— O Presidente Santos está muito ocupado, já é bom que ele pense em você, garotinho. — Afonso sorriu, agachando-se, e acariciou a cabeça de Tiago pela fresta do portão. — Já resolvi a sua matrícula, amanhã Augusto terá tempo para te levar à escola. Estude bem e não abra a porta para estranhos. Tiago assentiu obedientemente. De repente, lembrou-se de algo e correu rapidamente para dentro de casa, voltando com um papel cuidadosamente dobrado. — Isto é um presente para o papai. Tiago realmente se esforçava para agradar José, ele realmente queria que José fosse seu pai. Afonso pegou o papel, suspirou, mas não corrigiu o modo como o garoto chamava. — Amanhã, o Presidente Santos e eu vamos viajar para Cidade C, você deve se comportar em casa. — O tio vai trazer a mamãe de volta? — Tiago sentia falta da mãe. — Vou. — Afonso assentiu. Ele já descobrira que Carolina provavelmente foi para Cidade C, e José foi para lá antecipadamente para procurá-la. Recentemente, Pedro e
Sala privada. José empurrou a porta, entrou com o rosto carregado. Alguns empresários bebiam intensamente, com belas mulheres ao colo e companhia ao redor, um ambiente de decadência. José franziu ligeiramente a testa, varreu o local com um olhar frio e não viu Carolina em lugar algum. Inexplicavelmente, sentiu um alívio. — Quem é a Matilde? — Afonso perguntou. Os empresários, bêbados, não ouviram as palavras de Afonso. Afonso acendeu a luz e desligou o som, falando em tom firme. — Quem é Matilde? Por ser assistente de José, Afonso era naturalmente mais altivo do que um assistente comum; ele tinha motivo para ser orgulhoso. Alguns dos empresários olharam para Afonso com desgosto. — Quem é você...? Alguém reconheceu o rosto de José, levantou-se rapidamente, atordoado, achando que via coisas por causa da bebida. — Santos... Presidente Santos? Matilde também ficou chocada e se levantou. — Presidente Santos? Essas mulheres da noite não podiam deixar de recon
— Entre, eu não vou fazer amor com você esta noite. — Ao ver que Carolina ainda estava hesitante na porta, Marcos falou novamente. Carolina suspirou aliviada e lentamente entrou na sala. A casa de Marcos era grande, mas meio vazia, dava para perceber que ele morava sozinho; estava um pouco bagunçada e parecia que ele não tinha o hábito de contratar uma dona de casa. Marcos foi tomar banho, e Carolina, sem ter o que fazer, resolveu dar uma ajeitada na casa dele. Quando Marcos saiu, a sala estava completamente limpa e arrumada. Carolina, meio sem jeito, ficou de pé ao lado. — Eu... só dei uma arrumada. Marcos não disse nada, apenas levou Carolina até a porta, registrando sua face e impressões digitais na fechadura eletrônica. — Eu não venho aqui com frequência, é melhor você ficar morando aqui. Carolina ficou surpresa, abriu a boca, mas acabou não perguntando. Será que Marcos era tão generoso com todas as mulheres? — Vá dormir. — Marcos disse para Carolina ir d
Marcos abriu lentamente os olhos, com o olhar profundo. — José quer se meter nos assuntos do Pedro? Marcos não achava que José era o tipo de homem que se metia nos assuntos do irmão. Daniel estava um pouco preocupado, pois a família Santos e a família Silva da Cidade A já haviam sido implacáveis com Carolina. — Presidente Nono, a família Santos e a família Silva pegaram pesado com a senhorita Silva. Você tem certeza de que quer se envolver nesse problema? — Heh... — Marcos deu uma risada fria. — Se eu quero proteger uma mulher, a família Santos e a família Silva podem fazer o quê? Além disso, José não é do tipo que se envolve em tudo. — Mas o Presidente Santos ainda está procurando por ela. — Daniel não sabia como proceder. — Deixe ele procurar. — Marcos desligou o celular. Jogou o celular de lado e levantou-se para ir até a porta do quarto de hóspedes. Sua mão levantada parou no ar por um momento, e ele esfregou o rosto antes de entrar em seu próprio quarto. De
