Capítulo 215
Sabia que, nessa visita à casa dele, Benedita certamente havia revelado tudo o que estava acontecendo.

— Se você gostar desse lugar, quem sabe... — Ele começou, mas parou sem continuar a frase.

Levantei uma sobrancelha, desconfiada, e perguntei:

— Quem sabe o quê?

A garganta de George se moveu, engolindo em seco, e então ele disse, com um tom mais baixo:

— Quem sabe... talvez possa ir lá descansar, quando for mais velha.

— Sozinha? — Não consegui evitar a resposta rápida, antes de refletir.

Ele olhou para mim com um sorriso leve e respondeu sem hesitar:

— Eu posso te acompanhar, se você quiser. — E, como sempre, George era direto e sem rodeios.

Mas, nesse momento, eu me recuei. O futuro era imprevisível, e nem pensar em algo tão distante como a velhice. Quem poderia garantir o que viria?

— Eu procurei especialistas para Benedita nessa área, me passe os registros médicos dela. — Mudei de assunto, de forma direta.

Na noite anterior, eu ainda estava pensando que Luana era uma covarde. Mas
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