choro repentino e desesperado.

A olho com atenção esperando uma explicação ou alguma palavra sequer sair dos seus lábios. Ela suspirou fundo soltando o ar logo em seguida pondo uma mexa do seu cabelo atrás da orelha.

-Desculpa...

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