Marcos entendeu e se encostou no assento, sorrindo. — Entre no carro, não me faça pedir pela terceira vez. Os dedos de Carolina quase se machucaram de tanto apertar a si mesma. Ela olhou para suas roupas, certificando-se de que estavam limpas, e abriu cuidadosamente a porta de trás do carro. — Sente-se na frente. — Marcos sinalizou. Carolina pensou um pouco e então sentou-se na frente. Marcos não disse nada e levou Carolina ao shopping. — Saia do carro. — Marcos pediu para Carolina sair. Carolina ficou sentada, imóvel. Depois de um bom tempo, Carolina finalmente falou. — Eu... eu quero voltar. — Você acha que, ficando comigo por três anos, vai ser como uma dona ou uma faxineira? — Marcos quase riu. Carolina continuou em silêncio. — Desça, se eu vou ou não fazer o teste de paternidade depende de você me obedecer. — Sem escolha, Marcos a ameaçou. Carolina não cedia facilmente, a menos que fosse ameaçada. Carolina desceu do carro e seguiu Marcos. Marc
Ela deveria ter se mantido alerta; esses homens eram todos iguais. Sem exceção. Para eles, uma mulher era apenas um brinquedo novo por um tempo, nada mais. O estilista, percebendo o erro, tapou a boca em pânico. — Presidente Nono, isso é... — Leve-a. — Marcos esfregou a testa incomodado, enquanto se sentava no sofá folheando uma revista. — Quem é essa mulher de aparência desleixada que o Presidente Nono trouxe hoje? Presidente Nono nunca traz pessoas à loja, ainda mais segurando a mão dela. — Eu acho que ela parece tímida, como se fosse do interior. Presidente Nono está mudando de gosto? Já não gosta mais daqueles cisnes brancos altivos? Carolina trocava de roupa no provador, ouvindo as mulheres fofocando lá fora. A costureira media o tamanho de Carolina, perguntando em voz baixa. — Qual é a sua relação com o Presidente Nono? Carolina ficou em silêncio. A costureira sorriu e disse. — Você é muito bonita, seja confiante, mantenha a postura ereta. Presidente N
Marcos arqueara as sobrancelhas, uma mulher? José realmente viera a Cidade C com tanto alarde para encontrar uma mulher? — Organize tudo, não podemos descuidar com José, amanhã à noite vou organizar pessoalmente. — Marcos ordenara ao assistente que revisasse a agenda. — Adie os compromissos dos próximos dias, com José na Cidade C, eu precisarei acompanhá-lo. O assistente entendia a importância de José, mas parecia que o Presidente Nono só estava usando José como desculpa. Porque o olhar de Marcos estava constantemente sobre Carolina. — Investigue a família Santos e a família Silva, descubra por que ela veio para a Cidade C. — Marcos sabia que Carolina estava fora da prisão e sempre quisera uma oportunidade de ir para a Cidade A, mas nunca esperara que Caroline viesse até ele. Encostando-se no sofá, o olhar de Marcos estava cheio de significado. Desta vez, foi Carolina quem o procurara... Então não podia culpá-lo por não soltar mais. — Ela... ela não era a recepcioni
Quando uma deusa era pisoteada na lama, era lamentável de se ver. — Você tem certeza de que quer ficar com nosso chefe? — Daniel perguntou gentilmente, aproveitando que não havia ninguém por perto. Talvez seu senso de consciência não o deixasse em paz. Daniel também sabia que Marcos gostava de Carolina, mas o jeito que ele gostava... Nos últimos anos, várias mulheres passaram pela vida de Marcos, todas bailarinas, cada uma lembrando um pouco da Carolina de antigamente. Não importava quantas mulheres Marcos trocasse, em todas havia traços de Carolina. Carolina pensou por um momento e sorriu amargamente. — Eu não tenho escolha... Se houvesse uma segunda opção, ela não se rebaixaria assim. Mas ela já estava tão rebaixada que não tinha mais escolha. Estar com Marcos era melhor do que Pedro jogá-la para aqueles homens maus. Daniel abaixou os olhos, achando aquilo lamentável. — Não se preocupe com as roupas, o Presidente Nono sempre foi generoso com as mulheres,