Carolina não disse nada, quase enfiando a cabeça no peito. — O Presidente Santos ainda não tomou café da manhã, né? A Carolina fez, quer experimentar? — Marcos, rindo, abraçou Carolina e fez a pergunta. O corpo de Carolina estava muito rígido, e seus olhos ficaram marejados. José olhou instintivamente para a posição da mesa de jantar; mesmo de longe, ele já conseguia sentir o cheiro. Inexplicavelmente, ele realmente queria provar a comida que Carolina tinha preparado. Marcos sorriu de forma enigmática, sentindo de repente uma sensação de perigo. Se fosse Pedro... ele não ligaria. Mas José, era diferente. — Não. — José disse em um tom grave, olhando para Carolina como se estivesse dando a última chance. Carolina, cabisbaixa, ainda não disse nada. — Vá com calma, vou bancar o jantar esta noite, meu assistente entrará em contato antes. — Marcos observou José sair. A expressão de José estava terrível, e seu olhar era um pouco complexo. Ele tinha acabado
Carolina ficou surpresa, seus olhos levemente inquietos. José... Procurou por ela a noite toda? — Não... não há relação, ele é irmão do Pedro. — Carolina desviou o olhar instintivamente. — Eu acho que ele é diferente do Pedro, parece realmente se importar com você. Se quisesse prendê-la, não precisaria procurá-la pessoalmente no meio da noite. — Matilde sacudiu a cabeça, achando que José não tinha más intenções com Carolina. — Matilde, chegou alguma encomenda para mim em casa? — Carolina mudou de assunto. Matilde percebeu que Carolina não queria falar mais sobre isso, então tirou uma sacola pequena da bolsa. — Aqui, foi enviada pelo seu irmão. Carolina deu uma olhada e respirou aliviada. — Obrigada. — Carolina, já que você decidiu recomeçar, não se prenda ao passado. Eu também achava que não conseguiria seguir em frente, mas depois tudo fica bem. — Matilde aconselhou Carolina. Carolina assentiu, apertando o pacote que continha o cabelo com folículo de Tiago em s
Ser empurrada para os holofotes não era exatamente uma coisa boa. — Carolina... Marcos entregou o café da manhã para Carolina e saiu. Sob os olhares perplexos de todos, Matilde puxou Carolina para o lado. — O que você está pensando? Carolina não disse nada. Marcos, ao agir assim, expôs sua posição, empurrando-a para o alto de um penhasco. Não havia mais caminho de volta para ela; sua única saída era se agarrar firmemente à grande árvore que era Marcos. — Ele está me pressionando. — Carolina, obviamente, percebeu o que Marcos queria. Ele a pressionou para que não tivesse mais saída, fazendo-a entender que apenas ele poderia ser seu apoio e refúgio. Matilde suspirou e abraçou Carolina. — Esses ricos, são uns desgraçados, todos eles... — Carolina, você e o Presidente Nono... — O gerente veio com uma cara bajuladora. Até mesmo Alice olhou chocada para Carolina. Carolina não sabia como explicar, abaixando a cabeça e permanecendo em silêncio. — Carolina e o Pre
— Enviou para fazer o teste de paternidade, com urgência. — Marcos entregou o cabelo a Daniel. Daniel olhou para Carolina com um olhar complexo, suspirou e saiu diretamente. Clube. Carolina voltou ao trabalho e, não demorou muito, Daniel chegou. Ele trouxe o laudo da instituição especializada. — Tão... rápido? — Carolina olhou para Daniel, surpresa e um pouco nervosa. Daniel acenou com a cabeça. — Sim, o resultado saiu em três horas Os dedos de Carolina estavam um pouco dormentes enquanto ela pegava o laudo. Com sentimentos confusos, Carolina não tinha certeza do que realmente queria como resultado. Ela abriu o saco selado, respirou fundo e retirou o relatório, sua respiração começou a tremer. — Na verdade, a criança é ou não é do Presidente Nono, o próprio Presidente Nono sabe melhor. — Daniel disse baixinho. Carolina levantou a mão para cobrir a boca, mordendo o dedo com força. O relatório mostrava que Marcos era o pai biológico de Tiago. — É ele... — Caroli