No caminho de volta, Carolina adormeceu encostada na janela. Marcos indicou ao assistente para aumentar o aquecimento, desligou a música e dirigiu em silêncio e suavemente. — Presidente Nono, descobri que... a Srta. Carolina fugiu para a Cidade C sozinha, a família Silva e a família Santos aparentemente não pretendiam deixá-la escapar facilmente. Ouvi dizer que Pedro queria forçá-la a casar com o filho do mordomo da família Santos, que é um paciente psiquiátrico, e ela escapou após chamar a polícia. A voz de Daniel estava um pouco rouca. Ele não entendia por que toda a malevolência do mundo parecia destinada a atacar essa mulher tão bondosa. O rosto de Marcos estava sombrio, com o olhar fixo na janela do carro. — Naquela época, a Srta. Silva estava cega ao gostar de alguém como Pedro, acabou encontrando uma pessoa ruim... — Daniel comentou. Seis anos atrás, ele já achava que Pedro não era bom o suficiente para Carolina. Mas na época, Carolina só tinha olhos para
— O Presidente Santos está muito ocupado, já é bom que ele pense em você, garotinho. — Afonso sorriu, agachando-se, e acariciou a cabeça de Tiago pela fresta do portão. — Já resolvi a sua matrícula, amanhã Augusto terá tempo para te levar à escola. Estude bem e não abra a porta para estranhos. Tiago assentiu obedientemente. De repente, lembrou-se de algo e correu rapidamente para dentro de casa, voltando com um papel cuidadosamente dobrado. — Isto é um presente para o papai. Tiago realmente se esforçava para agradar José, ele realmente queria que José fosse seu pai. Afonso pegou o papel, suspirou, mas não corrigiu o modo como o garoto chamava. — Amanhã, o Presidente Santos e eu vamos viajar para Cidade C, você deve se comportar em casa. — O tio vai trazer a mamãe de volta? — Tiago sentia falta da mãe. — Vou. — Afonso assentiu. Ele já descobrira que Carolina provavelmente foi para Cidade C, e José foi para lá antecipadamente para procurá-la. Recentemente, Pedro e
Sala privada. José empurrou a porta, entrou com o rosto carregado. Alguns empresários bebiam intensamente, com belas mulheres ao colo e companhia ao redor, um ambiente de decadência. José franziu ligeiramente a testa, varreu o local com um olhar frio e não viu Carolina em lugar algum. Inexplicavelmente, sentiu um alívio. — Quem é a Matilde? — Afonso perguntou. Os empresários, bêbados, não ouviram as palavras de Afonso. Afonso acendeu a luz e desligou o som, falando em tom firme. — Quem é Matilde? Por ser assistente de José, Afonso era naturalmente mais altivo do que um assistente comum; ele tinha motivo para ser orgulhoso. Alguns dos empresários olharam para Afonso com desgosto. — Quem é você...? Alguém reconheceu o rosto de José, levantou-se rapidamente, atordoado, achando que via coisas por causa da bebida. — Santos... Presidente Santos? Matilde também ficou chocada e se levantou. — Presidente Santos? Essas mulheres da noite não podiam deixar de recon
— Entre, eu não vou fazer amor com você esta noite. — Ao ver que Carolina ainda estava hesitante na porta, Marcos falou novamente. Carolina suspirou aliviada e lentamente entrou na sala. A casa de Marcos era grande, mas meio vazia, dava para perceber que ele morava sozinho; estava um pouco bagunçada e parecia que ele não tinha o hábito de contratar uma dona de casa. Marcos foi tomar banho, e Carolina, sem ter o que fazer, resolveu dar uma ajeitada na casa dele. Quando Marcos saiu, a sala estava completamente limpa e arrumada. Carolina, meio sem jeito, ficou de pé ao lado. — Eu... só dei uma arrumada. Marcos não disse nada, apenas levou Carolina até a porta, registrando sua face e impressões digitais na fechadura eletrônica. — Eu não venho aqui com frequência, é melhor você ficar morando aqui. Carolina ficou surpresa, abriu a boca, mas acabou não perguntando. Será que Marcos era tão generoso com todas as mulheres? — Vá dormir. — Marcos disse para Carolina ir d